terça-feira, 9 de outubro de 2018

133-Um passado que Não Deixou Saudade,



Um passado que Não Deixou Saudade,

 
Nossas vidas são feitas de escolhas desde o nascimento até a morte. Tudo envolve escolhas. Só que para conseguirmos Uma Escolha, nos deparamos com Dois Caminhos. Deus nos deixou o livre arbítrio, ou seja, somos nós quem decidimos que caminho devemos trilhar em nossas vidas.  Ficamos sempre a frente do certo ou errado, do bom ou ruim, da luz ou trevas. Geralmente são escolhas difíceis de serem tomadas.

E muitas vezes só percebemos que tomamos o caminho errado, quando já percorremos uma boa parte dele, ou até mesmo, quando nos prejudicamos. A escolha nem sempre é fácil, nos deparamos sempre com bifurcações, onde permanecemos um bom tempo, até conseguirmos decidir para que lado devemos ir. Eu fiz uma escolha em minha vida, que é servir a Deus. Jesus veio a terra com uma escolha certa, “Dar, Vida Dele na Cruz do calvário, por mim e por você. Muitas vezes não nos importamos com isso, achamos uma coisa “banal. Isto Acontece em todas as Atividades Sociais, profissionais, políticas e Religiosas: Nenhuma é uma escolha fácil. Principalmente pela a Interferência que temos de Outros, as críticas às vezes infundadas, as Influências, A gente não pode confiar no que as pessoas pregam sem vermos a consistência fundamentadas em fontes confiável, Exemplo, o Cristianismo, as suas Doutrinas precisam serem fundamentadas Não Na Igreja. Não no Nome, Mas na Bíblia.

O partido político Precisa ser Avaliado Não pelo o seu Nome, Mas pelo os seus Atos, se se cumpre a Democracia, se respeita as normas do País, a constituição Federal do País. Se sim. Deve ser Considerado com todo o Respeito. Exemplo o Comunismo Lá Fora, é uma Depravação, Perseguição, Ateísmo, terrorismo, e alguns Líderes Não concorda e vem para o Brasil, e Funda o seu partido Aqui dentro das Nossas Leis, no estilo da Democracia Respeita a Nossa Constituição Federal, mesmo ele tendo o nome de Partido Comunista, Mas Devemos respeitar o seu procedimento. E não discriminara-lo como se fosse um Mal.

Vivemos em um Regime Democrático, Mas muitos não sabem Até aonde vai os direitos Democráticos, Direitos Democráticos é eu Definir o que eu Quero para Minha Vida Pessoal, e o Vizinho Também Faz a Escolha dele, e eu Não posso me Angustiar que a opção de escolha do Meu Semelhante, se Ele quiser se Homossexual vai ser, eu não tenho nada a Ver com a escolha Dele, Não sou eu que pago as contas dele.
  
Infelizmente a Cultura Burguesa, nos países que reinava a Hierarquia as pessoas Ditava as Ordens porá outros, os Maridos mantinham as Mulheres embaixo do Sapato, Era uma Cultura de Baixo nível, Animal, média de 05% dos Homens Estudavam, as Mulheres não estudavam Não Votavam, não trabalhavam fora, não se metia nos negócios do marido, não era nem Contadas ou mencionadas por Nome nas Gerações.

 O pai era que escolhia o Casamento para a filha. Os Negros Era discriminados e as vezes Escravizados. Se a pessoa matasse a sua própria mulher ou um escravo dele não era condenado pelo o Crime, se um Homem estuprasse uma mulher, mesmo que ela não fosse nada dele a Justiça não o condenava Ele, é por Isto que Até no passado bem Ressente, nas Guerras Civis Havia Muitos Estupros e ninguém era condenado. Vejam Alguns Exemplos:

Um passado que Não Deixou Saudade,
Sociedade nos julga e culpa', diz sobrevivente de estupro da Guerra do Kosovo Karina Gomes De Pristina (Kossovo) para a BBC Brasil 23 abril 2017
Nunca contei para ninguém. Todo 21 de abril, eu me sentia profundamente triste". M.P.* precisou de quase duas décadas para denunciar à polícia o estupro que sofreu por forças paramilitares durante a Guerra do Kosovo (1998-1999). O ímpeto veio em 21 de abril do ano passado, 17 anos após o crime.
Fiquei tanto tempo calada que o alívio foi muito grande. Não podia mais carregar as marcas da guerra sozinha", disse à BBC Brasil, em Pristina, capital do Kosovo.
A kosovar albanesa vive em uma vila distante no leste do país e inventou uma desculpa para sair de casa e conversar com nossa reportagem sem que o marido e os cinco filhos soubessem. Ela ainda não contou à família seu mais doloroso segredo.
Era 1999, um dia depois do massacre que deixou 20 mortos no vilarejo onde M.P., na época com 30 anos, estava temporariamente com os filhos no leste do Kosovo. Ela alimentava os animais quando dois paramilitares - um sérvio e um russo - ameaçaram silenciá-la para sempre, caso gritasse por socorro.
"Eles voltaram a me estuprar, mas receberam uma ligação e mandaram eu me vestir. Os dois queriam me levar para um cativeiro, mas implorei para ficar com meus cinco filhos. Eles disseram que fariam filhos comigo.
M.P. não hesitou e fugiu. "O soldado sérvio tentou atirar enquanto eu corria, mas o russo disse para ele parar, conta a mulher, que é uma das 20 mil kosovares albanesas violadas sexualmente durante o conflito na então província da Sérvia.
Ao ouvir o carro dos paramilitares partir, M.P. caminhou para casa. A primeira coisa que fez ao entrar foi abraçar as crianças. "Não posso descrever quão terríveis eles [os paramilitares] eram, me senti muito suja. Tomei banho e depois só queria ficar com meus filhos. Não precisava de nenhuma outra coisa, comer ou beber, só ficar perto deles e tentar esquecer o que aconteceu, mas tudo aquilo ficou na minha memória, diz.
O conflito entre separatistas de origem albanesa e o governo da ex-Iugoslávia, liderado pelo então presidente nacionalista Slobodan Milosevic, da Sérvia, só terminou após 79 dias de bombardeios da Otan, sem a autorização do Conselho de Segurança da ONU. O saldo fo i de mais de 10 mil mortos e desaparecidos.
  
