Direita
Social que temos no Brasil, Em 17 de abril de 2017, completou-se 21 anos de um dos crimes
mais bárbaros na história recente do país, o massacre de Eldorado dos Carajás
(Pará), que resultou oficialmente na morte de 21 camponeses, Assassinados pela
Polícia Militar do estado do Pará a mando do Governo Estadual de Almir
Gabriel/PSDB e dos latifundiários da região.
Este episódio escancarou para todo o Brasil e para
o mundo, o caráter genocida do velho Estado brasileiro burguês-latifundiário,
que resolve com derramamento de sangue os anseios e reivindicações das massas,
seja no campo ou na cidade.
Isto foi Em 17 de abril de 1996, 21 trabalhadores rurais sem-terra foram mortos pela Polícia Militar, Os trabalhadores do MST faziam uma caminhada até a cidade de Belém, quando foram impedidos pela polícia de prosseguir. Mais de 150 policiais – armados de fuzis, com munições reais e sem identificação nas fardas – foram destacados para interromper a caminhada, o que levou a uma ação repressiva extremamente violenta. E a Justiça não tinha vontade de Punir, os Assassinos, que Foi preciso 16 anos de Aclamações popular e de Parentes dos mortos por Justiça- >quase Duas décadas depois, dois comandantes da operação foram condenados, o coronel Mario Colares Pantoja, a 258 anos, e o major José Maria Pereira de Oliveira, a 158 anos, que estão presos desde 2012.
Alguns bradam que agora foi feita justiça ao prenderem esses dois comandantes, mas o contingente empregado da operação foi de 150 homens, a ordem para atacar os sem-terra foi dada pelo então governador do Pará Almir Gabriel (PSDB), quem estava na presidência da República era o senhor Fernando Henrique Cardoso, o comandante da PM era o coronel Fabiano Lopes e como Secretário de Segurança Paulo Câmara. Será que essas pessoas também não possuem responsabilidade por cumplicidade nos crimes por serem eles os superiores dos comandantes acusados?
O massacre de Eldorado dos Carajás é mais um caso da impunidade dos crimes cometidos contra os trabalhadores, tanto no campo como na cidade.
O massacre de Eldorado dos Carajás juntou-se a
outros crimes de repercussão nacional e internacional praticado pelas forças
policiais do velho Estado como a chacina de Vigário Geral no Rio de Janeiro em
1993, o massacre do Carandiru em São Paulo em 1992, e um Detalhe todas estas
Barbaridades foram cometidas por esta força conservadora da Direita que não
querem perderem o poder a Custo Algum, não é um caso Insolado é a Ação do poder
Opressor que o ser Humano só nunca sofrerá se manter Calado sem Nunca cobrar os
seus Direitos, porque Direito, é privilégio da Direita.
O ano de 2016 deixou uma marca de
retrocessos pelo país. No campo a situação não foi diferente: o número de
assassinatos causados por conflitos de terra retroagiu 13 anos. Com 60 mortes,
20% a mais que o ano anterior, 2016 tornou-se o ano mais violento no campo
desde 2003, quando 71 pessoas foram assassinadas por lutarem pela reforma
agrária e por seus territórios tradicionais, de acordo com o relatório
Conflitos no Campo Brasil em 2016, da Comissão Pastoral da Terra (CPT).
Como nos anos anteriores, a violência
se concentrou nas bordas da Amazônia. Dos 60 assassinatos, 49 aconteceram na
região. Rondônia disparou na frente como o estado mais violento, com 21 mortes.
O Maranhão ficou em segundo lugar, com 13 assassinatos. Antigo líder, o Pará
ficou em terceiro, com seis mortes. Tocantins somou três assassinatos;
Amazonas, Alagoas e Mato Grosso, dois. Na sequência de regiões com mais
conflitos agrários aparecem o Nordeste, o Centro-Oeste, o Sudeste e a região
Sul.
Segundo o relatório, as disputas pela
terra e pelos recursos hídricos são as principais causas da violência no campo.
A intensificação dos conflitos está situada onde há expansão do agronegócio,
mineração e grandes obras de infraestrutura.
