Investigação do ‘laranjal do PSL’ implica Bolsonaro e ministro em caixa 2
Depoimento de ex-assessor à PF e uma planilha
sugerem que dinheiro do esquema de candidatas laranjas em Minas Gerais foi
desviado via caixa dois para as campanhas de Bolsonaro e do ministro do
Turismo, Marcelo Álvaro Antônio
Publicado por Redação R BA
06/10/201906/10/2019 09:16 Twitter Whatsapp Facebook Fabio
Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil Jairo Bolsonaro e o ministro do
Turismo, Marcelo Álvaro Antônio São Paulo
Reportagem do jornal Folha de S. Paulo deste domingo (6) aponta que o depoimento de um ex-assessor parlamentar do ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, e uma planilha apreendida em uma gráfica sugerem o desvio de recursos do esquema de candidaturas laranjas do PSL em Minas Gerais para as campanhas de Jair Bolsonaro à presidência da República e de Marcelo Álvaro a deputado federal.
A prática configuraria caixa 2, movimentação de recursos de campanha sem declaração oficial à Justiça.
O assessor parlamentar do
ministro e coordenador de sua campanha no Vale do Rio Doce
(MG), Haissander Souza de Paula, disse à Polícia Federal que acha que
parte dos valores depositados para as campanhas femininas, na verdade, foi
usada para pagar material de campanha de Marcelo Álvaro Antônio e de Jair
Bolsonaro”.
Uma planilha apreendida pela PF, intitulada “Marcelo Alvaro. xlsx”, se refere ao fornecimento de material eleitoral para a campanha de Bolsonaro com o termo “out”. Para os investigadores, a utilização da palavra em inglês significaria pagamento “por fora”.
Uma planilha apreendida pela PF, intitulada “Marcelo Alvaro. xlsx”, se refere ao fornecimento de material eleitoral para a campanha de Bolsonaro com o termo “out”. Para os investigadores, a utilização da palavra em inglês significaria pagamento “por fora”.
Na sexta-feira (4), o ministro
foi indiciado pela Polícia Federal e denunciado pelo Ministério Público de
Minas Gerais acusado dos crimes de falsidade ideológica eleitoral, apropriação
indébita de recurso eleitoral e associação criminosa. Ele nega qualquer
irregularidade.
O ex-assessor foi preso por cinco dias no final de junho. Em seu depoimento, Haissander afirma ainda que Lilian Bernardino, uma das quatro candidatas laranjas do PSL em Minas Gerais, não gastou os R$ 65 mil recebidos formalmente. Candidata a uma vaga na Assembleia Legislativa do estado, ela obteve apenas 196 votos. As quatro candidatas juntas receberam R$ 279 mil em recursos públicos do partido, mas não houve evidências de que tenham de fato realizado campanha.
De acordo com a investigação da PF, há indícios de que o dinheiro formalmente declarado para as quatro candidatas foi parar nas campanhas de outras candidaturas, como a do ministro do Turismo, parlamentar mais votado no estado nas eleições de 2018.
Em 17 de setembro, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu que o ato de fraudar a cota de gênero nas eleições leva à cassação de toda a chapa eleita. Segundo a legislação, as coligações devem ter ao menos 30% de candidatas mulheres e os partidos devem destinar no mínimo 30% dos recursos públicos para estas candidaturas.
De acordo com a Folha, a defesa de Marcelo Álvaro Antônio, por meio de nota, afirma que a investigação das candidaturas laranjas do PSL não apontou nenhum ato irregular do ministro. A assessoria de imprensa do Palácio do Planalto afirmou que não comentaria.
Parlamentares da Bancada do PT na
Câmara usaram suas redes sociais neste domingo (6) para comentar a “bomba”
publicada hoje pela Folha de S. Paulo
06/10/2019 13h45 Agência Brasil
Parlamentares da Bancada do PT na Câmara usaram suas redes sociais neste domingo (6) para comentar a
“bomba” publicada hoje pela Folha de S.Paulo, com revelações de que a campanha presidencial de Jair Bolsonaro
teria sido favorecida pelo “esquema corrupto de desvio de recursos eleitorais
do PSL,
Na sexta a Polícia Federal comandada por Sérgio Moro indiciou ministro de Bolsonaro por caixa 2 eleitoral. Menos de 48h depois a Folha publica bomba – com informações sigilosas certamente repassadas pela PF – que aponta Bolsonaro beneficiado pelo laranjal. Tá bom o clima, hein? Provocou o líder do PT, deputado Paulo Pimenta (RS), em sua conta no Twitter.