Kosovo, com 90% da população de origem albanesa, declarou independência unilateralmente em 2008 e obteve reconhecimento de 113 países, segundo o Ministério do Exterior do país. No entanto, Sérvia e Brasil não estão na lista.
Assim como os mortos, as mulheres violentadas durante a guerra também ficaram esquecidas. Nenhum esforço foi feito para punir os responsáveis. Sem apoio e vivendo numa sociedade patriarcal e conservadora, as sobreviventes das atrocidades da guerra ainda guardam segredo por medo de perderem os maridos, serem rejeitadas pela família ou demitidas do emprego. É um grande tabu", diz Flora Macula, chefe da ONU Mulheres no Kosovo. "Não temos muitas informações sobre as vítimas. Muitas negam o estupro por toda a vida."
Reparações Quase duas décadas após a guerra, o governo do Kosovo começa a tomar medidas para dar apoio às sobreviventes. Uma comissão especial que envolve ONGs e a ONU foi estabelecida neste ano para identificar as mulheres, reconhecê-las como vítimas e inserí-las num programa de pensão estatal. Estupros em massa em situações de conflito são considerados crimes de guerra desde 2008 pelo Conselho de Segurança da ONU.
Nenhuma ajuda financeira vai compensar esse sofrimento, mas é preciso", disse à BBC Brasil a ministra da Justiça do Kosovo, Dhurata Hoxha. "Elas são até hoje marginalizadas, não têm trabalho. Pretendemos trazer justiça para essas mulheres."
Não há nenhum dado oficial sobre o número de kosovares albanesas que foram estupradas durante a guerra. A estimativa de 20 mil vítimas é da Anistia Internacional. Homens também foram submetidos a tortura sexual.
Malcolm Simmons, chefe dos juízes da EULEX, a missão executiva da União Europeia no Kosovo, diz ser extremamente difícil identificar e responsabilizar os autores devido à inconsistência dos relatos das vítimas e o longo período de tempo que se passou desde os crimes. "Crimes de guerra contra mulheres nunca foram levados a sério por promotores e juízes", critica.
 Apenas dois inquéritos de violência sexual envolvendo soldados sérvios durante a guerra foram concluídos. Segundo Kerry Moyes, assessora jurídica da Corte Suprema do Kosovo e membro da EULEX, os estupros não são investigados de forma apropriada. "Existe uma negação do problema, é como se nunca tivesse acontecido", diz.
M.P. não tem esperança de que os dois paramilitares sejam condenados. Ela diz que, em pesadelos, sempre os vê com máscaras, em uma tentativa de esquecer a fisionomia dos agressores.
"Todas nós sobreviventes de violência sexual durante a Guerra do Kosovo fomos deixadas de lado. Com a criação da comissão, esperamos ser beneficiadas. Sei que muitas mulheres já devem ter morrido esperando para contar suas histórias e serem reconhecidas. E nunca tiveram a chance", lamenta.
Nunca mais tive vida' A dependência financeira dos maridos e o estigma que sofrem na sociedade são os principais motivos que mantêm as sobreviventes caladas.
De acordo com a Fundação da Sociedade Civil do Kosovo (KCSF), apenas 31% das mulheres estão ativas no mercado de trabalho formal, com uma média salarial de 300 euros (R$ 1.013) por mês. Muitas só concluem o ensino básico e são submetidas a casamentos prematuros.
Igballe Rogova, diretora da ONG Kosovo Women's Network, que reúne organizações feministas kosovares albanesas e sérvias, destaca que a maioria das lideranças do país "pensa que mulheres não são nada".
"Queremos que essas mulheres saibam que não estão sozinhas, disse segurando um cartaz com a mensagem "Parem com a linguagem sexista", durante a Marcha das Mulheres em Pristina. "As jovens do Kosovo são minha esperança para combater o sistema patriarcal. Os líderes pensam como há 20 anos, mas as pessoas querem seguir em frente."
M.P. ainda não conseguiu dar o principal passo para se libertar do fantasma da guerra. "Se eu pudesse contar para o meu marido me sentiria muito amparada, mas não posso, porque sei que ele não vai aceitar", conta. Ela diz que a tortura física e psicológica do estupro continua. Desde aquele 21 de abril, ela não conseguiu mais ter relações sexuais.
"Perdi a intimidade com meu marido. Também não quero contar para os meus filhos. Eles ficarão muito tristes em saber que eu sofri em silêncio por tanto tempo. Além disso, eles ficaram muito traumatizados com a guerra", explica.
"Nunca mais tive vida", desabafa M.P. num suspiro profundo. "Quero apelar que todas as mulheres falem sobre suas experiências, porque elas vão se sentir mais aliviadas, como eu me sinto agora. Nossa sociedade nos julga e nos faz sentir culpadas, mas não somos."
M.P. recebe apoio psicológico regular no Centro de Reabilitação para Vítimas de Tortura do Kosovo (RCTV), onde nos encontramos em Pristina. Não restava muito mais tempo, ela tinha de voltar para casa para que ninguém desconfiasse. "Muito obrigada por me ouvir", disse depois de um abraço ao se despedir.
*O nome foi preservado a pedido da entrevistada.

A Dra. Cláudia é o Seu Esposo Régines São Adventistas que contribuíram com a restauração pós Guerra em Kosovo, contaram para Revista Adventista em Março de 2001 INTERNACIONAL Como qualquer região no pós-guerra, Kosovo era um lugar que necessitava praticamente de tudo. Os sinais de destruição podiam ser identificados desde o momento em que alguém entrava no país. Esse era o cenário, quando o casal Régines e Claudia de Araújo foi chamado pela Adra Internacional para ajudar os kosovares com o Programa de Emergência Sobre Saúde.

A guerra havia terminado recentemente e o exército sérvio acabara de retirar-se. Antes de saírem, porém, os sérvios deixaram inúmeras bombas e minas nos prédios que não haviam sido totalmente destruídos. O que o casal não sabia é que dentro de pouco tempo conviveria com essas bombas. Numa ocasião, as forças de paz da ONU, na capital Pristina, encontraram três bombas de alto poder destrutivo na maternidade do principal hospital, onde a médica Cláudia trabalhava. Ela havia servido naquele hospital por quase três meses. Exatamente no dia em que fora transferida para um hospital menor, as bombas foram encontradas.

Ninguém soube explicar por que elas nunca explodiram. Mas no íntimo Régines e Claudia sabiam que Deus estava cuidando de Seus filhos. Régines, pela experiência anterior na coordenação do campo de odontologia na África, foi mantido pela Adra na mesma função em Kosovo. Por isso, apesar de ter ingressado na equipe como dentista, acabou passando a maior parte do tempo coordenando a equipe de saúde. Com Claudia foi diferente. Sendo obstetra e ginecologista, estava constantemente no campo, tratando de inúmeras mulheres grávidas. No principal hospital de Pristina, era comum receber mulheres kosovares, que haviam sido estupradas por soldados sérvios, procurando fazer testes de gravidez.

As centenas de casos de estupro, cometidos pelo exército sérvio, deixaram uma imagem terrível sobre o nome dos cristãos, naquela parte do mundo. Nas zonas rurais, muitas mulheres acabavam se suicidando ao tentarem abortar as crianças indesejadas. Com todos os hospitais do país parcialmente destruídos, o índice de natalidade na capital, Pristina, atingiu a casa de 900 bebês por mês. Uma cena dolorosa era ver que de cada cinco bebês, um nascia sem pai, pois ele havia morrido na guerra.

 Outra situação difícil para um cristão é a experiência de oferecer assistência médica a uma pessoa albanesa gravemente ferida, cujos familiares haviam sido mortos por cristãos ortodoxos sérvios. “É difícil explicar que existem muitas denominações diferentes de cristãos e que eles não são todos iguais, sendo que todos reivindicam servir ao mesmo Jesus”, explica Régines. Dessa maneira, o casal concluiu que na maioria dos casos o melhor testemunho que poderiam oferecer era o seu tempo e a disposição para ouvir e ajudar.

De fato, o que é interessante a respeito da Adra é que se trata de uma organização que pertence à Igreja, mas não é a Igreja. Como respeitável organização não-governamental (ONG), a Adra pode entrar 8125 RA/mar 01 al to de te Dra. Claudia (à esq.) e uma enfermeira no Hospital de Pristina Casas destruídas pela guerra, em Mitrovika, Kosovo Adra em Kosovo Missionários brasileiros testemunham de Cristo e socorrem vítimas da guerra Régines e Claudia, com o Dr. Preutim (ao centro) 34 Revista Adventista, março 2001
As 123 igrejas e congregações adventistas da cidade de Kampala foram envolvidas com o evento. Revista Adventista, março 2001 35 praticamente em qualquer país e oferecer ajuda humanitária, sem comprometer ou expor demais o nome da Igreja. Prova desse fato é que praticamente todas as igrejas cristãs em Kosovo foram destruídas, mas não a Igreja Adventista. A razão por que isso aconteceu foi que o pastor local removeu a logomarca da Igreja, que costumava ficar exposta na frente do templo, substituindo-a por uma da Adra, e começou a ajudar com alimento e roupa os albaneses que retornavam.

Quando o médico ou enfermeiro estende a mão solícita e demonstra empatia por aqueles que sofrem, na maioria dos casos a pessoa ajudada pergunta espontaneamente quais as razões que o levam a estar ali. Então o primeiro contato é estabelecido, e a semente, plantada. Devido à falta de recursos e todos os sistemas burocráticos da ONU, a situação em Kosovo ainda está longe do normal.

 Além disso, há o enorme índice de natalidade, característica comum em países muçulmanos. Mas nenhum outro país no mundo recebeu tanta ajuda de ONGs quanto Kosovo recebeu. Ao terminar a guerra, o número dessas organizações era de aproximadamente 130, um recorde humanitário mundial para um país no período pós guerra. Para nós foi uma experiência singular e um privilégio servir em Kosovo, afirma o casal. Esperamos que mais voluntários continuem ingressando no trabalho para o qual o Senhor nos chamou, sem importar-se com o lugar de onde venha o chamado.

 Régines e Claudia de Araújo trabalharam em Kosovo durante dez meses no ano de 1999 com a Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (Adra) provendo serviços humanitários e assistência médica. Atualmente atuam como missionários entre os Karajás, na Ilha do Bananal. Dimensões do conflito Kosovo, província ao sul da República Federal da Iugoslávia, com uma área de 10.686 km2, faz divisa com a Sérvia, Montenegro, Macedônia e Albânia. A região é uma das mais pobres em toda a Europa. Antes da guerra, a província tinha uma população de aproximadamente 2 milhões de habitantes, 80% constituída pelos kosovares, grupo étnico albanês.

A outra parte da população era composta por sérvios, os quais são geralmente cristãos ortodoxos orientais. Em 1990, o novo presidente da Sérvia, Slobodan Milosevic, recusou as exigências da província por maior autonomia. No início de 1998, como retaliação, o Exército da Libertação de Kosovo (ELK), constituído por um grupo albanês étnico, passou a fazer ataques-surpresa contra o exército sérvio. Após uma seqüência de ataques, os sérvios, equipados com boa tecnologia militar e apoiados pela Rússia, declararam guerra contra os kosovares.

