Um
passado que Não Deixou Saudade,
E muitas vezes só percebemos
que tomamos o caminho errado, quando já percorremos uma boa parte dele, ou até
mesmo, quando nos prejudicamos. A escolha nem sempre é fácil, nos deparamos
sempre com bifurcações, onde permanecemos um bom tempo, até conseguirmos
decidir para que lado devemos ir. Eu fiz uma escolha em minha vida, que é servir a Deus. Jesus veio
a terra com uma escolha certa, “Dar, Vida Dele na Cruz do calvário, por mim e
por você. Muitas vezes não nos importamos com isso, achamos uma coisa “banal. Isto Acontece em todas as Atividades Sociais, profissionais,
políticas e Religiosas: Nenhuma é uma escolha fácil. Principalmente pela a
Interferência que temos de Outros, as críticas às vezes infundadas, as
Influências, A gente não pode confiar no que as pessoas pregam sem vermos a
consistência fundamentadas em fontes confiável, Exemplo, o Cristianismo, as
suas Doutrinas precisam serem fundamentadas Não Na Igreja. Não no Nome, Mas na
Bíblia.
O partido político Precisa ser
Avaliado Não pelo o seu Nome, Mas pelo os seus Atos, se se cumpre a Democracia,
se respeita as normas do País, a constituição Federal do País. Se sim. Deve ser
Considerado com todo o Respeito. Exemplo o Comunismo Lá Fora, é uma Depravação,
Perseguição, Ateísmo, terrorismo, e alguns Líderes Não concorda e vem para o
Brasil, e Funda o seu partido Aqui dentro das Nossas Leis, no estilo da
Democracia Respeita a Nossa Constituição Federal, mesmo ele tendo o nome de
Partido Comunista, Mas Devemos respeitar o seu procedimento. E não
discriminara-lo como se fosse um Mal.
Vivemos em um Regime
Democrático, Mas muitos não sabem Até aonde vai os direitos Democráticos,
Direitos Democráticos é eu Definir o que eu Quero para Minha Vida Pessoal, e o
Vizinho Também Faz a Escolha dele, e eu Não posso me Angustiar que a opção de
escolha do Meu Semelhante, se Ele quiser se Homossexual vai ser, eu não tenho
nada a Ver com a escolha Dele, Não sou eu que pago as contas dele.
Infelizmente a Cultura
Burguesa, nos países que reinava a Hierarquia as pessoas Ditava as Ordens porá
outros, os Maridos mantinham as Mulheres embaixo do Sapato, Era uma Cultura de
Baixo nível, Animal, média de 05% dos Homens Estudavam, as Mulheres não
estudavam Não Votavam, não trabalhavam fora, não se metia nos negócios do
marido, não era nem Contadas ou mencionadas por Nome nas Gerações.
O pai era que escolhia o Casamento para a
filha. Os Negros Era discriminados e as vezes Escravizados. Se a pessoa matasse
a sua própria mulher ou um escravo dele não era condenado pelo o Crime, se um
Homem estuprasse uma mulher, mesmo que ela não fosse nada dele a Justiça não o
condenava Ele, é por Isto que Até no passado bem Ressente, nas Guerras Civis
Havia Muitos Estupros e ninguém era condenado. Vejam Alguns Exemplos:
Um
passado que Não Deixou Saudade,
Sociedade nos
julga e culpa', diz sobrevivente de estupro da Guerra do Kosovo Karina Gomes De Pristina (Kossovo) para a BBC Brasil 23 abril 2017
Nunca contei para ninguém.
Todo 21 de abril, eu me sentia profundamente triste". M.P.* precisou de
quase duas décadas para denunciar à polícia o estupro que sofreu por forças
paramilitares durante a Guerra do Kosovo (1998-1999). O ímpeto veio em 21 de
abril do ano passado, 17 anos após o crime.
Fiquei tanto tempo calada que o alívio foi muito grande. Não podia mais
carregar as marcas da guerra sozinha", disse à BBC Brasil, em Pristina,
capital do Kosovo.
A kosovar albanesa vive em uma vila distante no leste do país e inventou
uma desculpa para sair de casa e conversar com nossa reportagem sem que o
marido e os cinco filhos soubessem. Ela ainda não contou à família seu mais
doloroso segredo.
Era 1999, um dia depois do massacre que deixou 20 mortos no vilarejo
onde M.P., na época com 30 anos, estava temporariamente com os filhos no leste
do Kosovo. Ela alimentava os animais quando dois paramilitares - um sérvio e um
russo - ameaçaram silenciá-la para sempre, caso gritasse por socorro.
"Eles voltaram a me estuprar, mas receberam uma ligação e mandaram
eu me vestir. Os dois queriam me levar para um cativeiro, mas implorei para
ficar com meus cinco filhos. Eles disseram que fariam filhos comigo.
M.P. não hesitou e fugiu. "O soldado sérvio tentou atirar enquanto
eu corria, mas o russo disse para ele parar, conta a mulher, que é uma das 20
mil kosovares albanesas violadas sexualmente durante o conflito na então
província da Sérvia.
Ao ouvir o carro dos paramilitares partir, M.P. caminhou para casa. A
primeira coisa que fez ao entrar foi abraçar as crianças. "Não posso
descrever quão terríveis eles [os paramilitares] eram, me senti muito suja.
Tomei banho e depois só queria ficar com meus filhos. Não precisava de nenhuma
outra coisa, comer ou beber, só ficar perto deles e tentar esquecer o que
aconteceu, mas tudo aquilo ficou na minha memória, diz.
O conflito entre separatistas de origem albanesa e o governo da
ex-Iugoslávia, liderado pelo então presidente nacionalista Slobodan Milosevic,
da Sérvia, só terminou após 79 dias de bombardeios da Otan, sem a autorização
do Conselho de Segurança da ONU. O saldo fo i de mais de 10 mil mortos e
desaparecidos.
Kosovo, com 90% da população de origem albanesa, declarou independência
unilateralmente em 2008 e obteve reconhecimento de 113 países, segundo o
Ministério do Exterior do país. No entanto, Sérvia e Brasil não estão na lista.
Assim como os mortos, as mulheres violentadas durante a guerra também
ficaram esquecidas. Nenhum
esforço foi feito para punir os responsáveis. Sem apoio e vivendo numa
sociedade patriarcal e conservadora, as sobreviventes das atrocidades da guerra
ainda guardam segredo por medo de perderem os maridos, serem rejeitadas pela família
ou demitidas do emprego. É um grande tabu", diz Flora Macula, chefe da ONU Mulheres no
Kosovo. "Não temos muitas informações sobre as vítimas. Muitas negam o
estupro por toda a vida."
Reparações Quase duas décadas após a guerra, o governo do Kosovo começa a tomar
medidas para dar apoio às sobreviventes. Uma comissão especial que envolve ONGs
e a ONU foi estabelecida neste ano para identificar as mulheres, reconhecê-las
como vítimas e inserí-las num programa de pensão estatal. Estupros em massa em
situações de conflito são considerados crimes de guerra desde 2008 pelo
Conselho de Segurança da ONU.
Nenhuma ajuda financeira vai compensar esse sofrimento, mas é
preciso", disse à BBC Brasil a ministra da Justiça do Kosovo, Dhurata
Hoxha. "Elas são até hoje marginalizadas, não têm trabalho. Pretendemos
trazer justiça para essas mulheres."
Não há nenhum dado oficial sobre o número de kosovares albanesas que
foram estupradas durante a guerra. A estimativa de 20 mil vítimas é da Anistia
Internacional. Homens também foram submetidos a tortura sexual.
Malcolm Simmons, chefe dos juízes da EULEX, a missão executiva da União
Europeia no Kosovo, diz ser extremamente difícil identificar e responsabilizar
os autores devido à inconsistência dos relatos das vítimas e o longo período de
tempo que se passou desde os crimes. "Crimes de guerra contra mulheres
nunca foram levados a sério por promotores e juízes", critica.
M.P. não tem esperança de que os dois paramilitares sejam condenados.
Ela diz que, em pesadelos, sempre os vê com máscaras, em uma tentativa de
esquecer a fisionomia dos agressores.
"Todas nós sobreviventes de violência sexual durante a Guerra do Kosovo
fomos deixadas de lado. Com a criação da comissão, esperamos ser beneficiadas.
Sei que muitas mulheres já devem ter morrido esperando para contar suas
histórias e serem reconhecidas. E nunca tiveram a chance", lamenta.
Nunca mais tive vida' A dependência financeira dos maridos e o estigma que sofrem na sociedade
são os principais motivos que mantêm as sobreviventes caladas.
De acordo com a Fundação da Sociedade Civil do Kosovo (KCSF), apenas 31%
das mulheres estão ativas no mercado de trabalho formal, com uma média salarial
de 300 euros (R$ 1.013) por mês. Muitas só concluem o ensino básico e são
submetidas a casamentos prematuros.
Igballe Rogova, diretora da
ONG Kosovo Women's Network, que reúne organizações feministas kosovares
albanesas e sérvias, destaca que a maioria das lideranças do país "pensa que mulheres
não são nada".
"Queremos que essas mulheres saibam que não estão sozinhas, disse
segurando um cartaz com a mensagem "Parem com a linguagem sexista",
durante a Marcha das Mulheres em Pristina. "As jovens do Kosovo são minha
esperança para combater o sistema patriarcal. Os líderes pensam como há 20
anos, mas as pessoas querem seguir em frente."
M.P. ainda não conseguiu dar o principal passo para se libertar do
fantasma da guerra. "Se eu pudesse contar para o meu marido me sentiria
muito amparada, mas não posso, porque sei que ele não vai aceitar", conta.
Ela diz que a tortura física e psicológica do estupro continua. Desde aquele 21
de abril, ela não conseguiu mais ter relações sexuais.
"Perdi a intimidade com meu marido. Também não quero contar para os
meus filhos. Eles ficarão muito tristes em saber que eu sofri em silêncio por
tanto tempo. Além disso, eles ficaram muito traumatizados com a guerra",
explica.
"Nunca mais tive vida", desabafa M.P. num suspiro profundo.
"Quero apelar que todas as mulheres falem sobre suas experiências, porque
elas vão se sentir mais aliviadas, como eu me sinto agora. Nossa sociedade nos
julga e nos faz sentir culpadas, mas não somos."
M.P. recebe apoio psicológico regular no Centro de Reabilitação para
Vítimas de Tortura do Kosovo (RCTV), onde nos encontramos em Pristina. Não
restava muito mais tempo, ela tinha de voltar para casa para que ninguém
desconfiasse. "Muito obrigada por me ouvir", disse depois de um abraço
ao se despedir.
*O
nome foi preservado a pedido da entrevistada.
A Dra. Cláudia é o Seu Esposo Régines São Adventistas que contribuíram com a restauração
pós Guerra em Kosovo, contaram para Revista Adventista em Março de 2001 INTERNACIONAL
Como qualquer região no pós-guerra, Kosovo era um lugar que necessitava
praticamente de tudo. Os sinais de destruição podiam ser identificados desde o
momento em que alguém entrava no país. Esse era o cenário, quando o casal
Régines e Claudia
de Araújo foi chamado pela Adra Internacional para ajudar os kosovares com o
Programa de Emergência Sobre Saúde.
A guerra
havia terminado recentemente e o exército sérvio acabara de retirar-se. Antes
de saírem, porém, os sérvios deixaram inúmeras bombas e minas nos prédios que
não haviam sido totalmente destruídos. O que o casal não sabia é que dentro de
pouco tempo conviveria com essas bombas. Numa ocasião, as forças de paz da ONU,
na capital Pristina, encontraram três bombas de alto poder destrutivo na
maternidade do principal hospital, onde a médica Cláudia trabalhava. Ela havia
servido naquele hospital por quase três meses. Exatamente no dia em que fora
transferida para um hospital menor, as bombas foram encontradas.
Ninguém soube
explicar por que elas nunca explodiram. Mas no íntimo Régines e Claudia sabiam
que Deus estava cuidando de Seus filhos. Régines, pela experiência anterior na
coordenação do campo de odontologia na África, foi mantido pela Adra na mesma
função em Kosovo. Por isso, apesar de ter ingressado na equipe como dentista,
acabou passando a maior parte do tempo coordenando a equipe de saúde. Com Claudia
foi diferente. Sendo
obstetra e ginecologista, estava constantemente no campo, tratando de inúmeras
mulheres grávidas. No principal hospital de Pristina, era comum receber
mulheres kosovares, que haviam sido estupradas por soldados sérvios, procurando
fazer testes de gravidez.
As centenas de casos de estupro, cometidos pelo
exército sérvio, deixaram uma imagem terrível sobre o nome dos cristãos,
naquela parte do mundo. Nas
zonas rurais, muitas mulheres acabavam se suicidando ao tentarem abortar as crianças
indesejadas. Com todos os hospitais do país parcialmente destruídos, o índice
de natalidade na capital, Pristina, atingiu a casa de 900 bebês por mês. Uma
cena dolorosa era ver que de cada cinco bebês, um nascia sem pai, pois ele
havia morrido na guerra.