Entre as vítimas estão indígenas,
lideranças quilombolas, camponeses e sindicalistas. O levantamento da CPT
destaca três casos emblemáticos: os assassinatos da ativista Nilce de Souza
Magalhães, em Porto Velho (RO); do camponês Ivanildo Francisco da Silva, em
Mogeiro (PB); e do indígena Clódio de Aquileu de Souza, em Caarapó (MS).
O assassinato de Nilce, integrante do
Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), foi o caso mais impactante. Nilce,
que era conhecida por sua liderança na militância contra as violações
atribuídas à construção da usina hidrelétrica de Jirau, desapareceu no dia 7 de
janeiro de 2016. Cinco meses depois, em meados de junho, seu corpo foi
encontrado com as mãos e pés amarrados e preso a pedras no fundo do lago da
barragem da usina, a apenas 400 metros de distância do acampamento de
pescadores onde morava, em Mutum. As duas filhas de Nilce reconheceram o
relógio e as roupas da mãe.
Outro assassinato impiedoso com
repercussão nacional aconteceu no agreste paraibano – de importância histórica
para as lutas camponesas no Brasil. Ivanildo Francisco da Silva, de 46 anos, do
assentamento Padre João Maria, foi assassinado no dia 7 de abril, com um tiro
de espingarda calibre 12, na cabeça, dentro de casa, na zona rural do município
de Mogeiro. Ele estava ao lado da filha de 1 ano. O corpo foi encontrado
somente na manhã do dia seguinte, pela mulher. A criança estava ao lado do
cadáver, chorando e suja de sangue. Em 2015, Ivanildo e outros assentados já
tinham sido vítimas de pistolagem paga pelos proprietários de terra da região.
Na época, sete pistoleiros foram presos, mas liberados após pagamento de
fiança.
O líder seringueiro Francisco Alves
Mendes Filho, Chico Mendes, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais do
Acre, foi assassinado aos 44 anos, no dia 22 de dezembro de 1988, em Xapuri,
com tiros de escopeta, por Darci Alves a mando do pai, o fazendeiro Darli
Alves. Ambos foram condenados, em 1990, a 19 anos de detenção, mas fugiram da
prisão em 1993, tendo sido recapturados três anos depois. Foram beneficiados
com progressões para regimes domiciliar e semiaberto.
A missionária norte-americana Dorothy
Mae Stang, ativista dos direitos socioambientais e defensora de um projeto de
sustentabilidade para a Amazônia, foi assassinada aos 73 anos, em 12 de
fevereiro de 2005, no interior de Anapu, nas margens da Transamazônica, no Pará.
A religiosa naturalizada brasileira vivia na região desde a década de 1970 e
pressionou pela criação da reserva Esperança, projeto do Incra, onde foi
emboscada por pistoleiros. Dois mandantes do crime, Vitalmiro Bastos de Moura e
Regivaldo Pereira Galvão, estão em liberdade. Clodoaldo Batista e Rayfran das
Neves Sales, que executaram o crime, foram condenados a 18 anos e 27 anos de
prisão, respectivamente.
O casal de agricultores José Claudio
Ribeiro da Silva e Maria do Espírito Santo da Silva foi executado na manhã de
24 de maio de 2011, em Nova Ipixuna, sudeste do Pará. No dia 6 de dezembro de
2016, a Tribunal do Juri de Belém condenou a 60 anos o fazendeiro José
Rodrigues Moreira, que encomendou as execuções. Zé Cláudio e Maria eram
ambientalistas e extrativistas, e denunciavam grilagem de terras, desmatamento
ilegal no interior do Pará.
Entre
1964 e 2016, o número total de assassinatos no campo foi de 2.507 homens e
mulheres pelas regiões do Brasil, segundo os dados da Comissão Pastoral da
Terra, que recolhe os dados sistematicamente desde 1984, e do Movimento dos
Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), que reuniu dados anteriores a 1986. No
decorrer deste período um dos picos mais violentos ocorreu na década de 1980, quando
o país se reencontrou com a democracia. A década foi marcada pela fundação do
MST e pelo aumento das mobilizações sociais e lutas para democratizar a terra.
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