Depois de meses tentando restaurar a paz, em 24 de março, a Otan lançou uma campanha militar que duraria 78 dias. Calcula-se que 1,5 milhão de albaneses étnicos tenham sido expulsos de suas casas e cerca de 7 a 10 mil tenham sido mortos.
acervo.revistaadventista.com.br/

Bósnia o Rio que deu nome a seu país, corre em direção ao norte, cortando a cidade de Zenica. De suas margens, é possível ver as chaminés de grandes siderúrgicas derramando fumaça espessa pelo vale.
Em um jardim de um refúgio para mulheres com visão para o complexo industrial, Lejla descreve a brutalidade que sofreu quando era adolescente, durante a Guerra da Bósnia (1992-95).
Eu tinha 14 anos e vivia com minha avó quando a guerra começou", afirmou.
Fui capturada e passei três anos em um campo de prisioneiros, onde éramos submetidas a trabalhos forçados. Mais tarde fui separada dos outros prisioneiros e levada para uma casa junto com outras três mulheres. Os soldados bebiam e nós tínhamos que servi-los como escravas e eles nos estupravam.
As estimativas sobre o número de mulheres como Lejla, que foram submetidas a violência sexual durante a guerra civil que devastou o país, variam entre 20 mil e 50 mil.
O número exato jamais será conhecido, até porque muitas mulheres escolheram permanecer em silêncio com medo de serem estigmatizadas pela sociedade.  Violência contra homens Até agora menos de 70 casos de estupros durante a Guerra da Bósnia foram julgados. Sobreviventes de violência sexual acham que ninguém acreditará no que aconteceu com elas", afirmou Sabiha Husic, diretora do projeto Zenica Medica.
"Muitas dizem que não querem continuar com o processo se isso significar que elas terão que fornecer provas sobre o caso. Nós tentamos dar suporte e encorajar, mas às vezes quando é solicitado a elas comparecer ao tribunal isso se torna simplesmente traumático e estressante demais".
Homens também foram estuprados durante a Guerra da Bósnia, geralmente como uma forma de humilhação. Zihnija, ex- soldado do Exército bósnio, treme quando conta o que aconteceu com ele.
"A Polícia Militar me levou a um porão e me bateu até eu perder a consciência", afirmou. "Quando eu acordei, um dos militares pegou uma pá, rasgou minhas calças e colocou ela dentro de mim. Depois me jogaram no chão. Eles pensaram que eu provavelmente sangraria até morrer."
"Quando você perde um braço ou uma perna isso é visível – mas quando sua alma está machucada isso é invisível. Eu posso parecer uma rocha, mas sou apenas a casca de um homem.
A questão da violência sexual em conflitos será tratada em uma grande conferência internacional em junho em Londres. Ela será presidida pelo chanceler britânico, William Hague, e pala atriz de Angelina Jolie, que é enviada especial da agência da ONU para refugiados.
A dupla tem trabalhado junta no assunto desde que Hague assistiu o filme de Jolie sobre a Guerra na Bósnia, Na Terra de Amor e Ódio, há dois anos.
Eles viajaram para a Bósnia na semana passada e prometeram usar a conferência em Londres para lançar novas orientações sobre documentação e investigação de estupros em áreas de guerra para aumentar o apoio dado a sobreviventes.
A melhoria no sistema de obtenção de evidências pode levar a mais processos em conflitos futuros, mas para alguns a melhora chega muito tarde.
"Os homens que me estupraram ainda estão à solta", disse uma sobrevivente, Edina, enquanto Hague e Jolie visitavam o ex- complexo da ONU destruído em Srebrenica.
"Nós encontramos alguns deles nas redes sociais. Eles andam por aí livremente. Eles têm perfis no Facebook", ela disse. "Sinto amargura em relação ao governo bósnio porque o processo de prender e processar os perpetradores é tão lento. Depois de 20 anos muitas vítimas já morreram."
Eles não viveram o suficiente para ver a justiça sendo feita", ela disse. Passadas duas décadas, e enquanto a Guerra da Bósnia se torna um fato histórico cada vez mais distante, fica mais difícil para algumas mulheres falar abertamente de suas experiências, diz Nela Porobic, da Liga Internacional de Mulheres para a Paz e a Liberdade.
O que estamos descobrindo com nossas conversas com vítimas de violência sexual, mas também com profissionais que trabalham com elas, é que era mais fácil falar sobre violência sexual durante a guerra ou imediatamente depois que as coisas aconteciam do que agora, após a passagem de 20 anos", ela disse.
"Elas acham que a sociedade está cansada, não quer mais ouvir sobre o que aconteceu, quer seguir adiante – mas essas mulheres não conseguem seguir adiante".
Estudiosos dizem que a Guerra na Bósnia criou uma "hierarquia do trauma". Com tantas atrocidades cometidas entre 1992 e 1995, a violência sexual é vista por alguns como menos grave que a limpeza étnica ou a tortura. Para aqueles que buscam justiça, os obstáculos permanecem imensos.
Os tribunais ainda estão tentando lidar com um acúmulo de 1.300 crimes de guerra. Apenas aqueles considerados mais sérios, ou que envolvem oficiais de alta patente, recebem atenção estatal e proteção e anonimato para as testemunhas.
Casos envolvendo estupro de mulheres por militares de baixa patente são passados para tribunais regionais de menor importância, onde não há programas de proteção à testemunha e vítimas têm que oferecer evidências do crime em frente a seus agressores.
Médico e ativista contra violência sexual ganham Nobel da Paz Conheça a história de Nadia Murad, de ex- escrava sexual a ativista vencedora do Nobel da Paz 2018
 Postado por Redação Donna 05-10-2018 às 09h33
Nadia Murad Basee Taha, uma ativista de direitos humanos. Ela dividiu a distinção com o ginecologista congolês Denis Mukwege. Ambos atuam na luta contra a violência sexual.
Nadia Murad Foi A vencedora do Prêmio Nobel da Paz 2018 é De acordo com Berit Reiss-Andersen, presidente do Comitê do Nobel, a dupla deu uma contribuição crucial para chamar a atenção e combater tais crimes de guerra”. O anúncio dos laureados foi feito nesta sexta-feira, 5. Outubro de 2018 Aos 21 anos, Nádia foi raptada e escravizada pelo Estado Islâmico. Hoje, com 25, luta contra o tráfico sexual de mulheres.
Nádia vivia com a família na aldeia de Kocho, uma pequena comunidade de agricultores e pastores no norte do Iraque. Em 2014, quando o grupo terrorista invadiu sua terra natal, ela e milhares de outras mulheres e meninas da minoria Yazidi foram raptadas. Na ocasião, os invasores mataram seis de seus oito irmãos. Seus corpos foram jogados em valas comuns.
Eu cuspi em um membro do EI e ele ficou com tanta raiva – disse Nádia em um evento em Londres, em novembro do ano passado.  – Eu não estava com medo porque não havia nada a perder. Eles nos forçaram a deixar nossa família e nossa casa, e isso é muito difícil para nós. Muitas mulheres gostariam que tivessem morrido antes que isso acontecesse com elas.
As mulheres e crianças sobreviventes foram transferidas para uma escola, onde foram divididas em dois grupos: as que seriam úteis como escravas sexuais e as que tinham que ser mortas – o que incluía a mãe de Nadia.
No ônibus, eles nos disseram que seríamos escravas sexuais. Isso não é fácil de esquecer afirmou. As que sobreviveram foram vendidas e passadas de mão em mão por homens que as estupraram coletivamente. Foram vítimas do que o EI chama de “jihad sexual”.
Nadia foi reivindicada por um juiz do alto escalão do EI chamado Hajji Salma. Ele a transformou em sua quarta escrava sexual. Ela foi estuprada e espancada todos os dias em que esteve no cativeiro. Quando tentou fugir, depois de alguns dias, Nadia foi pega, rastejando pela janela. Como punição, foi chicoteada e estuprada por seis dos guardas de Hajji Salman.
Ela conseguiu escapar três meses depois, quando a casa ficou destrancada, enquanto o juiz estava fora. Nadia foi resgatada por uma família muçulmana vizinha do local. Mas essa não era uma prática comum. Nadia teve sorte. A família não apoiava o EI. Famílias no Iraque e na Síria levaram vidas normais enquanto éramos torturadas e estupradas. As pessoas nos deixaram gritar no mercado de escravos e não faziam nada.