Outra situação difícil para um cristão é a experiência de oferecer
assistência médica a uma pessoa albanesa gravemente ferida, cujos familiares
haviam sido mortos por cristãos ortodoxos sérvios. “É difícil explicar que
existem muitas denominações diferentes de cristãos e que eles não são todos
iguais, sendo que todos reivindicam servir ao mesmo Jesus”, explica Régines.
Dessa maneira, o casal concluiu que na maioria dos casos o melhor testemunho
que poderiam oferecer era o seu tempo e a disposição para ouvir e ajudar.
De fato, o
que é interessante a respeito da Adra é que se trata de uma organização que
pertence à Igreja, mas não é a Igreja. Como respeitável organização
não-governamental (ONG), a Adra pode entrar 8125 RA/mar 01 al to de te Dra. Claudia
(à esq.) e uma enfermeira no Hospital de Pristina Casas destruídas pela guerra,
em Mitrovika, Kosovo Adra em Kosovo Missionários brasileiros testemunham de
Cristo e socorrem vítimas da guerra Régines e Claudia, com o Dr. Preutim (ao
centro) 34 Revista Adventista, março 2001
As 123
igrejas e congregações adventistas da cidade de Kampala foram envolvidas com o
evento. Revista Adventista, março 2001 35 praticamente em qualquer país e
oferecer ajuda humanitária, sem comprometer ou expor demais o nome da Igreja.
Prova desse fato é que praticamente todas as igrejas cristãs em Kosovo foram
destruídas, mas não a Igreja Adventista. A razão por que isso aconteceu foi que
o pastor local removeu a logomarca da Igreja, que costumava ficar exposta na
frente do templo, substituindo-a por uma da Adra, e começou a ajudar com
alimento e roupa os albaneses que retornavam.
Quando o
médico ou enfermeiro estende a mão solícita e demonstra empatia por aqueles que
sofrem, na maioria dos casos a pessoa ajudada pergunta espontaneamente quais as
razões que o levam a estar ali. Então o primeiro contato é estabelecido, e a
semente, plantada. Devido à falta de recursos e todos os sistemas burocráticos
da ONU, a situação em Kosovo ainda está longe do normal.
Além disso, há o enorme índice de natalidade,
característica comum em países muçulmanos. Mas nenhum outro país no mundo
recebeu tanta ajuda de ONGs quanto Kosovo recebeu. Ao terminar a guerra, o
número dessas organizações
era de aproximadamente 130, um recorde humanitário mundial para um país
no período pós guerra. Para nós foi uma experiência singular e um privilégio
servir em Kosovo, afirma o casal. Esperamos que mais voluntários continuem
ingressando no trabalho para o qual o Senhor nos chamou, sem importar-se com o
lugar de onde venha o chamado.
Régines e Claudia de Araújo trabalharam em Kosovo durante dez
meses no ano de 1999 com a Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos
Assistenciais (Adra) provendo serviços humanitários e assistência médica. Atualmente atuam como
missionários entre os Karajás, na Ilha do Bananal. Dimensões do conflito
Kosovo, província ao sul da República Federal da Iugoslávia, com uma área de
10.686 km2, faz divisa com a Sérvia, Montenegro, Macedônia e Albânia. A região
é uma das mais pobres em toda a Europa. Antes da guerra, a província tinha uma
população de aproximadamente 2 milhões de habitantes, 80% constituída pelos
kosovares, grupo étnico albanês.
A outra parte
da população era composta por sérvios, os quais são geralmente cristãos ortodoxos
orientais. Em 1990, o novo presidente da Sérvia, Slobodan Milosevic, recusou as
exigências da província por maior autonomia. No início de 1998, como
retaliação, o Exército da Libertação de Kosovo (ELK), constituído por um grupo
albanês étnico, passou a fazer ataques-surpresa contra o exército sérvio. Após
uma seqüência de ataques, os sérvios, equipados com boa tecnologia militar e
apoiados pela Rússia, declararam guerra contra os kosovares.
Depois de meses tentando restaurar a paz, em 24 de
março, a Otan lançou uma campanha militar que duraria 78 dias. Calcula-se que
1,5 milhão de albaneses étnicos tenham sido expulsos de suas casas e cerca de 7
a 10 mil tenham sido mortos.
acervo.revistaadventista.com.br/
Bósnia o Rio que deu nome a seu país,
corre em direção ao norte, cortando a cidade de Zenica. De suas margens, é
possível ver as chaminés de grandes siderúrgicas derramando fumaça espessa pelo
vale.
Em um jardim de um refúgio para mulheres com visão
para o complexo industrial, Lejla descreve a brutalidade que sofreu quando era
adolescente, durante a Guerra da Bósnia (1992-95).
Eu tinha 14 anos e vivia com minha avó quando a
guerra começou", afirmou.
Fui capturada e passei três anos em um campo de
prisioneiros, onde éramos submetidas a trabalhos forçados. Mais tarde fui
separada dos outros prisioneiros e levada para uma casa junto com outras três
mulheres. Os soldados bebiam e nós tínhamos que servi-los como escravas e eles
nos estupravam.
As estimativas sobre o número de mulheres como
Lejla, que foram submetidas a violência sexual durante a guerra civil que
devastou o país, variam entre 20 mil e 50 mil.
O número exato jamais será conhecido,
até porque muitas mulheres escolheram permanecer em silêncio com medo de serem
estigmatizadas pela sociedade. Violência contra homens Até agora menos de 70 casos de
estupros durante a Guerra da Bósnia foram julgados. Sobreviventes de violência sexual
acham que ninguém acreditará no que aconteceu com elas", afirmou Sabiha
Husic, diretora do projeto Zenica Medica.
"Muitas dizem que não querem continuar com o
processo se isso significar que elas terão que fornecer provas sobre o caso.
Nós tentamos dar suporte e encorajar, mas às vezes quando é solicitado a elas
comparecer ao tribunal isso se torna simplesmente traumático e estressante
demais".
Homens também foram estuprados durante a Guerra da
Bósnia, geralmente como uma forma de humilhação. Zihnija, ex- soldado do
Exército bósnio, treme quando conta o que aconteceu com ele.
"A Polícia Militar me levou a um porão e me
bateu até eu perder a consciência", afirmou. "Quando eu acordei, um
dos militares pegou uma pá, rasgou minhas calças e colocou ela dentro de mim.
Depois me jogaram no chão. Eles pensaram que eu provavelmente sangraria até
morrer."
"Quando você perde um braço ou uma perna isso
é visível – mas quando sua alma está machucada isso é invisível. Eu posso
parecer uma rocha, mas sou apenas a casca de um homem.
A questão da
violência sexual em conflitos será tratada em uma grande conferência
internacional em junho em Londres. Ela será presidida pelo chanceler britânico,
William Hague, e pala
atriz de Angelina Jolie, que é enviada especial da agência da ONU para refugiados.
A dupla tem
trabalhado junta no assunto desde que Hague assistiu o filme de Jolie sobre a
Guerra na Bósnia, Na Terra de Amor e
Ódio,
há dois anos.
Eles viajaram para a
Bósnia na semana passada e prometeram usar a conferência em Londres para lançar
novas orientações sobre documentação e investigação de estupros em áreas de
guerra para aumentar o apoio dado a sobreviventes.
A melhoria no sistema de obtenção de evidências
pode levar a mais processos em conflitos futuros, mas para alguns a melhora chega
muito tarde.
"Os homens que me estupraram ainda estão à
solta", disse uma sobrevivente, Edina, enquanto Hague e Jolie visitavam o ex- complexo da ONU
destruído em Srebrenica.
"Nós encontramos alguns deles nas redes
sociais. Eles andam por aí livremente. Eles têm perfis no Facebook", ela
disse. "Sinto amargura em relação ao governo bósnio porque o processo de
prender e processar os perpetradores é tão lento. Depois de 20 anos muitas vítimas
já morreram."
Eles não viveram o suficiente para ver a justiça
sendo feita", ela disse. Passadas duas décadas, e enquanto a Guerra da
Bósnia se torna um fato histórico cada vez mais distante, fica mais difícil
para algumas mulheres falar abertamente de suas experiências, diz Nela Porobic,
da Liga Internacional de Mulheres para a Paz e a Liberdade.
O que estamos descobrindo com nossas conversas com
vítimas de violência sexual, mas também com profissionais que trabalham com
elas, é que era mais fácil falar sobre violência sexual durante a guerra ou
imediatamente depois que as coisas aconteciam do que agora, após a passagem de
20 anos", ela disse.
"Elas acham que a sociedade está cansada, não
quer mais ouvir sobre o que aconteceu, quer seguir adiante – mas essas mulheres
não conseguem seguir adiante".
Estudiosos dizem que a Guerra na Bósnia criou uma
"hierarquia do trauma". Com tantas atrocidades cometidas entre 1992 e
1995, a violência sexual é vista por alguns como menos grave que a limpeza
étnica ou a tortura. Para aqueles que buscam justiça, os obstáculos permanecem
imensos.
Os tribunais ainda estão tentando lidar com um
acúmulo de 1.300 crimes de
guerra. Apenas aqueles considerados mais sérios, ou que envolvem
oficiais de alta patente, recebem atenção estatal e proteção e anonimato para
as testemunhas.
Casos envolvendo estupro de mulheres por militares
de baixa patente são passados para tribunais regionais de menor importância,
onde não há programas de proteção à testemunha e vítimas têm que oferecer
evidências do crime em frente a seus agressores.
Postado
por Redação Donna 05-10-2018 às 09h33
Nadia Murad Basee
Taha, uma ativista de
direitos humanos. Ela dividiu a distinção com o ginecologista congolês Denis
Mukwege. Ambos atuam na luta contra a violência sexual.
Nadia Murad Foi A vencedora do Prêmio Nobel da Paz 2018 é
De acordo com Berit Reiss-Andersen, presidente do Comitê do Nobel, a dupla deu
uma contribuição crucial para chamar a atenção e combater tais crimes de
guerra”. O anúncio dos laureados foi feito nesta sexta-feira, 5. Outubro de
2018 Aos 21 anos, Nádia foi raptada e escravizada pelo Estado
Islâmico. Hoje, com 25, luta contra o tráfico sexual de mulheres.
Nádia vivia com a
família na aldeia de Kocho, uma pequena comunidade de agricultores e pastores
no norte do Iraque. Em 2014, quando o grupo terrorista invadiu sua terra
natal, ela e milhares de outras mulheres e meninas da minoria Yazidi foram
raptadas. Na ocasião, os invasores mataram seis de seus oito irmãos. Seus
corpos foram jogados em valas comuns.
Eu cuspi em um membro
do EI e ele ficou com tanta raiva – disse Nádia em um evento em Londres,
em novembro do ano passado. – Eu não estava com medo porque não havia
nada a perder. Eles nos forçaram a deixar nossa família e nossa casa, e isso é
muito difícil para nós. Muitas mulheres gostariam que tivessem morrido antes
que isso acontecesse com elas.
As mulheres e
crianças sobreviventes foram transferidas para uma escola, onde foram divididas
em dois grupos: as que seriam úteis como escravas sexuais e as que tinham
que ser mortas – o que incluía a mãe de Nadia.
No ônibus, eles nos
disseram que seríamos escravas sexuais. Isso não é fácil de esquecer afirmou. As
que sobreviveram foram vendidas e passadas de mão em mão por homens que as
estupraram coletivamente. Foram vítimas do que o EI chama de “jihad sexual”.
Nadia foi
reivindicada por um juiz do alto escalão do EI chamado Hajji Salma. Ele a
transformou em sua quarta escrava sexual. Ela foi estuprada e espancada todos
os dias em que esteve no cativeiro. Quando tentou fugir, depois de alguns
dias, Nadia foi pega, rastejando pela janela. Como punição, foi chicoteada e
estuprada por seis dos guardas de Hajji Salman.
Ela conseguiu escapar
três meses depois, quando a casa ficou destrancada, enquanto o juiz estava
fora. Nadia foi resgatada por uma família muçulmana vizinha do local.
Mas essa não era uma prática comum. Nadia teve sorte. A família não apoiava o
EI. Famílias no Iraque e na Síria levaram vidas normais enquanto éramos
torturadas e estupradas. As pessoas nos deixaram gritar no mercado de escravos
e não faziam nada.
Diferentemente da
maioria das mulheres que conseguem fugir do EI, e que preferem esconder suas
identidades, Nadia insistiu em se mostrar. Desde então, a ativista
viaja o mundo contando sua história. Nessas andanças, ela ajudou a
convencer o Departamento de Estado dos Estados Unidos a reconhecer o genocídio
de seu povo nas mãos do grupo terrorista islâmico. Milhares de mulheres e
meninas, algumas com 9 anos de idade, foram vendidas em mercados de
escravos”, relatou um inquérito de direitos humanos da ONU em 2016..