Na sexta a Polícia Federal comandada por Sérgio Moro indiciou ministro de Bolsonaro por caixa 2 eleitoral. Menos de 48h depois a Folha publica bomba – com informações sigilosas certamente repassadas pela PF – que aponta Bolsonaro beneficiado pelo laranjal. Tá bom o clima, hein? Provocou o líder do PT, deputado Paulo Pimenta (RS), em sua conta no Twitter.
Em outra publicação, Pimenta
alertou que “Bolsonaro e Moro são, ambos, sérias ameaças à democracia
no Brasil, na América Latina e no mundo!
Também no Twitter, o
deputado Nilto Tatto
(PT-SP) explica que o ex-assessor do ministro do Turismo, o
ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, e uma planilha implicam Bolsonaro
e o ministro em caixa dois. “Investigação de laranjas do PSL indica que verba
de candidatas pode ter sido usada ‘por fora’ em campanha; ministro nega
irregularidades”, completou.
Na avaliação do deputado Rogério
Correia (PT-MG), o fato que vem a
tona agora, explica porque o ministro do Turismo não cai. “O chefe recebia do
laranjal, o que não é novidade na família Bolsonaro, certo Queiroz?
Aliás, cadê o Queiroz?”, indagou. Coreia enfatizou ainda que foi a Polícia
Federal comandada pelo ministro Sérgio Moro (Justiça),
que vazou a denúncia para a Folha. “E, como troco Bolsonaro vai cortar a
propaganda ilegal de Moro que defende a licença para matar (pacote anticrime) de Moro. Alias, que
se matem, politicamente, claro!”, ironizou.
O deputado Airton Faleiro (PT-PA) também entende que essa
implicação da campanha de Bolsonaro com o “laranjal do PSL” é o motivo pelo
qual o ministro se mantém no governo. E citou trecho da música de Ataúlfo Alves: “Laranja madura, na beira da estrada. Tá bichada Zé ou tem marimbondo no
pé”.
Na sexta-feira (4), Jair Bolsonaro disse que apesar do indiciamento
do ministro do Marcelo Álvaro, ele seguirá no cargo. O ministro foi denunciado
pelo Ministério Público de Minas Gerais
acusado dos crimes de falsidade ideológica eleitoral, apropriação indébita de
recurso eleitoral e associação criminosa. Marcelo Álvaro como era de se esperar nega qualquer irregularidade,
Desculpas
E aquela máxima de que
‘caixa 2 era pior que corrupção’?”, indagou a deputada Erika Kokay (PT-DF),
ao comentar sobre o dinheiro das candidatas laranjas do PSL, que segundo
ex-assessor de Marcelo Álvaro foi utilizado para abastecer campanha do
ministro do Turismo e do próprio Bolsonaro. E ainda provocou: “Ah, agora é só
pedir desculpa!”, se referindo ao “perdão”, que o então juiz Sérgio Moro
concedeu ao ministro da Casa Civil Onyx Lorenzoni, que admitiu ter recebido – por
meio de caixa dois – R$ 100 mil do grupo J&F para a campanha de 2014.
Na mesma linha, o deputado Alencar
Santana Braga (PT-SP) desdenhou: “Se
pedir desculpas o Moro perdoa”. E acrescentou que “cada dia que passa o
Bolsonaro e o PSL vão sendo desmascarados”.
O deputado Paulão (AL), informou no seu Twitter que “Bolsonaro teria recebido
caixa 2 do PSL, segundo investigação da Polícia Federal”, e questionou: “Será
que o TSE
vai julgar esse escândalo? Qual sua opinião?.
E o deputado Paulo
Teixeira (PT-SP), ao comentar o Caixa 2 na campanha de Bolsonaro
também provocou: E o Tribunal Superior
Eleitoral (TSE) vai tomar providência?. Em outra publicação na sua conta
no Twitter, Teixeira explica que, “um depoimento à PF e uma planilha apreendida
em uma gráfica sugerem que dinheiro do esquema de candidatas laranjas do PSL,
em MG, foi desviado para abastecer, por meio de caixa dois, as campanhas de
Jair Bolsonaro e do ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, E, para o
deputado Zeca
do PT-PR, o laranjal do PSL só aumenta.
Os deputados do PT Helder
Salomão (ES), José
Guimarães (CE), Joseildo
Ramos (BA), Natália Bonavides (RN), Rui Falcão (SP)
e João Daniel
(SE), também comentar sobre o “laranjal”
do PSL nas suas redes sociais.>>>>>>>>>>>Por PT na Câmara
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