Diferentemente da maioria das mulheres que conseguem fugir do EI, e que preferem esconder suas identidades, Nadia insistiu em se mostrar. Desde então, a ativista viaja o mundo contando sua história. Nessas andanças, ela ajudou a convencer o Departamento de Estado dos Estados Unidos a reconhecer o genocídio de seu povo nas mãos do grupo terrorista islâmico. Milhares de mulheres e meninas, algumas com 9 anos de idade, foram vendidas em mercados de escravos”, relatou um inquérito de direitos humanos da ONU em 2016..                                                                    
Nadia foi nomeada a primeira Embaixadora da Boa Vontade da ONU para a Dignidade de Sobreviventes do Tráfico Humano. No mesmo ano, ela ganhou o Prêmio Vaclav Havel de Direitos Humanos, batizado em homenagem ao escritor tcheco e dissidente que foi presidente de seu país por 14 anos depois da queda do comunismo. 
O médico ginecologista congolês Denis Mukwege e a ativista Yazidi Nadia Murad receberam o Prêmio Nobel da Paz nesta sexta-feira ,5, por seu trabalho contra a violência sexual em ambientes de guerra.
Mukwege, de 63 anos, tratou centenas de vítimas de estupro durante a guerra civil do Congo, onde comanda um hospital em Bukavu.
Nadia Murad, 25, é parte da minoria Yazidi no Iraque. Ela foi sequestrada pelo Estado Islâmico (EI) em 2014 e foi vítima de violência sexual por meses. Depois de sua experiência, se tornou uma das mais notáveis ativistas de direitos humanos na luta contra a violência sexual em ambientes de guerra. Foi a primeira Embaixadora da Boa Vontade para a Dignidade dos Sobreviventes de Tráfico Humano das Nações Unidas.
“Cada um deles à sua maneira ajudou a dar maior visibilidade à violência sexual em tempo de guerra, de modo que os perpetradores possam ser responsabilizados por suas ações”, diz o texto oficial da Academia do Prêmio Nobel, na Suécia. O prêmio reconhece a maior contribuição para a paz mundial 
Biografia e ativismo Sua história está contada na autobiografia The Last Girl (A Última Garota, na tradução). O título remete a uma frase do livro: “Eu quero ser a última garota no mundo com uma história como a minha. Na obra, Nadia conta sua história desde a infância pacífica na área rural do Iraque, passando pelo genocídio e destruição de sua comunidade, até sua fuga.
Nunca fica mais fácil contar sua história”, ela escreve no livro. “Cada vez que você fala, você revive. [Mas] minha história, contada honestamente e com naturalidade, é a melhor arma que tenho contra o terrorismo, e planejo usá-la até que esses terroristas sejam levados a julgamento”. O livro ainda não está à venda no Brasil, 
Pode se dizer que acabar com as discriminações Sociais, Raciais e Culturais, está sendo Mais difícil do que foi Acabar com a escravidão, do Brasil em 1500, com duas ou três Leis aboliram a escravidão, Mas as nossa Desigualdades estão sendo combatidas por Mais de cem Leis ou projetos aprovados e posto em Vigor, no Governo do Presidente Lula foi criado umas 50 Leis de proteção a pessoa tanto no campo como na cidade, e os Assassinatos continuam tanto no campo como nas Florestas e cidades, mas vemos que no Apoio Melhorou muito, Graça ao povo ter saído a Lutar pelo os seus Direitos, Hoje as mulheres estão sendo Amparadas por Leis em qualquer Atividade, Desde da Doméstica até a Artesã quebradeiras de coco o extrativista tem Apoio do Governo Para trabalhar; Graças ao Apoio dos Ativistas os pobres, os Discriminados começaram a ter vezes e vozes. O que é Ativismo?
Ativismo, no sentido filosófico, pode ser descrito como qualquer doutrina ou argumentação que privilegie a prática efetiva de transformação da realidade em detrimento da atividade exclusivamente especulativa, O ativismo político
imprensa por vezes usa o termo ativismo como sinônimo de manifestação ou protesto. Nas ciências políticas, também pode ser sinônimo de militância, particularmente por uma causa.
Usualmente, ativismo pode ser entendido como militância ou ação continuada com vistas a uma mudança social ou política, privilegiando a ação direta, através de meios pacíficos ou violentos, que incluem tanto a defesa, propagação e manifestação pública de ideias até a afronta aberta à Lei, Os termos "ativismo" e "ativista" foram usados pela primeira vez, com conotações políticas, pela imprensa belga, em 1916, referindo-se ao Movimento Flamingant.
Dentro do enquadramento legal e eleitoral das democracias representativas, toma, habitualmente, a forma de atividade político-social - remessa de  organização ou participação em reuniões, emissão de textos, entrevistas à imprensa e a dirigentes políticos em prol da postura de preferência; promover ou simplesmente seguir certos comportamentos que estão delineados ou que se estima que contribuam para a causa, tal como o boicote de certos produtos de consumo (ou a recomendação de outros), nas compras individuais ou de grupo;
ou ainda a realização de manifestações públicas organizadas, tais como marchas, recrutamento de simpatizantes, coletas de assinaturas em apoio a manifestos favoráveis à causa ou contra algo que prejudique a causa.
O ativismo pode também assumir a forma de protesto passivo, de greve, ou de franca militância ativa, como é o caso da invasão de terrenos ou propriedades, 
Descubra quais são as características e áreas de atuação dessa vertente Postado por Polyana Batista Descobrir o que é e o que faz um ativista é fundamental para você entender o papel deles na nossa sociedade. O ativismo tem várias vertentes e ramos de atuação.
De acordo com o dicionário Aurélio, ativismo é a doutrina que faz da atividade a essência da realidade, É a doutrina que admite algum tipo de posição entre a ação e os domínios diversos do conhecimento, e que dá força à ação, que comporta diferentes graus e definições. É um Advogado do Indefeso.
O ativismo é um conceito usada nas ciências humanas para se referir a qualquer evento que descreva uma alteração da realidade exclusivamente especulativa. Deste modo associamos o Ativista ao ser com capacidade racional e lógica (ser humano) que visam as mudanças políticas e sociais em determinado lugar ou tempo, privilegiam a ação DIRETA de mudanças, através de meios pacíficos ou não, resumidamente um ativista é um "manifestante de ação direta
16 tipos de ativista
O1 ativismo ambiental luta em defesa do meio ambiente,
02-Ativista denunciante Todo ativismo tem um pé na denúncia, mas existe um específico que atua diretamente na comunicação delas. Eles operam sobretudo na área da Justiça e direitos humanos ou animais e, frequentemente, apontam para a ocorrência de trabalho escravo, exploração de menores, maus-tratos aos bichinhos entre outras questões. Existem muitos advogados e especialistas em Direito que assumem essa função.
03-Ativista feminista Como o próprio nome já diz, esse tipo de ativismo defende e protege os interesses das mulheres na sociedade. Embora a mulher já tenha o seu papel reconhecido, ela ainda enfrenta uma carga de sexíssimo muito grande no mercado de trabalho e nas relações sociais.
04-Ativista LGBT Lutar pela igualdade dos gêneros é a missão de quem é ativista LGBT. Ele busca o respeito da sociedade e melhores oportunidades para essa minoria que sofre muito preconceito e violência nas ruas, no mercado de trabalho, nas escolas e em outros espaços públicos e privados.
05-Ativista ambiental É aquela pessoa que luta em defesa do meio ambiente. Para isso, o ativista participa de eventos de conscientização, debates sobre proteção e está sempre envolvido em iniciativas que visam defender as florestas, biomas, animais, rios e tudo o que envolve o meio ambiente. Veja também: Como surgiu o dia mundial do meio ambiente
06-Consumidor ativista Esse ativismo tem um grande poder e as empresas estão de olho! As redes sociais se tornaram um grande canal para que cada um fale o que quiser e torne-se um consumidor ativo. Logo, qualquer um consumidor pode usar a internet para falar, criticar ou denunciar determinados produtos, marcas ou serviços.