Nadia foi nomeada a
primeira Embaixadora da Boa Vontade da ONU para a Dignidade de Sobreviventes
do Tráfico Humano. No mesmo ano, ela ganhou o Prêmio Vaclav Havel de Direitos
Humanos, batizado em homenagem ao escritor tcheco e dissidente que foi
presidente de seu país por 14 anos depois da queda do comunismo.
O médico ginecologista congolês Denis Mukwege e a ativista Yazidi Nadia Murad receberam o Prêmio Nobel da Paz nesta sexta-feira ,5, por seu trabalho contra a violência sexual em ambientes de guerra.
O médico ginecologista congolês Denis Mukwege e a ativista Yazidi Nadia Murad receberam o Prêmio Nobel da Paz nesta sexta-feira ,5, por seu trabalho contra a violência sexual em ambientes de guerra.
Mukwege, de 63 anos, tratou centenas de vítimas de
estupro durante a guerra civil do Congo, onde comanda um hospital em Bukavu.
Nadia Murad, 25, é parte da minoria Yazidi no
Iraque. Ela foi sequestrada pelo Estado Islâmico (EI) em 2014 e foi vítima de
violência sexual por meses. Depois de sua experiência, se tornou uma das mais
notáveis ativistas de direitos humanos na luta contra a violência sexual em
ambientes de guerra. Foi a primeira Embaixadora da Boa Vontade para a Dignidade
dos Sobreviventes de Tráfico Humano das Nações Unidas.
“Cada um deles à sua maneira
ajudou a dar maior visibilidade à violência sexual em tempo de guerra, de modo
que os perpetradores possam ser responsabilizados por suas ações”, diz o texto
oficial da Academia do Prêmio Nobel, na Suécia. O prêmio reconhece a maior
contribuição para a paz mundial
Biografia e ativismo Sua história está
contada na autobiografia The Last
Girl (A Última Garota,
na tradução). O título remete a uma frase do livro: “Eu quero ser a última
garota no mundo com uma história como a minha. Na obra, Nadia conta sua
história desde a infância pacífica na área rural do Iraque, passando pelo
genocídio e destruição de sua comunidade, até sua fuga.
Nunca fica mais fácil
contar sua história”, ela escreve no livro. “Cada vez que você fala, você
revive. [Mas] minha história, contada honestamente e com naturalidade, é a
melhor arma que tenho contra o terrorismo, e planejo usá-la até que esses
terroristas sejam levados a julgamento”. O livro ainda não está à venda no
Brasil,
Pode se dizer que
acabar com as discriminações Sociais, Raciais e Culturais, está sendo Mais difícil
do que foi Acabar com a escravidão, do Brasil em 1500, com duas ou três Leis
aboliram a escravidão, Mas as nossa Desigualdades estão sendo combatidas por
Mais de cem Leis ou projetos aprovados e posto em Vigor, no Governo do
Presidente Lula foi criado umas 50 Leis de proteção a pessoa tanto no campo
como na cidade, e os Assassinatos continuam tanto no campo como nas Florestas e
cidades, mas vemos que no Apoio Melhorou muito, Graça ao povo ter saído a Lutar
pelo os seus Direitos, Hoje as mulheres estão sendo Amparadas por Leis em qualquer
Atividade, Desde da Doméstica até a Artesã quebradeiras de coco o extrativista tem
Apoio do Governo Para trabalhar; Graças ao Apoio dos Ativistas os pobres, os
Discriminados começaram a ter vezes e vozes. O que é Ativismo?
Ativismo, no sentido filosófico, pode ser descrito como qualquer doutrina ou argumentação que privilegie a prática efetiva de transformação
da realidade em detrimento da atividade exclusivamente especulativa, O ativismo político
A imprensa por vezes usa o termo ativismo como sinônimo de manifestação ou protesto. Nas ciências políticas, também pode ser sinônimo de militância,
particularmente por uma causa.
Usualmente, ativismo pode ser entendido como
militância ou ação continuada com vistas a uma mudança social ou política, privilegiando a ação direta, através de meios pacíficos ou violentos, que incluem tanto a defesa,
propagação e manifestação pública de ideias até a afronta aberta à Lei, Os
termos "ativismo" e "ativista" foram usados pela primeira
vez, com conotações políticas, pela imprensa belga, em 1916, referindo-se ao Movimento Flamingant.
Dentro do enquadramento legal e eleitoral das democracias representativas, toma, habitualmente, a forma de atividade
político-social - remessa de organização ou participação em reuniões,
emissão de textos, entrevistas à imprensa e a dirigentes políticos em prol da
postura de preferência; promover ou simplesmente seguir certos comportamentos
que estão delineados ou que se estima que contribuam para a causa, tal como
o boicote de certos produtos de consumo (ou a
recomendação de outros), nas compras individuais ou de grupo;
ou ainda a realização de manifestações públicas
organizadas, tais como marchas, recrutamento de simpatizantes, coletas de assinaturas em apoio a manifestos favoráveis à causa ou contra algo que
prejudique a causa.
O ativismo pode também assumir a forma de protesto passivo, de greve, ou de franca
militância ativa, como é o caso da invasão de terrenos ou propriedades,
Descubra quais são as características
e áreas de atuação dessa vertente Postado
por Polyana Batista Descobrir o que é e o que faz um ativista é fundamental para você
entender o papel deles na nossa sociedade. O ativismo tem várias vertentes e
ramos de atuação.
De acordo com o dicionário Aurélio,
ativismo é a doutrina que faz da atividade a essência da realidade, É a
doutrina que admite algum tipo de posição entre a ação e os domínios diversos
do conhecimento, e que dá força à ação, que comporta diferentes graus e
definições. É um Advogado do Indefeso.
O ativismo é um conceito usada nas ciências
humanas para se referir a qualquer evento que descreva uma alteração da
realidade exclusivamente especulativa. Deste modo associamos o Ativista ao
ser com capacidade racional e lógica (ser humano) que visam as mudanças
políticas e sociais em determinado lugar ou tempo, privilegiam a ação DIRETA de
mudanças, através de meios pacíficos ou não, resumidamente um ativista é um
"manifestante de ação direta
16
tipos de ativista
O1 ativismo ambiental luta em defesa do
meio ambiente,
02-Ativista
denunciante Todo ativismo tem um pé na denúncia, mas existe um específico
que atua diretamente na comunicação delas. Eles operam sobretudo na área da
Justiça e direitos humanos ou animais e, frequentemente, apontam para a
ocorrência de trabalho escravo, exploração de menores, maus-tratos aos
bichinhos entre outras questões. Existem muitos advogados e
especialistas em Direito que assumem essa função.
03-Ativista
feminista Como o próprio nome já diz, esse tipo de
ativismo defende e protege os interesses das mulheres na sociedade.
Embora a mulher já tenha o seu papel reconhecido, ela ainda enfrenta uma carga
de sexíssimo muito grande no mercado de trabalho e nas relações sociais.
04-Ativista
LGBT Lutar
pela igualdade
dos gêneros é a missão de quem é ativista LGBT. Ele busca
o respeito da sociedade e melhores oportunidades para essa minoria que sofre
muito preconceito e violência nas ruas, no mercado de trabalho, nas escolas e
em outros espaços públicos e privados.
05-Ativista
ambiental É aquela pessoa que luta em defesa do meio ambiente. Para isso, o
ativista participa de eventos de conscientização, debates sobre proteção e está
sempre envolvido em iniciativas que visam defender as florestas, biomas,
animais, rios e tudo o que envolve o meio ambiente.
Veja
também: Como
surgiu o dia mundial do meio ambiente
06-Consumidor
ativista Esse ativismo tem um grande poder e as empresas
estão de olho! As redes sociais se tornaram um grande canal para que cada um
fale o que quiser e torne-se um consumidor ativo. Logo, qualquer um consumidor
pode usar a internet para falar, criticar ou denunciar determinados produtos,
marcas ou serviços.
07-Marca
ativista E não são só os consumidores que estão levantando
suas bandeiras. As marcas também decidiram se posicionar sobre
questões sociais e politicassem suas campanhas publicitárias e o resultado tem
sido positivo: os consumidores estão reconhecendo os seus reais interesses nas
marcas que escolhe para criar uma relação de confiança e consumo.
08-Funcionário
ativista O engajamento cada vez mais emergente também ganhou
contornos sólidos dentro das empresas. É o ativista do funcionário. Os
empregados estão tendo a clara noção que precisam se unir e lutar pelos
interesses coletivos e não somente depender de instituições constituídas, como
sindicados. Eles adquiriram vez e voz e estão cada dia mais lutando por melhores salários e
condições mais justas de trabalho.
09-Ativista
porta-voz Existe um tipo de ativismo bem específico que pode
ser exercido por um público segmentado. É o ativismo de porta-voz. Funciona
assim: uma celebridade ou pessoa de muita influência adota
causas para ser o representante oficial e falar em defesa de algo. Pode
ser um projeto, situação excludente ou até um produto. Ser um porta-voz pode
envolver dinheiro ou simplesmente identificação pessoal.
10-Mídia
Ativista Não só pessoas podem ser ativistas. Como você viu
anteriormente, empresas também pode sê-lo. Quando a empresa é do segmento
midiático, o peso do ativismo é ainda maior. Por isso, é um tipo de ação que
tem um poder maior e acaba atingindo várias pessoas. Jornais, tvs, rádios
e revistas são ainda grandes influenciadores.
11-Ativista
racial Podemos
dizer que os abolicionistas foram os primeiros ativistas raciais da história.
Eles lutaram pela fim da escravidão e exploração dos negros até conseguirem o
fim da escravidão. Mas a luta continua! Há muita discriminação nos dias atuais
e o ativista racial é relevante para defender as causas das minorias, sejam
elas negras, índios, orientais, judeus, árabes, imigrantes, nordestinos ou qualquer
outros que sofram preconceito por conta da cor da pele ou origem territorial. Veja também: O
significado e a origem da Consciência Negra
12-Ativista
religioso Há também aqueles que defendem e propagam
uma determinada religião. São os ativistas religiosos. Um grande exemplo
disso, são os missionários que partem pelo mundo a fim de mudar algumas
realidades. Mas há também aquele ativismo negativo, quando a religião serve
para doutrinar e captar verdadeiros soldados ávidos a impor suas crenças.
13-Ativista
digital Esse é um tipo de ativismo polêmico e que sofre
diversas críticas. Mas é inegável que ele existe. O ativista digital é
aquele cujas ações são feitas da internet. Ele costuma usar as redes sociais e
outros meios disponíveis na rede para defender as causas em que acredita.
14-Ativista político Esse é o tipo de ativismo que podemos
aplicar a diversas situações. O ativista político é aquele que participa de
manifestações e protestos em prol de alguma causa. Por isso, ele pode
atuar em muitas áreas e em defesa de diversos segmentos, inclusive o político
propriamente dito, quando levanta a bandeira de determinados candidatos,
partidos ou correntes partidárias.
15-Ativista
fitness A busca pela vida saudável, qualidade de vida e
corpo perfeito criou um tipo de ativista relacionado: o fitness. Ele é a pessoa
que incentiva os outros a fazerem exercícios e fazer
escolhas mais conscientes. O ativista fitness utiliza meios de comunicação
(internet, redes sociais) para falar com seu público e mostrar formas de se
tornar mais fitness.
16-Ativista
dos animais
Os bichinhos também possuem pessoas
dispostas a lutar por eles. São os ativistas de animais. Eles defendem a
preservação e conservação das espécies, além de uma política pública voltada
para o controle de reprodução. Veja também:
Características
de um ativista
É preciso muito mais do que vestir uma
camisa ou defender a causa nas redes sociais para ser considerado um verdadeiro
ativista. Veja algumas características: O Ativista rega a Cultura de paz e da
não-violência; /o Ativista tem o Poder argumentativo;/ o Ativista Mostra capacidade
em criticar;/ sabe Se aproximar, sem se apropriar; / Estar sempre aberto ao
debate; / Saber ouvir e calar; / e Sabe Respeitar a opinião divergente, sem ser
agressivo.
Veja o Ativismo, #Mulheres
Rurais, Mulheres com Direito. Criando redes
colaborativas e criativas para visibilizar conquistas e desafios para a
autonomia plena das mulheres rurais e indígenas
A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), a ONU Mulheres, o
Conselho Agropecuário Centro-Americano do Sistema de Integração
Centro-Americano (CAC/SICA),
a
Reunião Especializada de Agricultura Familiar do Mercosul (REAF), a Secretaria
Agricultura Especial de Agricultura Familiar e de Desenvolvimento Agrário do
Brasil (SEAD),
bem
como a Direção Geral de Desenvolvimento Rural do Ministério da Pecuária, Agricultura
e Pesca do Uruguai (DGDR/MGAP),
realizam
a campanha #Mulheres
Rurais, mulheres com direitos.