07-Marca ativista E não são só os consumidores que estão levantando suas bandeiras. As marcas também decidiram se posicionar sobre questões sociais e politicassem suas campanhas publicitárias e o resultado tem sido positivo: os consumidores estão reconhecendo os seus reais interesses nas marcas que escolhe para criar uma relação de confiança e consumo.
08-Funcionário ativista O engajamento cada vez mais emergente também ganhou contornos sólidos dentro das empresas. É o ativista do funcionário. Os empregados estão tendo a clara noção que precisam se unir e lutar pelos interesses coletivos e não somente depender de instituições constituídas, como sindicados. Eles adquiriram vez e voz e estão cada dia mais lutando por melhores salários e condições mais justas de trabalho.
09-Ativista porta-voz Existe um tipo de ativismo bem específico que pode ser exercido por um público segmentado. É o ativismo de porta-voz. Funciona assim: uma celebridade ou pessoa de muita influência adota causas para ser o representante oficial e falar em defesa de algo. Pode ser um projeto, situação excludente ou até um produto. Ser um porta-voz pode envolver dinheiro ou simplesmente identificação pessoal.
10-Mídia Ativista Não só pessoas podem ser ativistas. Como você viu anteriormente, empresas também pode sê-lo. Quando a empresa é do segmento midiático, o peso do ativismo é ainda maior. Por isso, é um tipo de ação que tem um poder maior e acaba atingindo várias pessoas. Jornais, tvs, rádios e revistas são ainda grandes influenciadores.
11-Ativista racial Podemos dizer que os abolicionistas foram os primeiros ativistas raciais da história. Eles lutaram pela fim da escravidão e exploração dos negros até conseguirem o fim da escravidão. Mas a luta continua! Há muita discriminação nos dias atuais e o ativista racial é relevante para defender as causas das minorias, sejam elas negras, índios, orientais, judeus, árabes, imigrantes, nordestinos ou qualquer outros que sofram preconceito por conta da cor da pele ou origem territorial. Veja tambémO significado e a origem da Consciência Negra
12-Ativista religioso Há também aqueles que defendem e propagam uma determinada religião. São os ativistas religiosos. Um grande exemplo disso, são os missionários que partem pelo mundo a fim de mudar algumas realidades. Mas há também aquele ativismo negativo, quando a religião serve para doutrinar e captar verdadeiros soldados ávidos a impor suas crenças.
13-Ativista digital Esse é um tipo de ativismo polêmico e que sofre diversas críticas. Mas é inegável que ele existe. O ativista digital é aquele cujas ações são feitas da internet. Ele costuma usar as redes sociais e outros meios disponíveis na rede para defender as causas em que acredita.
14-Ativista político Esse é o tipo de ativismo que podemos aplicar a diversas situações. O ativista político é aquele que participa de manifestações e protestos em prol de alguma causa. Por isso, ele pode atuar em muitas áreas e em defesa de diversos segmentos, inclusive o político propriamente dito, quando levanta a bandeira de determinados candidatos, partidos ou correntes partidárias.
15-Ativista fitness A busca pela vida saudável, qualidade de vida e corpo perfeito criou um tipo de ativista relacionado: o fitness. Ele é a pessoa que incentiva os outros a fazerem exercícios e fazer escolhas mais conscientes. O ativista fitness utiliza meios de comunicação (internet, redes sociais) para falar com seu público e mostrar formas de se tornar mais fitness.
16-Ativista dos animais
Os bichinhos também possuem pessoas dispostas a lutar por eles. São os ativistas de animais. Eles defendem a preservação e conservação das espécies, além de uma política pública voltada para o controle de reprodução. Veja também: 
Características de um ativista
É preciso muito mais do que vestir uma camisa ou defender a causa nas redes sociais para ser considerado um verdadeiro ativista. Veja algumas características: O Ativista rega a Cultura de paz e da não-violência; /o Ativista tem o Poder argumentativo;/ o Ativista Mostra capacidade em criticar;/ sabe Se aproximar, sem se apropriar; / Estar sempre aberto ao debate; / Saber ouvir e calar; / e Sabe Respeitar a opinião divergente, sem ser agressivo.
Veja o Ativismo, #Mulheres Rurais, Mulheres com Direito. Criando redes colaborativas e criativas para visibilizar conquistas e desafios para a autonomia plena das mulheres rurais e indígenas
A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), a ONU Mulheres, o Conselho Agropecuário Centro-Americano do Sistema de Integração Centro-Americano (CAC/SICA), a Reunião Especializada de Agricultura Familiar do Mercosul (REAF), a Secretaria Agricultura Especial de Agricultura Familiar e de Desenvolvimento Agrário do Brasil (SEAD), bem como a Direção Geral de Desenvolvimento Rural do Ministério da Pecuária, Agricultura e Pesca do Uruguai (DGDR/MGAP), realizam a campanha #Mulheres Rurais, mulheres com direitos.
A campanha é uma iniciativa de trabalho colaborativo que, em 2018, somará esforços, articulará redes, identificará desafios e divulgará experiências e conhecimentos sobre o em poderamento e a plena autonomia das mulheres rurais, indígenas e afrodescendentes da América Latina e no Caribe.
A desigualdade de gênero é uma das causas estruturais da pobreza rural e um dos maiores desafios que os países da América Latina e do Caribe devem enfrentar para desenvolver o potencial do mundo rural.
Embora as mulheres rurais tenham uma participação significativa nas economias locais, seu trabalho é muitas vezes invisível em pesquisas, censos nacionais e agropecuários, bem como em suas próprias comunidades.
Além disso, as mulheres têm uma carga de trabalho dupla, sendo responsável pelo trabalho não remunerado, como a educação dos filhos, o cuidado com as crianças e os mais velhos, sua alimentação ou o provimento de água e lenha.
As mulheres rurais também têm menor acesso a recursos e serviços produtivos, como terra, água, crédito e capacitação. No caso das mulheres indígenas e afro- descendentes rurais, a situação é ainda mais injusta.
De acordo com as estimativas da FAO (2011) , se as mulheres nas áreas rurais tivessem o mesmo acesso que os homens à terra, tecnologia, serviços financeiros, educação e mercados, poderiam aumentar a produção agrícola e reduzir entre 100 e 150 milhões o número de pessoas com fome no mundo.
Um dos grandes problemas neste sentido é a falta de autonomia de uma grande parte das mulheres rurais: sem autonomia física e vulneráveis à violência; sem autonomia econômica para acessar terra, recursos produtivos e capacitação, e gerar sua própria renda; e sem autonomia cidadã para participar na tomada de decisões que afetam suas vidas e suas comunidades.
Para reverter esta situação e acelerar o passo em direção ao desenvolvimento rural sustentável, é necessário que os países da região implementem ações abrangentes voltadas para o em poderamento e a autonomia plena de todas as mulheres.
Precisamente, em 2018, a Comissão sobre o Status da Mulher das Nações Unidas (CSW62) definiu como tema prioritário para a sua 62ª sessão os "Desafios e oportunidades para alcançar a igualdade de gênero e o em poderamento das mulheres e meninas rurais.
A luta pelo reconhecimento, a busca pela terra e pela valorização da mulher no campo, além do esforço para conseguir recursos produtivos tornou-se parte da vida das mulheres do assentamento São Sebastião (GO), que por anos viveram sem um lugar para poderem chamar de lar.
Em janeiro de 1997, na fazenda São Sebastião, no município de Silvânia viviam acampadas 17 famílias. Dentre elas, a agricultora familiar, Sandra Pereira de Faria, 48 anos, que vivia com dois filhos em lonas provisórias.
As famílias do assentamento não tinham recursos para se manter e se sustentavam por meio de cestas básicas doadas pela igreja do município. Dona Sandra não conseguiu concluir os estudos, mas o que ela sabia ensinava para as outras pessoas do assentamento. Mesmo morando em lonas ela criou a alfabetização solidária com duração de quatro meses para ajudar a todos que precisassem.
A agricultora recorda os momentos difíceis que passou na fazenda. “No acampamento havia muitas crianças e sofríamos várias ameaças e muito desprezo da sociedade. ”

Dona Sandra conta que as famílias foram despejadas duas vezes do acampamento, mas por não terem onde ficar, voltavam para o mesmo local. Todas as famílias assentadas sofriam com as ameaças do gerente da propriedade. “Lembro-me de uma noite que me abriguei na mata para poder dormir com os meus filhos, pois destruíram minha barraca”, recorda.

Com tantas ameaças, as agricultoras se revoltaram e foram reivindicar por seus direitos e pelo seu pedaço de terra. Assim, começaram a ter mais liberdade para o sustento da família por meio da agricultura.  Antes de tudo, fizeram uma lavoura comunitária de arroz, depois os grupos começaram a se organizar e passaram a plantar milho, feijão, mandioca, hortas e iniciaram a criação de gado.

Com a permissão de posse da terra e o desenvolvimento da produção, a luta das agricultoras passou a ser a construção de um lar para o conforto e a segurança das famílias. “Passamos por muitas dificuldades, pois não tínhamos recurso suficiente para pagar os pedreiros. ” A comunidade se uniu e definiu um mutirão para construir uma casa por vez, priorizando as famílias mais necessitadas. Todos ajudaram com a mão de obra, inclusive as mulheres. “As mulheres do assentamento são fortes e guerreiras, eram elas que preparavam a argamassa, faziam reboco de parede e carregavam os tijolos”, ressalta.
Dona Sandra recorda com muita alegria e satisfação o que vivenciou ao ver sua casa construída. “O momento mais importante da minha vida foi a construção da minha casa, a emoção de poder ver o meu espaço, pois desde a minha juventude eu não tinha um lar, um lugar para chamar de meu”, relembra. A casa da agricultora foi a última a ser construída, já que ela deu prioridade às outras famílias que estavam mais necessitadas.
Depois que as famílias conseguiram se estabilizar, as mulheres foram à luta em busca de luz elétrica. Em 2003, foram instalados os postes de iluminação no município. “A chegada da luz foi uma imensa alegria para nós. Principalmente para as nossas crianças que não conheciam a televisão nem a geladeira”, conta Dona Sandra.
As agricultoras do assentamento reivindicaram também as melhorias da comunidade, e por intermédio dessas mulheres as escolas se desenvolveram e hoje, cada comunidade tem um ônibus escolar.
Atualmente, vivem no município 33 famílias, e em sua maioria, os jovens da comunidade possuem formação superior e ainda assim, preferem voltar e trabalhar com agricultura familiar. Dona Sandra ressalta sobre a vivência na comunidade. “Hoje a nossa vida é um paraíso, temos uma produção muito boa e diversificada. ” As agricultoras produzem pimenta, açafrão, rapadura, melado, leite, a ainda, artesanato.
As mulheres do assentamento São Sebastião são reconhecidas dentro da comunidade e buscam esse reconhecimento também fora dela, sendo elas o suporte econômico do município e também da agricultura familiar.  “A mulher é o esteio da casa e na agricultura mais ainda. São elas que produzem e dão assistência à comunidade, são autoras de tudo e não são reconhecidas.  São as agricultoras as primeiras a levantar, vão à luta e são as últimas a dormir”, enfatiza.

Para Dona Sandra toda a luta que viveu em busca da terra e a conquista de recursos para a produção da comunidade valeu à pena. Hoje a agricultura do município é bem desenvolvida e reconhecida, mas o mais importante para Dona Sandra é a harmonia entre as pessoas. “O que é mais significativo para mim é a união dentro das famílias do assentamento, a amizade e a confiança que se consolidou, uma conquista para toda a vida”, destaca.

Toda a história de Dona Sandra ajudou na formação do que ela é hoje, uma mulher forte, destemida, agricultora e independente. “A luta pela terra transformou a minha vida, se fosse preciso eu começava tudo de novo. Eu não imagino a minha vida se eu não estivesse dentro do assentamento.
15 dias pela autonomia das mulheres rurais

Os papéis desempenhados pelas mulheres rurais são tão numerosos quanto suas lutas e vitórias. O que não faltam são histórias de vida inspiradoras. No entanto, ainda não possuem o reconhecimento merecido. Sofrem com o preconceito, com a desigualdade de gênero e com outros problemas que herdaram da vida. Ainda há um longo caminho para o equilíbrio de direitos e oportunidades entre homens e mulheres. A fim de mostrar que equidade de gênero e respeito são valores necessários cotidianamente, a Organização das Nações Unidas (ONU) decretou que 2018 seria o Ano da Mulher Rural.
Pensando nisso, a partir do primeiro dia do mês de outubro, iniciamos, no portal, uma série de matérias que fazem parte da Campanha Regional pela Plena Autonomia das Mulheres Rurais e Indígenas da América Latina e do Caribe - 2018. Serão 15 dias de ativismo em prol das trabalhadoras rurais que, de acordo com o censo demográfico mais recente, são responsáveis pela renda de 42,2% das famílias do campo no Brasil.
Gabriela Morais, estagiária sob supervisão da Assessoria de Comunicação
Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário
Contatos: (61) 2020-0120 e
imprensa@mda.gov.br 5th Oct 2018
·Mail
Qualquer pessoa pode contar histórias, desde que tenha em mente que suas palavras terão importância enorme e darão vida aos pensamentos de uma personagem e poderão motivar mudanças significativas na vida do leitor. Com atenuantes de dor e alegria, de sofrimento e de vitórias, a história da Dona Raimunda Quebradeira de Coco, uma trabalhadora rural, líder comunitária e ativista política brasileira se mistura com a de muitas outras mulheres rurais, da roça, das lavouras, das comunidades quilombolas e indígenas.

Raimunda Gomes da Silva, 66 anos, nascida e criada em Novo Jardim (MA), filha de agricultores, com 10 irmãos, casou-se aos 18 anos, teve uma vida difícil, decidiu abandonar o marido 14 anos depois e criar sozinha os seis filhos, trabalhando como lavradora. Baixinha de traços e personalidade fortes, na sua fala simples, mistura temas do cotidiano e toca em feridas sociais em seus discursos, em comunidades agrícolas ou palácios, sem perder o tom. Nunca estudou, mas é uma líder nata, de visão política apurada.

Quando se quer tornar algo sensível a um grupo é necessário aproximar as pessoas com o mesmo objetivo para que elas se identifiquem e se abram para ouvir e compartilhar particularidades, e foi o que Dona Raimunda fez. Em 1991, fundou junto à- outras mulheres, a Associação Regional das Mulheres Trabalhadoras Rurais do Bico do Papagaio (Asmubip). Começaram a promover encontros para discutir seus direitos, primeiro nos municípios mais próximos e, em seguida, nos estados vizinhos. Logo, em 1992, criaram o Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu (MIQCB), que hoje é atuante nos estados do Pará, Tocantins, Piauí e Maranhão.

Cerca de 300 mil mulheres vivem da coleta do coco babaçu, nativo da região. Da amêndoa, extraem o óleo vegetal, com o qual cozinham e produzem sabão. Da casca do coco, fazem lenha; da palha da árvore, cestos. Nada se perde. Essas mulheres só utilizam para si o que sobra da produção. O trabalho da coleta e a quebra do coco é uma tarefa difícil, pouca é a amêndoa comercializada no final do dia.

Cheia de fibra tal como dos cocos dos quais arrancou o sustento, Dona Raimunda, trabalhou, lutou, venceu. O destino que a esperava era o mesmo reservado a todas as mulheres que se gastam: de sol a sol e ano após ano. A vida não dá trégua para quem luta. Sempre foi lá e fez o melhor que podia.
Aos 20 anos aprendeu a assinar o nome e tornou-se porta voz de 400 mil trabalhadoras rurais extrativistas, em defesa do meio ambiente e dos direitos das mulheres. Em sua trajetória, foi responsável pela Secretaria da Mulher Trabalhadora Rural Extrativista do Conselho Nacional dos Seringueiros (CNS).

Devido a atuação na defesa dos direitos das mulheres trabalhadoras da região do Bico do Papagaio, recebeu o título de Doutora Honoris Causa da Universidade Federal do Tocantins e prêmios como o Diploma Mulher-Cidadã Guilhermina Ribeira da Silva (Assembleia Legislativa do Tocantins) e o Diploma Bertha Lutz (Senado Federal) concedido às mulheres que ofereceram relevante contribuição na defesa dos direitos da mulher e questões de gênero no Brasil. Em 2005, integrou a lista mundial das mil mulheres que concorreram ao prêmio Nobel da Paz.
Hoje, está em seu segundo casamento, com o também aposentado Antônio Cipriano, e adotou o sétimo filho, Moisés, órfão de um líder sindical assassinado na década de 1990. Devido à idade avançada e às doenças, Dona Raimunda está longe do ativismo, mas afirma que há outras mulheres à frente das causas nos estados.

A ex- quebradeira de coco já quase não sai mais de sua casa, por isso, ela afirma que é difícil o contato com as demais quebradeiras. “Eu só vejo elas, quando vem aqui me visitar. Eu queria que elas tivessem mais acesso à saúde, aos estudos, tivessem uma moradia melhor, melhor qualidade de vida, por que isso ainda não é visto como profissão e dificulta na hora de aposentar”, avalia.