A campanha é uma iniciativa de trabalho colaborativo que, em 2018, somará esforços, articulará redes, identificará desafios e divulgará experiências e conhecimentos sobre o em poderamento e a plena autonomia das mulheres rurais, indígenas e afrodescendentes da América Latina e no Caribe.
A desigualdade de gênero é uma das causas estruturais da pobreza rural e um dos maiores desafios que os países da América Latina e do Caribe devem enfrentar para desenvolver o potencial do mundo rural.
Embora as mulheres rurais tenham uma participação significativa nas economias locais, seu trabalho é muitas vezes invisível em pesquisas, censos nacionais e agropecuários, bem como em suas próprias comunidades.
Além disso, as mulheres têm uma carga de trabalho dupla, sendo responsável pelo trabalho não remunerado, como a educação dos filhos, o cuidado com as crianças e os mais velhos, sua alimentação ou o provimento de água e lenha.
As mulheres rurais também têm menor acesso a recursos e serviços produtivos, como terra, água, crédito e capacitação. No caso das mulheres indígenas e afro- descendentes rurais, a situação é ainda mais injusta.
De acordo com as estimativas da FAO (2011) , se as mulheres nas áreas rurais tivessem o mesmo acesso que os homens à terra, tecnologia, serviços financeiros, educação e mercados, poderiam aumentar a produção agrícola e reduzir entre 100 e 150 milhões o número de pessoas com fome no mundo.
Um dos grandes problemas neste sentido é a falta de autonomia de uma grande parte das mulheres rurais: sem autonomia física e vulneráveis à violência; sem autonomia econômica para acessar terra, recursos produtivos e capacitação, e gerar sua própria renda; e sem autonomia cidadã para participar na tomada de decisões que afetam suas vidas e suas comunidades.
Para reverter esta situação e acelerar o passo em direção ao desenvolvimento rural sustentável, é necessário que os países da região implementem ações abrangentes voltadas para o em poderamento e a autonomia plena de todas as mulheres.
Precisamente, em 2018, a Comissão sobre o Status da Mulher das Nações Unidas (CSW62) definiu como tema prioritário para a sua 62ª sessão os "Desafios e oportunidades para alcançar a igualdade de gênero e o em poderamento das mulheres e meninas rurais.
A campanha é uma iniciativa de trabalho colaborativo que, em 2018, somará esforços, articulará redes, identificará desafios e divulgará experiências e conhecimentos sobre o em poderamento e a plena autonomia das mulheres rurais, indígenas e afrodescendentes da América Latina e no Caribe.
A desigualdade de gênero é uma das causas estruturais da pobreza rural e um dos maiores desafios que os países da América Latina e do Caribe devem enfrentar para desenvolver o potencial do mundo rural.
Embora as mulheres rurais tenham uma participação significativa nas economias locais, seu trabalho é muitas vezes invisível em pesquisas, censos nacionais e agropecuários, bem como em suas próprias comunidades.
Além disso, as mulheres têm uma carga de trabalho dupla, sendo responsável pelo trabalho não remunerado, como a educação dos filhos, o cuidado com as crianças e os mais velhos, sua alimentação ou o provimento de água e lenha.
As mulheres rurais também têm menor acesso a recursos e serviços produtivos, como terra, água, crédito e capacitação. No caso das mulheres indígenas e afro- descendentes rurais, a situação é ainda mais injusta.
De acordo com as estimativas da FAO (2011) , se as mulheres nas áreas rurais tivessem o mesmo acesso que os homens à terra, tecnologia, serviços financeiros, educação e mercados, poderiam aumentar a produção agrícola e reduzir entre 100 e 150 milhões o número de pessoas com fome no mundo.
Um dos grandes problemas neste sentido é a falta de autonomia de uma grande parte das mulheres rurais: sem autonomia física e vulneráveis à violência; sem autonomia econômica para acessar terra, recursos produtivos e capacitação, e gerar sua própria renda; e sem autonomia cidadã para participar na tomada de decisões que afetam suas vidas e suas comunidades.
Para reverter esta situação e acelerar o passo em direção ao desenvolvimento rural sustentável, é necessário que os países da região implementem ações abrangentes voltadas para o em poderamento e a autonomia plena de todas as mulheres.
Precisamente, em 2018, a Comissão sobre o Status da Mulher das Nações Unidas (CSW62) definiu como tema prioritário para a sua 62ª sessão os "Desafios e oportunidades para alcançar a igualdade de gênero e o em poderamento das mulheres e meninas rurais.
A luta pelo reconhecimento, a busca pela terra e
pela valorização da mulher no campo, além do esforço para conseguir recursos
produtivos tornou-se parte da vida das mulheres do assentamento São Sebastião
(GO), que por anos viveram sem um lugar para poderem chamar de lar.
Em janeiro de 1997, na fazenda São Sebastião, no
município de Silvânia viviam acampadas 17 famílias. Dentre elas, a agricultora
familiar, Sandra Pereira de Faria, 48 anos, que vivia com dois filhos em lonas
provisórias.
As famílias do assentamento não tinham recursos
para se manter e se sustentavam por meio de cestas básicas doadas pela igreja
do município. Dona Sandra não conseguiu concluir os estudos, mas o que ela
sabia ensinava para as outras pessoas do assentamento. Mesmo morando em lonas
ela criou a alfabetização solidária com duração de quatro meses para ajudar a
todos que precisassem.
A agricultora recorda os momentos difíceis que
passou na fazenda. “No acampamento havia muitas crianças e sofríamos várias
ameaças e muito desprezo da sociedade. ”
Dona Sandra conta que as famílias foram despejadas
duas vezes do acampamento, mas por não terem onde ficar, voltavam para o mesmo
local. Todas as famílias assentadas sofriam com as ameaças do gerente da
propriedade. “Lembro-me de uma noite que me abriguei na mata para poder dormir
com os meus filhos, pois destruíram minha barraca”, recorda.
Com tantas ameaças, as agricultoras se revoltaram e
foram reivindicar por seus direitos e pelo seu pedaço de terra. Assim,
começaram a ter mais liberdade para o sustento da família por meio da
agricultura. Antes de tudo, fizeram uma lavoura comunitária de arroz,
depois os grupos começaram a se organizar e passaram a plantar milho, feijão,
mandioca, hortas e iniciaram a criação de gado.
Com a permissão de posse da terra e o
desenvolvimento da produção, a luta das agricultoras passou a ser a construção
de um lar para o conforto e a segurança das famílias. “Passamos por muitas
dificuldades, pois não tínhamos recurso suficiente para pagar os pedreiros. ” A
comunidade se uniu e definiu um mutirão para construir uma casa por vez,
priorizando as famílias mais necessitadas. Todos ajudaram com a mão de obra,
inclusive as mulheres. “As mulheres do assentamento são fortes e guerreiras,
eram elas que preparavam a argamassa, faziam reboco de parede e carregavam os
tijolos”, ressalta.
Dona Sandra recorda com muita alegria e satisfação
o que vivenciou ao ver sua casa construída. “O momento mais importante da minha
vida foi a construção da minha casa, a emoção de poder ver o meu espaço, pois
desde a minha juventude eu não tinha um lar, um lugar para chamar de meu”,
relembra. A casa da agricultora foi a última a ser construída, já que ela deu
prioridade às outras famílias que estavam mais necessitadas.
Depois que as famílias conseguiram se estabilizar,
as mulheres foram à luta em busca de luz elétrica. Em 2003, foram instalados os
postes de iluminação no município. “A chegada da luz foi uma imensa alegria
para nós. Principalmente para as nossas crianças que não conheciam a televisão
nem a geladeira”, conta Dona Sandra.
As agricultoras do assentamento reivindicaram
também as melhorias da comunidade, e por intermédio dessas mulheres as escolas
se desenvolveram e hoje, cada comunidade tem um ônibus escolar.
Atualmente, vivem no município 33 famílias, e em
sua maioria, os jovens da comunidade possuem formação superior e ainda assim,
preferem voltar e trabalhar com agricultura familiar. Dona Sandra ressalta sobre
a vivência na comunidade. “Hoje a nossa vida é um paraíso, temos uma produção
muito boa e diversificada. ” As agricultoras produzem pimenta, açafrão,
rapadura, melado, leite, a ainda, artesanato.
As mulheres do assentamento São Sebastião são
reconhecidas dentro da comunidade e buscam esse reconhecimento também fora
dela, sendo elas o suporte econômico do município e também da agricultura
familiar. “A mulher é o esteio da casa e na agricultura mais ainda. São
elas que produzem e dão assistência à comunidade, são autoras de tudo e não são
reconhecidas. São as agricultoras as primeiras a levantar, vão à luta e
são as últimas a dormir”, enfatiza.
Para Dona Sandra toda a luta que viveu em busca da
terra e a conquista de recursos para a produção da comunidade valeu à pena.
Hoje a agricultura do município é bem desenvolvida e reconhecida, mas o mais
importante para Dona Sandra é a harmonia entre as pessoas. “O que é mais
significativo para mim é a união dentro das famílias do assentamento, a amizade
e a confiança que se consolidou, uma conquista para toda a vida”, destaca.
Toda a história de Dona Sandra ajudou na formação
do que ela é hoje, uma mulher forte, destemida, agricultora e independente. “A
luta pela terra transformou a minha vida, se fosse preciso eu começava tudo de
novo. Eu não imagino a minha vida se eu não estivesse dentro do assentamento.
15 dias pela autonomia das mulheres rurais
Os papéis desempenhados pelas mulheres rurais são
tão numerosos quanto suas lutas e vitórias. O que não faltam são histórias de
vida inspiradoras. No entanto, ainda não possuem o reconhecimento merecido.
Sofrem com o preconceito, com a desigualdade de gênero e com outros problemas
que herdaram da vida. Ainda há um longo caminho para o equilíbrio de direitos e
oportunidades entre homens e mulheres. A fim de mostrar que equidade de gênero
e respeito são valores necessários cotidianamente, a Organização das Nações
Unidas (ONU) decretou que 2018 seria o Ano da Mulher Rural.
Pensando nisso, a partir do primeiro dia do mês de
outubro, iniciamos, no portal, uma série de matérias que fazem parte da
Campanha Regional pela Plena Autonomia das Mulheres Rurais e Indígenas da
América Latina e do Caribe - 2018. Serão 15 dias de ativismo em prol das
trabalhadoras rurais que, de acordo com o censo demográfico mais recente, são
responsáveis pela renda de 42,2% das famílias do campo no Brasil.
Gabriela
Morais, estagiária sob supervisão da Assessoria de Comunicação
Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário
Contatos: (61) 2020-0120 e imprensa@mda.gov.br 5th Oct 2018
Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário
Contatos: (61) 2020-0120 e imprensa@mda.gov.br 5th Oct 2018
Qualquer pessoa pode contar histórias, desde que
tenha em mente que suas palavras terão importância enorme e darão vida aos
pensamentos de uma personagem e poderão motivar mudanças significativas na vida
do leitor. Com atenuantes de dor e alegria, de sofrimento e de vitórias, a
história da Dona Raimunda Quebradeira de Coco, uma trabalhadora rural, líder
comunitária e ativista política brasileira se mistura com a de muitas outras
mulheres rurais, da roça, das lavouras, das comunidades quilombolas e
indígenas.
Raimunda Gomes da Silva, 66 anos, nascida e criada
em Novo Jardim (MA), filha de agricultores, com 10 irmãos, casou-se aos 18
anos, teve uma vida difícil, decidiu abandonar o marido 14 anos depois e criar
sozinha os seis filhos, trabalhando como lavradora. Baixinha de traços e
personalidade fortes, na sua fala simples, mistura temas do cotidiano e toca em
feridas sociais em seus discursos, em comunidades agrícolas ou palácios, sem
perder o tom. Nunca estudou, mas é uma líder nata, de visão política apurada.
Quando se quer tornar algo sensível a um grupo é
necessário aproximar as pessoas com o mesmo objetivo para que elas se
identifiquem e se abram para ouvir e compartilhar particularidades, e foi o que
Dona Raimunda fez. Em 1991, fundou junto à- outras mulheres, a Associação
Regional das Mulheres Trabalhadoras Rurais do Bico do Papagaio (Asmubip).
Começaram a promover encontros para discutir seus direitos, primeiro nos
municípios mais próximos e, em seguida, nos estados vizinhos. Logo, em 1992,
criaram o Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu (MIQCB), que
hoje é atuante nos estados do Pará, Tocantins, Piauí e Maranhão.
Cerca de 300 mil mulheres vivem da coleta do coco
babaçu, nativo da região. Da amêndoa, extraem o óleo vegetal, com o qual
cozinham e produzem sabão. Da casca do coco, fazem lenha; da palha da árvore,
cestos. Nada se perde. Essas mulheres só utilizam para si o que sobra da
produção. O trabalho da coleta e a quebra do coco é uma tarefa difícil, pouca é
a amêndoa comercializada no final do dia.
Cheia de fibra tal como dos cocos dos quais
arrancou o sustento, Dona Raimunda, trabalhou, lutou, venceu. O destino que a
esperava era o mesmo reservado a todas as mulheres que se gastam: de sol a sol
e ano após ano. A vida não dá trégua para quem luta. Sempre foi lá e fez o
melhor que podia.
Aos 20 anos aprendeu a assinar o nome e tornou-se
porta voz de 400 mil trabalhadoras rurais extrativistas, em defesa do meio
ambiente e dos direitos das mulheres. Em sua trajetória, foi responsável pela
Secretaria da Mulher Trabalhadora Rural Extrativista do Conselho Nacional dos
Seringueiros (CNS).
Devido a atuação na defesa dos direitos das
mulheres trabalhadoras da região do Bico do Papagaio, recebeu o título de
Doutora Honoris Causa da Universidade Federal do Tocantins e prêmios como o
Diploma Mulher-Cidadã Guilhermina Ribeira da Silva (Assembleia Legislativa do
Tocantins) e o Diploma Bertha Lutz (Senado Federal) concedido às mulheres que
ofereceram relevante contribuição na defesa dos direitos da mulher e questões
de gênero no Brasil. Em 2005, integrou a lista mundial das mil mulheres que
concorreram ao prêmio Nobel da Paz.
Hoje, está em seu segundo casamento, com o também
aposentado Antônio Cipriano, e adotou o sétimo filho, Moisés, órfão de um líder
sindical assassinado na década de 1990. Devido à idade avançada e às doenças,
Dona Raimunda está longe do ativismo, mas afirma que há outras mulheres à frente
das causas nos estados.
A ex- quebradeira de coco já quase não sai mais de
sua casa, por isso, ela afirma que é difícil o contato com as demais
quebradeiras. “Eu só vejo elas, quando vem aqui me visitar. Eu queria que elas
tivessem mais acesso à saúde, aos estudos, tivessem uma moradia melhor, melhor
qualidade de vida, por que isso ainda não é visto como profissão e dificulta na
hora de aposentar”, avalia.
Ela ainda expôs que a diferença das quebradeiras da
época dela para as de hoje em dia é que agora elas têm mais informações. “Hoje
em dia melhorou por que elas têm mais conhecimento das coisas”, informa. Nesta
luta incentivou o povo a se organizar e crer em sua própria força, embasada na
fé.
Dona Raimunda não para. Ela é autora de várias
poesias e músicas, onde denuncia a injustiça imposta ao povo do campo pela
estrutura opressiva e expressa a esperança de um mundo diferente. A sua
trajetória virou a trama central do vídeo-documentário “Raimunda, a
quebradeira” e tem muito de sua história e das companheiras quebradeiras de
coco contadas na produção do cineasta Marcelo Silva.
Hoje, mesmo sem enxergar e com dificuldades de sair
de casa, ela permanece firme nos seus preceitos. “O fato de ganhar esses
prêmios todos não mudou em nada na minha vida, eu continuo da mesma forma,
vivendo do mesmo jeito. O reconhecimento só me fez ter ainda mais
responsabilidade. A luta continua. Eu não quero morrer matada, quero morrer na
cama, sou feita do pó da terra, e é pra lá que voltarei.
15 dias pela autonomia das mulheres rurais
Os papéis desempenhados pelas mulheres rurais são
tão numerosos quanto suas lutas e vitórias. O que não faltam são histórias de
vida inspiradoras. No entanto, ainda não possuem o reconhecimento merecido.
Sofrem com o preconceito, com a desigualdade de gênero e com outros problemas
que herdaram da vida. Ainda há um longo caminho para o equilíbrio de direitos e
oportunidades entre homens e mulheres. A fim de mostrar que equidade de gênero
e respeito são valores necessários cotidianamente, a Organização das Nações
Unidas (ONU) decretou que 2018 seria o Ano da Mulher Rural.
Pensando nisso, a partir do primeiro dia do mês de
outubro, iniciamos, no portal, uma série de matérias que fazem parte da
Campanha Regional pela Plena Autonomia das Mulheres Rurais e Indígenas da
América Latina e do Caribe - 2018. Serão 15 dias de ativismo em prol das
trabalhadoras rurais que, de acordo com o censo demográfico mais recente, são
responsáveis pela renda de 42,2% das famílias do campo no Brasil. Assessoria de
Comunicação
Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário
Contatos: (61) 2020-0120 e imprensa@mda.gov.br 4th Oct 2018
Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário
Contatos: (61) 2020-0120 e imprensa@mda.gov.br 4th Oct 2018
Há 18 anos, no estado do Espírito
Santo, a camponesa Nelci Sanches da Rocha, 59 anos, vivia em busca de um lugar
para morar. Sem-terra, sem amparo se uniu a outras famílias que também estavam
em busca da terra para gerar uma vida melhor para seus filhos e parentes.
A camponesa e cerca de 320 famílias estavam
abrigadas em uma fazenda chamada Castelo, e devido a disputas de terra, foram
despejadas do lugar que chamavam de lar. Sem abrigo, foram em busca de um
pedaço de terra para viverem com seus filhos. Enquanto procuravam um novo
lugar, essas famílias ficavam acampadas em barracas de lona. Dentre as
famílias, existiam mulheres que carregavam consigo a dor de não dar a mínima
estabilidade para seus filhos.
Dona Nelci com os 3 filhos e sem propriedade andava
à procura de terra, carregando as crianças no colo, com a esperança de achar um
espaço. Hoje, ao recordar dos momentos vividos pela busca do lar, se emociona
com as condições em que vivia no acampamento. “Sofríamos, pois tínhamos muito
medo, éramos ameaçadas. Tivemos que ver nossas roupas, barracas e outros
pertences sendo destruídos. ”Durante a busca muitas famílias se separaram, mas
33 famílias se mantiveram unidas e encontraram uma terra localizada no município
Guaçuí (ES). Ao chegarem ao local, a camponesa ressalta que encontraram
dificuldades. “Quando chegamos no nosso pedacinho de terra a nossa maior
dificuldade foi a produção. ”, relembra.
Foi nas adversidades que nasceu a ideia de sete
mulheres camponesas se unirem por um sonho e oferecerem uma renda melhor para a
família e, consequentemente, contribuírem na autoestima e qualidade de vida
para a comunidade. Juntas formaram o grupo que elas denominaram como “As
Camponesas do Assentamento Florestan Fernandes”, do município de Guaçuí (ES).
As camponesas conseguiram participar de um curso
oferecido por uma universidade do município. O curso teve duração de dois anos
e foi o que impulsionou as mulheres rurais a intensificarem o trabalho do
campo. Em 2015, trabalhavam na produção de pães e biscoitos. A comunidade
desenvolveu-se e começou a comercializar os pães para os municípios de Guaçuí e
São José do Calçado (ES), por meio de programas do governo. As Camponesas”
trabalham para possibilitar e dar continuidade ao projeto de vida das famílias.
Com uma abordagem agroecológica, o grupo de mulheres trabalha em busca do
desenvolvimento rural sustentável, por intermédio da manutenção da
produtividade agrícola com o mínimo possível de impactos ambientais e em busca
de melhoria da renda familiar dos envolvidos.
O grupo da comunidade capacitou-se em diversos
meios de produção, empreendedorismo e associativismo, entre os quais, a
fabricação de polpa de frutas, pães e biscoitos. Entretanto, durante dois anos
as mulheres enfrentaram uma grande dificuldade. Necessitavam regularizar a
produção de polpa de frutas, do suco de laranja e dos doces. Para resolverem
essa situação precisavam construir uma estrutura física e adquirir equipamentos
para legalizarem o processamento de frutas no assentamento.
Com a venda dos pães, puderam adquirir alguns
equipamentos como a despolpadeira – uma espécie de instrumento que auxilia na
separação da polpa das sementes - e o freezer para processar e armazenar
as frutas. Por falta de recursos não conseguiram dar continuidade ao
processamento das frutas e suspenderam a produção temporariamente.
Atualmente, através de um programa do governo
federal, conseguiram recursos para a agroindústria de polpa de frutas e o
espaço será inaugurado em janeiro de 2018. As camponesas do assentamento
Florestan Fernandes produzem e comercializam pães, doces, geleias e licores nos
mercados do município e nas feiras de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo
Horizonte.
O trabalho no campo com as famílias produzindo
alimentos saudáveis e preservando o meio ambiente além de incluir
financeiramente outras famílias, fez o legado de Dona Nelci. “Quando eu
trilhava um caminho e via que não era o caminho certo, eu mudava de rumo, me
fortalecia. Eu lutava e acreditava que seria possível. O segredo sempre será
nunca desistir.”
Gabriela Morais, estagiária sob supervisão da
Assessoria de Comunicação Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do
Desenvolvimento Agrário Contatos: (61) 2020-0120 e imprensa@mda.gov.br 4th Oct 2018
Enxada nas mãos durante o dia. Roçar, arar,
plantar…Entre um cuidado e outro com a terra, uma segunda jornada sempre à
espera em casa. Ela é mãe, ela é filha, ela é jovem, ela é experiente, ela é
mulher! Ela faz o melhor de acordo com suas capacidades, a fim de receber o
resultado esperado. O trabalho da mulher do campo ainda não é tão valorizado
quanto o do homem. No entanto, essa realidade está mudando gradativamente no
Brasil. As mulheres rurais estão se organizando em cooperativas, associações e
estão fazendo alianças para se qualificarem e aumentarem as redes comerciais.
Pensando nisso, um grupo de 30 mulheres, no
interior de Poço Fundo (MG), se reuniu em torno de uma causa própria e na
criação de um produto feito da força e da coragem feminina. O grupo de Mulheres
Organizadas Buscando Independência (Mobi), surgiu por idealização de algumas
mulheres da Cooperativa dos Agricultores Familiares de Poço Fundo e Região
(Coopfam), que sentiram a necessidade de participação nas decisões da
cooperativa. Elas se uniram e resolveram criar o grupo no qual se reúnem toda
primeira sexta-feira do mês para decidirem sobre as diretrizes.
Com baixa acidez e um alto nível de doçura, o café
feminino é o resultado do encontro e da luta dessas mulheres que acreditaram em
seu potencial. O objetivo era a inserção e visibilização da mulher no
segmento do café. Além disso, para ajudar na renda da família, as mulheres
desenvolvem outras atividades como a confecção de artesanatos com subprodutos
do café.
Hoje, a cooperativa trabalha junto com as mulheres
para desenvolver e melhorar a produção, o produto e a vida das pessoas, criando
consciência e mudando mentalidades e atitudes, gerando uma força de
transformação que começa em cada uma das pioneiras e em suas cooperadas,
promovendo destaque em toda a cadeia de consumo até o cliente final.
Segundo Edivania de Fátima Fernandes, 26 anos,
responsável pela área comercial de torrefação do café feminino, muito mais que
um produto, a satisfação vem por estarem organizadas contribuindo com o rumo da
cooperativa e das suas propriedades. “Há poucos dias atrás as mulheres fizeram
um mutirão para colher o café da Regina Mendes Nogueira. Por meio dessas
atividades desenvolvidas, as cooperadas têm a oportunidade de trocarem
experiências e buscar novos conhecimentos. Nossas mulheres começaram a plantar
seu café usando a palha e a borra para criar arte e artesanato e também,
cultivarem rosas. Com isso cresceram, e continuam se aprimorando, se
desenvolvendo e trabalhando para alcançar muito mais além. ”
Ela afirma que só neste ano, a Coopfam participou
de duas feiras internacionais a Bio Brasil Fair | BioFach América Latina 2018 e
a Saitex 2018 - Feira Internacional da África do Sul, e uma nacional, a Bio
Brasil Fair. Essas oportunidades servem como uma vitrine para os produtos
orgânicos e teve no café feminino seu grande trunfo e triunfo. “Participar de
feiras é uma forma de apresentar nosso produto ao mundo. Mostrar a todos o
trabalho transformador que a Coopfam vem desenvolvendo ao longo dos anos. É uma
forma de convidar o consumidor a fazer parte da cadeia do bem, a consumir com
responsabilidade produtos da agricultura familiar e que traz benefícios para
todos, além de valorizar a mulher do campo que se empodera com o próprio
resultado.
Rosângela de Souza Paiva, agricultora familiar e
cooperadora do Mobi, conta que desde criança ajudava na lavoura de café.
Cresceu ajudando o pai e a mãe e ainda, catava café para vender e comprar
material escolar, entre outras coisas. “Depois que me casei, aos 18 anos, pude
ter minha terra para ter meu talhão de café onde faço a desbota, adubação e
colheita e pós-colheita, e também atuo nas decisões quando devo vender e em
quem investir, o que é muito bom pra gente, porque trabalhamos alegres e com
esperança e isso ajuda no cuidar e na gestão da propriedade com
responsabilidade. A participação da mulher é sempre boa para o desenvolvimento
da cafeicultura”, salienta.