Ela ainda expôs que a diferença das quebradeiras da época dela para as de hoje em dia é que agora elas têm mais informações. “Hoje em dia melhorou por que elas têm mais conhecimento das coisas”, informa. Nesta luta incentivou o povo a se organizar e crer em sua própria força, embasada na fé.
Dona Raimunda não para. Ela é autora de várias poesias e músicas, onde denuncia a injustiça imposta ao povo do campo pela estrutura opressiva e expressa a esperança de um mundo diferente. A sua trajetória virou a trama central do vídeo-documentário “Raimunda, a quebradeira” e tem muito de sua história e das companheiras quebradeiras de coco contadas na produção do cineasta Marcelo Silva.
Hoje, mesmo sem enxergar e com dificuldades de sair de casa, ela permanece firme nos seus preceitos. “O fato de ganhar esses prêmios todos não mudou em nada na minha vida, eu continuo da mesma forma, vivendo do mesmo jeito. O reconhecimento só me fez ter ainda mais responsabilidade. A luta continua. Eu não quero morrer matada, quero morrer na cama, sou feita do pó da terra, e é pra lá que voltarei.
15 dias pela autonomia das mulheres rurais
Os papéis desempenhados pelas mulheres rurais são tão numerosos quanto suas lutas e vitórias. O que não faltam são histórias de vida inspiradoras. No entanto, ainda não possuem o reconhecimento merecido. Sofrem com o preconceito, com a desigualdade de gênero e com outros problemas que herdaram da vida. Ainda há um longo caminho para o equilíbrio de direitos e oportunidades entre homens e mulheres. A fim de mostrar que equidade de gênero e respeito são valores necessários cotidianamente, a Organização das Nações Unidas (ONU) decretou que 2018 seria o Ano da Mulher Rural.
Pensando nisso, a partir do primeiro dia do mês de outubro, iniciamos, no portal, uma série de matérias que fazem parte da Campanha Regional pela Plena Autonomia das Mulheres Rurais e Indígenas da América Latina e do Caribe - 2018. Serão 15 dias de ativismo em prol das trabalhadoras rurais que, de acordo com o censo demográfico mais recente, são responsáveis pela renda de 42,2% das famílias do campo no Brasil. Assessoria de Comunicação
Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário
Contatos: (61) 2020-0120 e
imprensa@mda.gov.br 4th Oct 2018
·         Facebook
·Mail

  Há 18 anos, no estado do Espírito Santo, a camponesa Nelci Sanches da Rocha, 59 anos, vivia em busca de um lugar para morar. Sem-terra, sem amparo se uniu a outras famílias que também estavam em busca da terra para gerar uma vida melhor para seus filhos e parentes.

A camponesa e cerca de 320 famílias estavam abrigadas em uma fazenda chamada Castelo, e devido a disputas de terra, foram despejadas do lugar que chamavam de lar. Sem abrigo, foram em busca de um pedaço de terra para viverem com seus filhos. Enquanto procuravam um novo lugar, essas famílias ficavam acampadas em barracas de lona. Dentre as famílias, existiam mulheres que carregavam consigo a dor de não dar a mínima estabilidade para seus filhos.

Dona Nelci com os 3 filhos e sem propriedade andava à procura de terra, carregando as crianças no colo, com a esperança de achar um espaço. Hoje, ao recordar dos momentos vividos pela busca do lar, se emociona com as condições em que vivia no acampamento. “Sofríamos, pois tínhamos muito medo, éramos ameaçadas. Tivemos que ver nossas roupas, barracas e outros pertences sendo destruídos. ”Durante a busca muitas famílias se separaram, mas 33 famílias se mantiveram unidas e encontraram uma terra localizada no município Guaçuí (ES). Ao chegarem ao local, a camponesa ressalta que encontraram dificuldades. “Quando chegamos no nosso pedacinho de terra a nossa maior dificuldade foi a produção. ”, relembra.

Foi nas adversidades que nasceu a ideia de sete mulheres camponesas se unirem por um sonho e oferecerem uma renda melhor para a família e, consequentemente, contribuírem na autoestima e qualidade de vida para a comunidade. Juntas formaram o grupo que elas denominaram como “As Camponesas do Assentamento Florestan Fernandes”, do município de Guaçuí (ES).

As camponesas conseguiram participar de um curso oferecido por uma universidade do município. O curso teve duração de dois anos e foi o que impulsionou as mulheres rurais a intensificarem o trabalho do campo. Em 2015, trabalhavam na produção de pães e biscoitos. A comunidade desenvolveu-se e começou a comercializar os pães para os municípios de Guaçuí e São José do Calçado (ES), por meio de programas do governo. As Camponesas” trabalham para possibilitar e dar continuidade ao projeto de vida das famílias. Com uma abordagem agroecológica, o grupo de mulheres trabalha em busca do desenvolvimento rural sustentável, por intermédio da manutenção da produtividade agrícola com o mínimo possível de impactos ambientais e em busca de melhoria da renda familiar dos envolvidos.
O grupo da comunidade capacitou-se em diversos meios de produção, empreendedorismo e associativismo, entre os quais, a fabricação de polpa de frutas, pães e biscoitos. Entretanto, durante dois anos as mulheres enfrentaram uma grande dificuldade. Necessitavam regularizar a produção de polpa de frutas, do suco de laranja e dos doces. Para resolverem essa situação precisavam construir uma estrutura física e adquirir equipamentos para legalizarem o processamento de frutas no assentamento.
Com a venda dos pães, puderam adquirir alguns equipamentos como a despolpadeira – uma espécie de instrumento que auxilia na separação da polpa das sementes -  e o freezer para processar e armazenar as frutas. Por falta de recursos não conseguiram dar continuidade ao processamento das frutas e suspenderam a produção temporariamente.

Atualmente, através de um programa do governo federal, conseguiram recursos para a agroindústria de polpa de frutas e o espaço será inaugurado em janeiro de 2018. As camponesas do assentamento Florestan Fernandes produzem e comercializam pães, doces, geleias e licores nos mercados do município e nas feiras de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte.

O trabalho no campo com as famílias produzindo alimentos saudáveis e preservando o meio ambiente além de incluir financeiramente outras famílias, fez o legado de Dona Nelci. “Quando eu trilhava um caminho e via que não era o caminho certo, eu mudava de rumo, me fortalecia. Eu lutava e acreditava que seria possível. O segredo sempre será nunca desistir.”
Gabriela Morais, estagiária sob supervisão da Assessoria de Comunicação Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário Contatos: (61) 2020-0120 e imprensa@mda.gov.br 4th Oct 2018
·Mail
 
Enxada nas mãos durante o dia. Roçar, arar, plantar…Entre um cuidado e outro com a terra, uma segunda jornada sempre à espera em casa. Ela é mãe, ela é filha, ela é jovem, ela é experiente, ela é mulher! Ela faz o melhor de acordo com suas capacidades, a fim de receber o resultado esperado. O trabalho da mulher do campo ainda não é tão valorizado quanto o do homem. No entanto, essa realidade está mudando gradativamente no Brasil. As mulheres rurais estão se organizando em cooperativas, associações e estão fazendo alianças para se qualificarem e aumentarem as redes comerciais.
Pensando nisso, um grupo de 30 mulheres, no interior de Poço Fundo (MG), se reuniu em torno de uma causa própria e na criação de um produto feito da força e da coragem feminina. O grupo de Mulheres Organizadas Buscando Independência (Mobi), surgiu por idealização de algumas mulheres da Cooperativa dos Agricultores Familiares de Poço Fundo e Região (Coopfam), que sentiram a necessidade de participação nas decisões da cooperativa. Elas se uniram e resolveram criar o grupo no qual se reúnem toda primeira sexta-feira do mês para decidirem sobre as diretrizes.
Com baixa acidez e um alto nível de doçura, o café feminino é o resultado do encontro e da luta dessas mulheres que acreditaram em seu potencial.  O objetivo era a inserção e visibilização da mulher no segmento do café. Além disso, para ajudar na renda da família, as mulheres desenvolvem outras atividades como a confecção de artesanatos com subprodutos do café.
Hoje, a cooperativa trabalha junto com as mulheres para desenvolver e melhorar a produção, o produto e a vida das pessoas, criando consciência e mudando mentalidades e atitudes, gerando uma força de transformação que começa em cada uma das pioneiras e em suas cooperadas, promovendo destaque em toda a cadeia de consumo até o cliente final.
Segundo Edivania de Fátima Fernandes, 26 anos, responsável pela área comercial de torrefação do café feminino, muito mais que um produto, a satisfação vem por estarem organizadas contribuindo com o rumo da cooperativa e das suas propriedades. “Há poucos dias atrás as mulheres fizeram um mutirão para colher o café da Regina Mendes Nogueira. Por meio dessas atividades desenvolvidas, as cooperadas têm a oportunidade de trocarem experiências e buscar novos conhecimentos. Nossas mulheres começaram a plantar seu café usando a palha e a borra para criar arte e artesanato e também, cultivarem rosas. Com isso cresceram, e continuam se aprimorando, se desenvolvendo e trabalhando para alcançar muito mais além. ”
Ela afirma que só neste ano, a Coopfam participou de duas feiras internacionais a Bio Brasil Fair | BioFach América Latina 2018 e a Saitex 2018 - Feira Internacional da África do Sul, e uma nacional, a Bio Brasil Fair. Essas oportunidades servem como uma vitrine para os produtos orgânicos e teve no café feminino seu grande trunfo e triunfo. “Participar de feiras é uma forma de apresentar nosso produto ao mundo. Mostrar a todos o trabalho transformador que a Coopfam vem desenvolvendo ao longo dos anos. É uma forma de convidar o consumidor a fazer parte da cadeia do bem, a consumir com responsabilidade produtos da agricultura familiar e que traz benefícios para todos, além de valorizar a mulher do campo que se empodera com o próprio resultado. 