As mulheres nessa cooperativa não param. Em
novembro, promovem a festa anual do café e organizam o festival de pratos, no
qual o café é o atual ingrediente principal. Além de se desenvolverem, estão
envolvendo também toda a comunidade local, participando de eventos onde passam
seus conhecimentos e experiências para outras mulheres.
A Coopfam
A cooperativa nasceu da tomada de consciência de
alguns produtores sobre a possibilidade de fazer as coisas diferentes e assim,
ter uma vida melhor. Em 2003, a cooperativa começa a sua participação em feiras
e visitas internacionais, ganhando visibilidade mundo afora e se aproximando de
compradores de café fair trade e orgânico.
A Coopfam acredita na agricultura familiar,
sustentável, orgânica e solidária e no comércio justo. Suas certificações
asseguram o cumprimento de requisitos e normas legais por parte da instituição
certificada, que passa a ter um compromisso com a sustentabilidade
socioambiental no que concerne à produção no campo, respeita as normas
trabalhistas e que promove, especialmente, a justiça comercial para a melhoria
das condições de vida de seus cooperados.
15 dias pela autonomia das mulheres rurais
Os papéis desempenhados pelas mulheres rurais são
tão numerosos quanto suas lutas e vitórias. O que não faltam são histórias de
vida inspiradoras. No entanto, ainda não possuem o reconhecimento merecido.
Sofrem com o preconceito, com a desigualdade de gênero e com outros problemas
que herdaram da vida. Ainda há um longo caminho para o equilíbrio de direitos e
oportunidades entre homens e mulheres. A fim de mostrar que equidade de gênero
e respeito são valores necessários cotidianamente, a Organização das Nações
Unidas (ONU) decretou que 2018 seria o Ano da Mulher Rural.
Pensando nisso, a partir do primeiro dia do mês de
outubro, inicia-se, no portal, uma série de matérias que fazem parte da
Campanha Regional pela Plena Autonomia das Mulheres Rurais e Indígenas da
América Latina e do Caribe - 2018. Serão 15 dias de ativismo em prol das
trabalhadoras rurais que, de acordo com o censo demográfico mais recente, são
responsáveis pela renda de 42,2% das famílias do campo no Brasil. Assessoria de
Comunicação
Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do
Desenvolvimento Agrário
Contatos: (61) 2020-0120 e imprensa@mda.gov.br 2nd Oct 2018
Os
papéis desempenhados pelas mulheres rurais são tão numerosos quanto suas lutas
e vitórias. O que não faltam são histórias de vida inspiradoras. No entanto,
ainda não possuem o reconhecimento merecido. Sofrem com o preconceito, com a
desigualdade de gênero e com outros problemas que herdaram da vida. Ainda há um
longo caminho para o equilíbrio de direitos e oportunidades entre homens e
mulheres. A fim de mostrar que equidade de gênero e respeito são valores
necessários cotidianamente, a Organização das Nações Unidas (ONU) decretou que
2018 seria o Ano da Mulher Rural.
Pensando nisso, a partir do primeiro dia do mês de
outubro, inicia-se, no portal, uma série de matérias que fazem parte da
Campanha Regional pela Plena Autonomia das Mulheres Rurais e Indígenas da América
Latina e do Caribe - 2018. Serão 15 dias de ativismo em prol das trabalhadoras
rurais que, de acordo com o censo demográfico mais recente, são responsáveis
pela renda de 42,2% das famílias do campo no Brasil.
Na Zona da Mata mineira, na cidade de Cajuri, a 245
km da capital do estado, Maria Emília Campos, de 34 anos, é exemplo na
batalha em prol da autonomia plena das mulheres rurais. A luta começou em 2005,
na escolha do que estudar na faculdade: agronomia. De malas prontas, a filha de
agricultores partiu para a cidade com o desejo da realização de um sonho no
bolso. Ao chegar, a realidade era outra. Em um ambiente de ensino
majoritariamente ocupado por homens, Maria aguentou diversos comentários,
vindos de outros alunos, que colocavam em dúvida a sua capacidade. “Cheguei a
ouvir até mesmo de professores piadas de que mulher tinha medo de sujar as
unhas de terra. Nunca pensei ter que passar por esse tipo de situação em pleno
século XXI.
Após cinco anos de estudos e esforços, o momento da
graduação chegou. A preocupação de passar em provas e apresentar trabalhos deu
lugar à vontade de se inserir no mercado de trabalho. “Enviava currículos e não
era selecionada. Uma vez cheguei a passar no processo seletivo e na hora da
contratação ouvi do chefe que eles preferiam contratar um homem a me
contratar”, declara Maria. Dois anos se passaram e a procura por emprego se
tornava cada dia mais difícil. Nesse período, a filha de agricultores adoeceu
devido aos pensamentos de não ser boa o suficiente para desempenhar o que havia
estudado.
Depois de tanto procurar um local para trabalhar,
Maria Emília se deu conta de que o emprego sempre esteve mais perto do que
imaginava. Ela voltou para o campo decidida a aplicar os ensinamentos da
faculdade na propriedade de seu pai. Mesmo em casa, percebeu que não seria tão
simples quanto imaginava.
“Por mais que eu venha de uma família que não há
desigualdade de gênero, eu sei que há décadas existe uma preocupação com
relação ao empoderamento, mas existe algo que acompanha a nossa história, que
talvez esteja evoluindo aos poucos, que é a cultura. E na minha vida, eu
trabalho justamente com essa mudança, porque somos parte de uma cultura
machista que nos fragiliza e nos vitimiza.
Logo que voltou para a cidade natal, foi convidada
para estar à frente da Secretaria Municipal de Assistência Social do município.
Maria Emília teve contato com várias histórias que mudavam apenas de nome e
sobrenome. “Eu tive contato com vários tipos de discriminação da mulher, de
abusos, da desvalorização, do menosprezo, da baixa autoestima. O que me chamava
atenção era que essas mulheres não nasceram se sentindo assim, elas aprenderam
a ser assim. E a partir daí, passei a prestar mais atenção na questão de
gênero. Apesar do meu curto período na secretaria, ele serviu de aprendizado
para minha vida.
Ao analisar a vida das mulheres que conheceu, Maria
criou a coragem para assumir a própria propriedade, e andar sozinha. Em um
sítio cedido pelo pai, ela começou a plantação de flores. Toda quinta-feira é
sagrada. Ao primeiro sinal do raiar do sol, Maria Emília, desperta com destino
ao campo. É dia de fazer a colheita das flores cultivadas por esta mulher com
tanto carinho. Hoje, além de todo o trabalho desenvolvido no campo, participa
de um grupo de 16 produtores de flores e segue na luta para que todas as
mulheres tenham autonomia plena.
Carolina
Gama Assessoria de Comunicação
Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário
Contatos: (61) 2020-0120 e imprensa@mda.gov.br 2nd Oct 2018
Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário
Contatos: (61) 2020-0120 e imprensa@mda.gov.br 2nd Oct 2018
Esta convocação busca homenagear o papel
fundamental das mulheres rurais na produção sustentável de alimentos saudáveis
e nutritivos, seus conhecimentos tradicionais, além de reconhecer os
empreendimentos das mulheres agrícolas cujos produtos e serviços promovem a
proteção da biodiversidade.
A convocatória terá dois resultados principais: a
documentação multimídia de saberes gastronômicos e um catálogo de produtos e
serviços desenvolvidos por mulheres rurais. A ação é acompanhada pelo blog
Saberes y Sabores, uma plataforma interativa que divulgará as preparações
gastronômicas e os empreendimentos inscritos, no intuito de incentivar a
participação de mais mulheres.
As instituições organizadoras irão formar um júri
especializado que ficará responsável pela seleção das receitas e
empreendimentos participantes. Os jurados vão revisar as melhores experiências
inscritas, conforme a pontuação, e assim definir os primeiros lugares e menções
honrosas.
Campanha #Mulheres Rurais, Mulheres com direitos
#Mulheres Rurais, Mulheres com Direitos é uma
campanha regional que a Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do
Desenvolvimento Agrário do Brasil (SEAD), organiza junto com a Reunião
Especializada da Agricultura Familiar do Mercosul (REAF), a Organização das
Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), a ONU Mulheres, o
Conselho Agropecuário Centro-Americano do Sistema de Integração
Centro-Americano (CAC-SICA), bem como a Diretoria Geral de Desenvolvimento
Rural do Ministério de Pecuária, Agricultura e Pesca do Uruguai (DGDR/MGAP).
Gabriela
Morais, estagiária sob supervisão da Assessoria de Comunicação
Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário
Contatos: (61) 2020-0120 e imprensa@mda.gov.br 12th Jul 2018
Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário
Contatos: (61) 2020-0120 e imprensa@mda.gov.br 12th Jul 2018
Foi
apresentada, entre os dias 11 e 14 de junho, a Mostra Fotográfica Internacional
Mulheres Rurais em Ação”, no Hotel Guarani, em Assunção, Paraguai, durante a
realização da XXVIII Reunião Especializada sobre Agricultura Familiar
(Reaf) do Mercosul.
A mostra fotográfica conseguiu representar a
multifuncionalidade nas atividades desenvolvidas pelas mulheres rurais nos
países do Mercosul ampliado. As fotografias demonstraram também o importante
papel das mulheres nas atividades muitas vezes invisíveis à sociedade, tanto no
trabalho produtivo como reprodutivo.
A Organização das Nações Unidas para Alimentação e
Agricultura (FAO) afirma que se as mulheres rurais tivessem as mesmas
oportunidades que os homens em termos produtivos, a fome no mundo poderia ser
reduzida entre 12% e 17%. A contribuição econômica do trabalho doméstico não
remunerado realizado pelas mulheres, ainda que não reconhecida, é bastante
significativa, e segundo a ONU Mulheres, pode representar até 39% do PIB.
A mostra se insere no âmbito da Campanha Regional
pela Autonomia Plena das Mulheres Rurais e Indígenas, desenvolvida desde 2016
pela Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário
(Sead), Reaf, FAO, ONU Mulheres, Ministério da Pecuária e Agricultura do
Uruguai e Sistema de Integração Centro-Americano (SICA).
A coordenadora nacional alterna do Paraguai na
Reaf, Ursina Leguizamón, avaliou que teve uma resposta muito boa do evento. “O
apoio técnico e financeiro do Instituto Interamericano de Cooperação para a
Agricultura (IICA) foi generoso e oportuno para o sucesso desta mostra.
Ressaltou ainda, que todas as fotografias destacam
a dimensão e heterogeneidade do papel da mulher nas atividades rurais. “Cada
uma gerou emoção e satisfação ao mesmo tempo. E concluiu dizendo que, “a
sugestão da representação local da FAO de levar a Mostra Fotográfica Internacional
para todos os países do Mercosul foi muito interessante. No entanto, antes da
realização da mostra, havíamos concordado em deixar as fotos sob a
responsabilidade da divisão de gênero para que elas possam usá-las como uma
exposição itinerante em suas atividades e que sirvam como uma expressão da
importância que a Presidência Pro Tempore do Paraguai deu ao tema.
Para Geise Mascarenhas, coordenadora nacional da
Campanha #Mulheres Rurais, mulheres com direitos, a mostra fotográfica serviu
para conhecer quem são e o que fazem as mulheres rurais dos países do Mercosul
no seu dia a dia. “ A Mostra Fotográfica conseguiu demonstrar a pluralidade e a
diversidade das atividades realizadas pelas mulheres nas zonas rurais. Se no
Brasil temos diferenças entre as mulheres do Norte e do Sul, imagina quão
diferentes são as mulheres e as atividades que desenvolvem nos países do
Mercosul.
A exposição contou com imagens de mulheres rurais
em ação da Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Uruguai e Paraguai demonstrando
a importância de ampliar as oportunidades e avançar com a igualdade de gênero
no meio rural.
O Brasil esteve representado por mulheres rurais do
Norte, Sul e Sudeste por meio de quatro fotos selecionadas pela Sead. Obras
como: Até o Sol se Esconder de Maria Luiza de Cunha Amorim e além dessas a
mostra contou também com mais duas fotos, Queijo de |Minas e Grãos de Alegria
ambas da Kênia de Aguiar Ribeiro.
Título: “São educadas pra
serem submissas dos homens. Não deveriam”
Local: Imbuia - Santa Catarina
Data: Agosto de 2017
Local: Imbuia - Santa Catarina
Data: Agosto de 2017
Título: Quintais
Produtivos das Mulheres Agroextrativistas Local: Floresta Nacional de
Tefé Amazonas
Assessoria
de Comunicação Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do
Desenvolvimento Agrário Contatos: (61) 2020-0120 / 0122 e imprensa@mda.gov.br
Na zona rural do município brasileiro de Belo Vale,
a 125 km de Belo Horizonte (MG), localiza-se a comunidade Noiva do Cordeiro,
comunidade onde as mulheres dominaram o meio rural e no qual residem
aproximadamente, 350 pessoas. Como a maioria dos homens trabalha em cidades
próximas da capital mineira ou em mineradoras da região, as mulheres ficam à
frente dos trabalhos na agricultura.
As mulheres assumem a produção dos gêneros
alimentícios e atuam no processamento. Além disso, confeccionam e comercializam
produtos de limpeza e peças artesanais como colchas e tapetes. As principais
atividades exercidas pela comunidade são a horticultura, a plantação de
mexerica poncã e a produção de pimenta e seus derivados. O processamento é realizado
na própria comunidade para agregar valor aos produtos e ampliar a renda dos
produtores.
A associação adquiriu a propriedade rural por meio
do Programa Nacional de Crédito Fundiário (PNCF). A comunidade recebeu mais de
500 mil reais de crédito que foram utilizados para desenvolver os projetos de
irrigação, na construção de galpão, na compra de trator e de caminhão para o
transporte da produção e a aquisição de implementos agrícolas. Um investimento
que resultou em vários benefícios para a associação, além do aumento da
produtividade.
Por intermédio da Secretaria Especial de
Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário (Sead), em setembro de 2015,
a comunidade rural Noiva do Cordeiro acessou o Programa Arca das Letras (saiba
mais sobre o Arca das Letras, aqui). Com um acervo inicial de aproximadamente
200 livros, após 2 anos, o volume praticamente dobrou por meio de doações e
atualmente conta com 372 livros.
A entrega dos livros foi realizada pela Delegacia
Federal de Agricultura Familiar de Minas Gerais (DFDA-MG) que também realizou a
entrega da permissão de uso do Selo de Identificação da Participação da
Agricultura Familiar (Sipaf) para a comunidade. A agente de leitura, Cláudia
Lima de Almeida, revela a importância do Arca das Letras para a associação. “Os
livros são muito úteis, pois atendem a todas as crianças que estudam na escola
rural da comunidade, mantida por meio de recursos próprios e de doações.
Crédito Fundiário
O Programa Nacional de Crédito Fundiário (PNCF)
oferece condições para que os trabalhadores rurais sem terra ou com pouca terra
possam comprar um imóvel rural por meio de um financiamento. Os recursos ainda
são usados na estruturação da propriedade e do projeto produtivo e na
contratação de assistência técnica e extensão rural (Ater). Além da terra, o
agricultor pode construir sua casa, preparar o solo, comprar implementos, ter
acompanhamento técnico e o que mais for necessário para se desenvolver de forma
independente e autônoma.
O
selo que objetiva visibilizar o trabalho das mulheres rurais, legitimando sua
participação na economia das unidades familiares e reconhecendo o papel
estratégico que elas exercem na garantia da soberania alimentar foi apresentado
durante a XXVIII Reunião Especializada sobre Agricultura Familiar (Reaf) em
Assunção, Paraguai, no âmbito do Seminário de Formalização de Oferta de Produtos
Agroalimentares da Agricultura Familiar. O seminário teve como Objetivo
apresentar estratégias dos países da América do Sul para a comercialização da
agricultura familiar. Na ocasião, foi apresentado um sistema de monitoramento
dos investimentos públicos na agricultura familiar; como o Paraguai tem
formalizado a sua oferta de produtos oriundos da produção familiar; além de
diversas experiências de cooperativos do Paraguai, Uruguai, Chile e Brasil.
O selo foi incluído no seminário como uma
estratégia para possibilitar a reciprocidade entre os agricultores familiares e
os consumidores e poderá ser utilizado para modificar, neutralizar e ser um
elemento de resistência aos processos de mercantilização que terminam por
excluir as agricultoras familiares dos mercados formais. De acordo com a
consultora responsável pela área, Simone Barreto, “com o Sipaf Mulheres Rurais
é possível gerar laços sociais entre quem produz e quem consome, que vão muito
além dos momentos de compras. E isso criará competitividade para os produtos da
agricultura familiar feminina. ”
O Sipaf Mulheres Rurais é permitido para mulheres
rurais pessoas físicas e pessoas jurídicas, sendo que as pessoas jurídicas
devem ter 50% mais um de mulheres e uma mulher na direção. Lançado a pouco mais
de 3 meses, o selo já conta com 51 permissões de uso, 146 agricultoras
beneficiadas e mais de 350 produtos identificados.
A
Sead participou ainda, no dia 11 de junho, da reunião de organizadores da
Campanha #Mulheres Rurais, mulheres com direitos, na qual foi tratado os
próximos passos da campanha que busca fortalecer os aliados para o tema das
mulheres rurais, além do lançamento oficial da convocatória para a Campanha
Saberes e Sabores, que busca destacar a importância das mulheres rurais para a
promoção da alimentação tradicional e saudável.
Assessoria de Comunicação
Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário
Contatos: (61) 2020-0120 e imprensa@mda.gov.br 4th Jul 2018
Assessoria de Comunicação
Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário
Contatos: (61) 2020-0120 e imprensa@mda.gov.br 4th Jul 2018
A
XXVIII Reunião Especializada da Agricultura Familiar do Mercosul (REAF), sob a
Presidência Pro Tempore do Paraguai, considerou justo e necessário homenagear,
em forma de uma mostra fotográfica, as mulheres e suas atividades diárias,
tornando visíveis a capacidade e a liderança das mulheres rurais em toda a sua
diversidade por meio de imagens. A mostra conta com a colaboração da
Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) e do
Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), no âmbito da
Campanha Regional #Mulheres Rurais, Mulheres com Direitos.
Considerando o papel fundamental das mulheres
rurais no desenvolvimento da Agricultura Familiar, a Comissão de Equidade de
Gênero no Meio Rural da Reaf atua com o objetivo de promover o fortalecimento e
o desenvolvimento de políticas de para a agricultura familiar que assegurem a
transversalização da perspectiva de gênero em todos os temas e espaços de
trabalho.
Para Geise Mascarenhas, coordenadora da campanha
nacional #Mulheres Rurais, mulheres com direitos, “a mostra fotográfica nos
possibilitará conhecer quem são e o que fazem as mulheres rurais dos países do
Mercosul no seu dia a dia. O objetivo na verdade é demonstrar a pluralidade e a
diversidade das mulheres trabalhadoras das zonas rurais. Se no Brasil temos
diferenças entre as mulheres do Norte e do Sul, imagina quão diferentes são as
mulheres e as atividades que desenvolvem nos países do Mercosul.
Lembrando que a mostra faz parte da Campanha
Regional pela Autonomia plena das Mulheres Rurais e Indígenas, Mascarenhas diz
que “deseja muito ver as mulheres indígenas brasileiras representadas nessa
exposição. Estima-se que existam mais de 270 línguas indígenas faladas no
Brasil. É preciso conhecer para preservar, e conhecer passa por visibilizar.
Por isso é muito importante que a gente possa ter fotografias das diferentes
etnias e regiões para mostrar a riqueza cultural que nós temos e devemos
preservar em nosso país.
A Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do
Desenvolvimento Agrário (Sead) convida a todas as mulheres rurais brasileiras a
enviarem imagens fotográficas em suas diferentes atividades cotidianas e papéis
que desempenham em seu ambiente doméstico, em seu entorno e na sociedade. A
exposição contará com imagens de mulheres rurais em ação na Argentina, Brasil,
Chile, Colômbia, Uruguai e Paraguai, e poderão ser apreciadas de 11 a 14 de
junho no Hotel Guaraní, durante a realização da XXXVIII Reaf, em Assunção,
Paraguai.
Secretaria
Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário
Contatos: (61) 2020-0120 e imprensa@mda.gov.br
Contatos: (61) 2020-0120 e imprensa@mda.gov.br
O ativismo acaba em estresse. É um desrespeito ao 5º mandamento
ou ao cuidado com a saúde. Hoje, queremos refletir sobre o ativismo pastoral
daquelas pessoas que trabalham nas paróquias, comunidades, dioceses e estão na
animação das pastorais, ou seja, dos trabalhos eclesiais, apostólicos,
missionários.
Ativismo não significa só excesso de trabalho, mas fazer as
coisas de coração contrariado, murmurando, reclamando e pior ainda: para
aparecer, agradar a autoridade, cumprir a lei e até para a autopromoção. Outro
lado do ativismo pastoral é a incoerência entre o que se diz e o que se faz.
Leva-se uma vida dupla, numa “personalidade dupla” e isso é desgaste de energia
e fonte de fadiga.
Quem sofre o mal do
ativismo, pode até não trabalhar muito, mas não reza, não estuda, não descansa,
porque o trabalho virou escapismo, fuga de problemas não resolvidos. Cai-se num
círculo vicioso: “Enche-se de trabalho e não se tem tempo para o cultivo
espiritual e humano”. O ativista esquece que o valor e a grandeza da vida não
está naquilo que se faz, mas naquilo que se é. Quem faz muitas obras para o
Senhor e acaba esquecendo o próprio Senhor por causa das muitas obras, está
equivocado. Quem se apega às obras, espera elogios, gratificações e
resultados e geralmente não sabe dar seu lugar a outros.
O ativismo é resultado do perfeccionismo. É próprio do
perfeccionista ter a tendência a ficar insatisfeito e incomodado com o que faz.
Sob o comando do ativismo a pastoral vira profissionalismo, a gratuidade é
substituída pela gratificação. O povo procura o pastor e encontra um
profissional. O pastor ou o agente de pastoral virou burocrata.
Os efeitos do ativismo são muito negativos: irritabilidade,
desgaste, esgotamento, isolamento, doenças, “impaciência apostólica”, queima-se
as pessoas com facilidade e freqüência. O ativismo é alimentado por
determinadas afeições: desejo de aparecer, competição, rendimento, sucesso. O
ativista peca pela pressa, vive sob a pressão do tempo e sob a sensação de
urgência que é a “tirania do urgente”. Sobrecarga -se de responsabilidades e da
ambição do sucesso, fazendo do ativismo uma patologia. O remédio e cura são:
oração, lazer, amizades boas, mudar o estilo competitivo, perfeccionista e
apressado, observar o 5° mandamento e o convite de Jesus: “Vinde à parte para
um lugar deserto e descansai” (Mc 6,31).
O ativismo é uma patologia de nossa cultura, é uma espécie de
narcisismo, ou seja, exaltação de si para obter atenção, afeto e valorização de
si. Privilegia-se o fazer e o ter em detrimento do ser. O acúmulo de trabalho é
uma espécie de narcótico que leva à fuga e ao prejuízo de outros valores. O
ativista é um fugitivo de si e um desertor de Deus. O que o ativista constrói
com uma mão, destrói com a outra. Numa sociedade competitiva e
consumista o ativismo é uma doença cultural que se manifesta no infarto,
agressividade, depressão, estresse e falta de tempo, de meditação, de silêncio
e de escuta. É um comportamento contra a vida. fonte: CNBB
Ant -Ativista, Bolsonaro
quer acabar com ‘todo ativismo’ No discurso que fez
depois de confirmado o segundo turno, Jair Bolsonaro adotou uma linha dúbia: ao
mesmo tempo em que fala em “acabar com a divisão” do País em termos de raça,
regiões, sexos, orientação (que ele chama de opção) sexual e classes
econômicas, ele acentua essa divisão ao dizer que não se pode mais ter uma
orientação à esquerda e que vai acabar com toda forma de ativismo, O candidato ainda prometeu aproximar o Brasil
das “grandes nações”, investir nas riquezas do país como a natureza e o
turismo, e “jogar pesado” na segurança pública.
Garantiu ainda que vai “colocar um fim em todo ativismo” no
país e acabar com a indústria de multas do Ibama”, além de “reduzir a corrupção
o máximo possível. Isto Portanto o voto Nosso no Bolsonaro será entregar o
Brasil Na mão de uma elite da Direita para eles privatizar o seu poder público
PARA a queda do poder Econômico interno, e preparar o Brasil para as Mudanças
Burguesas da Nova ordem Mundial para o Domínio da Nova era, e consequentemente
o Decreto Dominical, pode se ver que a Bancada Evangélica votaram com
Bolsonaro, os pastores Evangélicos nas Igrejas também, estão formando Assim a
Imagem a Besta,
ALGUÉM Disse: eu quero Isto, para Jesus voltar Logo, Não tente
Ajudar Jesus dessa Maneira, o teu modo de Ajudar Jesus é? PREGANDO O EVANGELHO AOS SEUS VIZINHOS. Fazer
isto é se prepara para receber o Sinal da Besta na Mão DIREITA ou na fronte
isto é Perdição,
e não embarque nesta A vitória do Bolsonaro se caso acontece, seria uma regressão dos
nossos valores políticos e culturais em 180 Anos Atrás é voltarmos na História para 1839 século
19 um tempo que Infelizmente a Cultura Burguesa, nos países que reinava a
Hierarquia as pessoas Ditava as Ordens para os outros, os Maridos mantinham as
Mulheres embaixo do Sapato, Era uma Cultura de Baixo nível, Animal, média de
05% dos Homens Estudavam, as Mulheres não estudavam Não Votavam, não
trabalhavam fora, não se metia nos negócios do marido, não era nem Contadas ou
mencionadas por Nome nas Gerações.
O pai era que escolhia o
Casamento para a filha. Os Negros Era discriminados e as vezes Escravizados. Se
a pessoa matasse a sua própria mulher ou um escravo dele não era condenado pelo
o Crime, se um Homem estuprasse uma mulher, mesmo que ela não fosse nada dele a
Justiça não o condenava Ele, é por Isto que Até no passado bem Ressente, nas
Guerras Civis Da Bósnia do Timor Leste e de Kosovo de 1999 a 2001, Muitas
Mulheres eram Levadas para fora do Acampamento de refugiados e eram Estupradas
por Meses Havia Muitos Estupros foram mais de vinte Mil, e ninguém era e nem
nunca foi condenado.
Hoje a ONU tenta tardiamente correr Atrás, da Restauração e
Dignidade destas Pessoas destruídas por esta Políticas da Direita Burguesa, mas
sabemos que correr Atrás destas perdas será como caçar uma agulha a noite em um
Palheiro. Hoje a consciência negra e da Igualdade Social Sabe que o que Leva as
Lutas contra as Classes opostas são justamente Alimentar este fascismo que está
presente na Literatura e na mídia, e sempre ele se estoura, em pequenos focos
mas são os começos dos Grandes Incêndios,
A
nossa sociedade está contaminada com o Fascismo, Tanto na Música, Na mídia, na
Literatura, e precisa estar sendo reprimido, caso não faça este é o resultado
que está diante de nós, o candidato pode até falar, eu vou privatizar, eu vou
matar, eu vou cortar Salários, eu vou Acabar tirar o direito Opcional dos
Homossexuais, eu vou acabar com Ativismo, os nossos valores que nos fez uma
nação Democrática com direitos constituídos estão indo para a Lata do Lixo e o
candidato ainda cresse e é tratado como ídolo,
A nossa nação está indo a passos Largos para o
Lago de Fogo, quem poderia ajudar e Livrar a nossa Juventude da destruição
Final era os Cristãos Evangelicos, mas a uma, eles- também tem Aplaudido, a
chegada do Fascismo como se fosse a chegada de Jesus. A Final este é o deus
deles, e capitalismo, E Jesus está Chorando os seus filhos que dentro da sua
terra estão sendo destruídos:
O meu
povo foi destruído, porque lhe faltou o conhecimento; porque tu
rejeitaste o conhecimento, também eu te rejeitarei, para que não sejas
sacerdote diante de mim; e, visto que te
esqueceste da lei do teu Deus, também eu me esquecerei de teus filhos. Oseias 04 06. Portanto vamos ajudar salvar
os nossos Valores as nossas Leis, o Ativismo Cultural.
O ativista cultural é o agente político que faz as coisas
acontecerem no campo da Cultura e seus vetores. Figura especialíssima que sem o
fruto de seu trabalho nada ocorre no plano prático. É aquele que abre o espaço
social para os efetivos agentes produtores de atos e fatos culturais.
É aquele que normalmente apresenta o artista ao público em
geral. É ele quem faz a interação entre os sujeitos ativo e passivo. O campo de
sua atuação ocorre tanto na área pública como nas organizações não
governamentais. É aquele que está sempre preocupado com o todo, com macrocosmo
situacional, e não com as micro- situações, se bem que muitas vezes, por falta
de outros agentes no desdobramento do processo cultural, tenha de agir até no
detalhamento executivo dos projetos.
A ótica do ativista
cultural não é a de seu sucesso pessoal como artista e criador na área de
Artes. Impõe-se o coletivismo, o solidarismo, ou seja, tudo aquilo que venha a
funcionar, nos estamentos sociais, como fomentador do processo de caldeamento
cultural. E isto o Bolsonaro quer Acabar,
Este agente normalmente atua em várias frentes de trabalho,
tentando articular e/ou estabelecer elos de ligação entre tais compartimentos
estanques, aproximando lideranças culturais e evitando que as localidades, cidades
e/ou grupos se tornem guetos de servidão ou expressões maniqueístas de ação e
conduta. Requer-se, desde logo, que este agente tenha um perfil ativo como
pessoa: solidarista, agregador. É possível identificar-se, de pronto, o seu
perfil idealista, pleno de verdades hauridas em suas vivências. O
desprendimento pessoal o caracteriza. http://www.recantodasletras.com.br/artigos/67130
Vejam um Conferência Católica sobre A responsabilidade na perpetuação da obra
fundada por Cristo. Ele então começa: Segundo o padre espanhol Salvador Pié-Ninot, na página 86 de sua obra
“Introdução à eclesiologia”, a apostolicidade da Igreja tem suas raízes
no Novo Testamento e foi elaborada, primeiramente, por Santo Ireneu ainda no século
II. Período marcado por perseguições aos cristãos e surgimento das primeiras
heresias.
Essa dimensão está intimamente ligada à missão dos primeiros apóstolos,
aqueles homens a quem Jesus escolheu, chamou, instruiu e enviou para que
pregassem o Evangelho. Portanto, a Igreja é apostólica, porque foi fundada
sobre os apóstolos, ou seja, ela se fundamenta na fé, no testemunho e no ensino
desses apóstolos. A palavra apóstolo quer dizer “enviado”.
Pode parecer óbvio, mas, uma vez que a Igreja já foi fundada por Jesus
sobre os apóstolos, nós, que seguimos essa doutrina, não precisamos fundar ou
refundar mais nada. Não seremos nós que fundaremos a nossa Igreja própria,
visto que a Igreja de Cristo já foi fundada e permanece viva e forte até os dias de hoje. A
nossa missão, portanto, é a dar continuidade a esta obra fundada por Jesus. Nós
podemos e devemos dar a nossa contribuição, pois ela é muito importante.
A esse respeito, o Catecismo da Igreja Católica, a partir do número 898,
afirma que todos nós devemos ter uma clara consciência de que não apenas
pertencemos à Igreja, mas somos Igreja. Uma vez que somos Igreja, somos
encarregados por Deus do apostolado em virtude do Batismo e da Confirmação. Podemos e devemos “trabalhar para que a mensagem
divina da salvação seja conhecida e recebida por todos os homens e por toda a
terra”. “Somos o povo de Deus, membros deste corpo, que é a Igreja, cuja cabeça
é Nosso Senhor Jesus Cristo.
Que
sentido existe ao dizer que a Igreja foi fundada sobre os apóstolos?
A Tradição da Igreja nos ensina que, embora Pedro tenha sido escolhido
por Jesus para ser o primeiro Papa, ele não estava sozinho. Jesus havia
escolhido outros homens para exercer sua missão apostólica e a transmissão do
Evangelho. Dizer que a Igreja foi fundada sobre os apóstolos comporta um
tríplice sentido, conforme nos apresenta o parágrafo 857 do Catecismo da Igreja Católica:
Primeiro: “foi e continua a ser construída sobre o ‘alicerce dos
apóstolos’, que são testemunhas escolhidas e enviadas em missão pelo próprio
Cristo”; segundo: “continua a ser ensinada, santificada e dirigida pelos
apóstolos até ao regresso de Cristo, graças àqueles que lhes sucedem no ofício
pastoral: o colégio dos bispos”; terceiro: guarda e transmite, com a ajuda do
Espírito Santo que nela habita, a doutrina, o bom depósito, as sãs palavras recebidas dos apóstolos.
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::Uma Igreja Una, Santa, Católica e Apostólica – Os atributos da Igreja ::Os atributos da Igreja Católica: a única Igreja de Cristo ::Reflita sobre uma Igreja Una, Santa, Católica e Apostólica
::Os atributos da Igreja Católica: uma Igreja para todos
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::Os atributos da Igreja Católica: uma Igreja para todos
Afinal,
quem são esses apóstolos nos dias de hoje?
Sabemos que Pedro, o primeiro Papa, e todos
os outros apóstolos morreram. Surge, então, a seguinte pergunta: Se todos eles
morreram, quem são esses apóstolos atuais de que fala o Catecismo da Igreja
Católica? Ele mesmo responde no parágrafo 861. Para que a missão que lhes fora
confiada pudesse ser continuada depois da sua morte, os apóstolos, como que por
testamento, deram este encargo a seus cooperadores imediatos para concluírem a
tarefa por eles começada. Assim, instituíram homens íntegros e tudo dispuseram
para que, após a sua morte, pudessem tomar conta do seu ministério.
Esses homens íntegros e provados são os nossos bispos, portanto, são
eles os sucessores dos apóstolos. A Igreja é apostólica, na medida em que permanece
em comunhão de fé e de vida com os sucessores de Pedro e dos apóstolos. Portanto, é dever dos bispos, os sucessores dos
apóstolos e alicerces da Igreja, seguir os passos de Cristo e pregar a Palavra
de Deus, para que ela se difunda e ilumine todos os povos, a fim de que seja
instaurado por toda a terra o Reino de Deus. Para completar, o que a Igreja
chama de Sagrada Tradição é tudo aquilo que ela recebeu dos apóstolos, e que a
eles foi confiado diretamente pelo próprio Jesus Cristo.
Por que a
Igreja é chamada de Romana? É importante dizer que o
atributo “Romana” não faz parte da identidade da Igreja, embora possua um
importante significado histórico.
O nosso querido professor de história da Igreja Felipe
Aquino nos ensina que o Império
Romano foi o maior Império que a humanidade já conheceu. Nunca houve outro
império que dominasse todo o mundo. Ele tomou toda a volta do Mar Mediterrâneo,
que hoje é circundado por muitos países. Tamanha foi a dominação por parte dos
romanos, que eles o chamavam de “Mare Nostrum. Para se ter uma ideia, os navios
precisavam ter o alvará do porto romano para navegar no Mediterrâneo.
Roma
dominou tudo, desde Portugal, Espanha, França, Itália, Alemanha Ocidental,
Grécia, Macedônia, Turquia, Síria, Líbano, Palestina, Egito, Cartago e todo o
Norte da África. Quem não era cidadão romano era chamado de “bárbaro”. No
entanto, esse maior Império que o mundo conheceu não conseguiu destruir o
Cristianismo, e acabou se tornando cristão.
Por volta do ano 311, o imperador Constantino o Grande se converteu ao
cristianismo, e, pelo Decreto de Milão, proibiu a perseguição aos cristãos.
Mais tarde, em 385, Teodósio o Grande, pelo Decreto de Tessalônica, oficializou
o cristianismo como a religião do Império. Cristo e os cristãos finalmente venceram o grande
Império, cuja capital era Roma. Assim, a Igreja estabeleceu sua sede em Roma. O
professor Felipe Aquino nos lembra que, no mesmo jardim onde Nero martirizava
os cristãos, incendiando-os com piche para iluminar o ambiente, Cristo colocou
a sua Sede, a Santa Sé, o Vaticano; exatamente sobre o túmulo de São Pedro.
Este é um grande sinal para o mundo de que a Igreja é invencível. Nem mesmo o
mais poderoso Império de que a história teve notícia conseguiu eliminar o
cristianismo.
Assim, nós concluímos esta série de artigos sobre os atributos de nossa
amada Igreja Católica. Não deixe de conhecer sua Tradição, sua Doutrina, seu
Magistério, seus ensinamentos. Esse é o nosso papel enquanto membros desta
linda e valorosa Igreja, que é Uma, Santa, Católica e Apostólica, cuja sede se
encontra em Roma. (O conteúdo deste último subtítulo é uma síntese de um artigo
escrito pelo professor Felipe Aquino, intitulado “Por que a igreja católica é
chamada romana?”. O artigo pode ser lido na íntegra pelo site da Editora
Cleofas). Deus abençoe você, e até a próxima!
Seminarista
Gleidson de Souza Carvalho, missionário da Comunidade Canção Nova quem é
Gleidson?
Gleidson Carvalho é natural de Valença (RJ), mas viveu parte de sua vida em
Piraúba (MG). Hoje, ele é missionário da Comunidade Canção Nova, candidato às
ordens sacras, licenciado em Filosofia e bacharelando em Teologia, ambos pela
Faculdade Canção Nova, Cachoeira Paulista (SP). Atua no Departamento de
Internet da Canção Nova, na Liturgia do Santuário do Pai das Misericórdias e
nos Confessionários. Apresenta, com os demais seminaristas, o “Terço em
Família” pela Rádio Canção Nova AM. É
importante saber que O teólogo Gleidson Carvalho Está
apresentando uma conferência com as doutrinas da Igreja dele e não da Bíblia
Sagrada Jrp.mensageiro@hotmail.com
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