Rosângela de Souza Paiva, agricultora familiar e cooperadora do Mobi, conta que desde criança ajudava na lavoura de café. Cresceu ajudando o pai e a mãe e ainda, catava café para vender e comprar material escolar, entre outras coisas. “Depois que me casei, aos 18 anos, pude ter minha terra para ter meu talhão de café onde faço a desbota, adubação e colheita e pós-colheita, e também atuo nas decisões quando devo vender e em quem investir, o que é muito bom pra gente, porque trabalhamos alegres e com esperança e isso ajuda no cuidar e na gestão da propriedade com responsabilidade. A participação da mulher é sempre boa para o desenvolvimento da cafeicultura”, salienta.
As mulheres nessa cooperativa não param. Em novembro, promovem a festa anual do café e organizam o festival de pratos, no qual o café é o atual ingrediente principal. Além de se desenvolverem, estão envolvendo também toda a comunidade local, participando de eventos onde passam seus conhecimentos e experiências para outras mulheres.
A Coopfam
A cooperativa nasceu da tomada de consciência de alguns produtores sobre a possibilidade de fazer as coisas diferentes e assim, ter uma vida melhor. Em 2003, a cooperativa começa a sua participação em feiras e visitas internacionais, ganhando visibilidade mundo afora e se aproximando de compradores de café fair trade e orgânico.

A Coopfam acredita na agricultura familiar, sustentável, orgânica e solidária e no comércio justo. Suas certificações asseguram o cumprimento de requisitos e normas legais por parte da instituição certificada, que passa a ter um compromisso com a sustentabilidade socioambiental no que concerne à produção no campo, respeita as normas trabalhistas e que promove, especialmente, a justiça comercial para a melhoria das condições de vida de seus cooperados.

15 dias pela autonomia das mulheres rurais
Os papéis desempenhados pelas mulheres rurais são tão numerosos quanto suas lutas e vitórias. O que não faltam são histórias de vida inspiradoras. No entanto, ainda não possuem o reconhecimento merecido. Sofrem com o preconceito, com a desigualdade de gênero e com outros problemas que herdaram da vida. Ainda há um longo caminho para o equilíbrio de direitos e oportunidades entre homens e mulheres. A fim de mostrar que equidade de gênero e respeito são valores necessários cotidianamente, a Organização das Nações Unidas (ONU) decretou que 2018 seria o Ano da Mulher Rural.
Pensando nisso, a partir do primeiro dia do mês de outubro, inicia-se, no portal, uma série de matérias que fazem parte da Campanha Regional pela Plena Autonomia das Mulheres Rurais e Indígenas da América Latina e do Caribe - 2018. Serão 15 dias de ativismo em prol das trabalhadoras rurais que, de acordo com o censo demográfico mais recente, são responsáveis pela renda de 42,2% das famílias do campo no Brasil. Assessoria de Comunicação
Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário
Contatos: (61) 2020-0120 e imprensa@mda.gov.br 2nd Oct 2018

·Mail
Os papéis desempenhados pelas mulheres rurais são tão numerosos quanto suas lutas e vitórias. O que não faltam são histórias de vida inspiradoras. No entanto, ainda não possuem o reconhecimento merecido. Sofrem com o preconceito, com a desigualdade de gênero e com outros problemas que herdaram da vida. Ainda há um longo caminho para o equilíbrio de direitos e oportunidades entre homens e mulheres. A fim de mostrar que equidade de gênero e respeito são valores necessários cotidianamente, a Organização das Nações Unidas (ONU) decretou que 2018 seria o Ano da Mulher Rural.
Pensando nisso, a partir do primeiro dia do mês de outubro, inicia-se, no portal, uma série de matérias que fazem parte da Campanha Regional pela Plena Autonomia das Mulheres Rurais e Indígenas da América Latina e do Caribe - 2018. Serão 15 dias de ativismo em prol das trabalhadoras rurais que, de acordo com o censo demográfico mais recente, são responsáveis pela renda de 42,2% das famílias do campo no Brasil.

Na Zona da Mata mineira, na cidade de Cajuri, a 245 km da capital do estado, Maria Emília Campos, de 34 anos, é exemplo na batalha em prol da autonomia plena das mulheres rurais. A luta começou em 2005, na escolha do que estudar na faculdade: agronomia. De malas prontas, a filha de agricultores partiu para a cidade com o desejo da realização de um sonho no bolso. Ao chegar, a realidade era outra. Em um ambiente de ensino majoritariamente ocupado por homens, Maria aguentou diversos comentários, vindos de outros alunos, que colocavam em dúvida a sua capacidade. “Cheguei a ouvir até mesmo de professores piadas de que mulher tinha medo de sujar as unhas de terra. Nunca pensei ter que passar por esse tipo de situação em pleno século XXI. 

Após cinco anos de estudos e esforços, o momento da graduação chegou. A preocupação de passar em provas e apresentar trabalhos deu lugar à vontade de se inserir no mercado de trabalho. “Enviava currículos e não era selecionada. Uma vez cheguei a passar no processo seletivo e na hora da contratação ouvi do chefe que eles preferiam contratar um homem a me contratar”, declara Maria. Dois anos se passaram e a procura por emprego se tornava cada dia mais difícil. Nesse período, a filha de agricultores adoeceu devido aos pensamentos de não ser boa o suficiente para desempenhar o que havia estudado.
Depois de tanto procurar um local para trabalhar, Maria Emília se deu conta de que o emprego sempre esteve mais perto do que imaginava. Ela voltou para o campo decidida a aplicar os ensinamentos da faculdade na propriedade de seu pai. Mesmo em casa, percebeu que não seria tão simples quanto imaginava. 
“Por mais que eu venha de uma família que não há desigualdade de gênero, eu sei que há décadas existe uma preocupação com relação ao empoderamento, mas existe algo que acompanha a nossa história, que talvez esteja evoluindo aos poucos, que é a cultura. E na minha vida, eu trabalho justamente com essa mudança, porque somos parte de uma cultura machista que nos fragiliza e nos vitimiza.
 
Logo que voltou para a cidade natal, foi convidada para estar à frente da Secretaria Municipal de Assistência Social do município. Maria Emília teve contato com várias histórias que mudavam apenas de nome e sobrenome. “Eu tive contato com vários tipos de discriminação da mulher, de abusos, da desvalorização, do menosprezo, da baixa autoestima. O que me chamava atenção era que essas mulheres não nasceram se sentindo assim, elas aprenderam a ser assim. E a partir daí, passei a prestar mais atenção na questão de gênero.  Apesar do meu curto período na secretaria, ele serviu de aprendizado para minha vida.

Ao analisar a vida das mulheres que conheceu, Maria criou a coragem para assumir a própria propriedade, e andar sozinha. Em um sítio cedido pelo pai, ela começou a plantação de flores. Toda quinta-feira é sagrada. Ao primeiro sinal do raiar do sol, Maria Emília, desperta com destino ao campo. É dia de fazer a colheita das flores cultivadas por esta mulher com tanto carinho. Hoje, além de todo o trabalho desenvolvido no campo, participa de um grupo de 16 produtores de flores e segue na luta para que todas as mulheres tenham autonomia plena.
Carolina Gama Assessoria de Comunicação
Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário
Contatos: (61) 2020-0120 e
imprensa@mda.gov.br 2nd Oct 2018
·Mail

Os organizadores da Campanha #Mulheres Rurais, Mulheres com Direitos (REAF, FAO, ONU Mulheres, CAC-Sica, SEAD/Brasil e DGDR-MGAP/Uruguai) lançaram, em 1 de junho, a convocatória Saberes e Sabores: as Mulheres Rurais no resgate da alimentação tradicional saudável e na proteção à biodiversidade. As inscrições poderão ser feitas até 1 de agosto. Para formalizar a inscrição a/o participante deverá preencher o formulário online disponibilizado no Blog Saberes e sabores, de acordo com a categoria desejada. Não existe limite para o envio de materiais por pessoa ou organização.
Esta convocação busca homenagear o papel fundamental das mulheres rurais na produção sustentável de alimentos saudáveis e nutritivos, seus conhecimentos tradicionais, além de reconhecer os empreendimentos das mulheres agrícolas cujos produtos e serviços promovem a proteção da biodiversidade.
A convocatória terá dois resultados principais: a documentação multimídia de saberes gastronômicos e um catálogo de produtos e serviços desenvolvidos por mulheres rurais. A ação é acompanhada pelo blog Saberes y Sabores, uma plataforma interativa que divulgará as preparações gastronômicas e os empreendimentos inscritos, no intuito de incentivar a participação de mais mulheres.
As instituições organizadoras irão formar um júri especializado que ficará responsável pela seleção das receitas e empreendimentos participantes. Os jurados vão revisar as melhores experiências inscritas, conforme a pontuação, e assim definir os primeiros lugares e menções honrosas.
Campanha #Mulheres Rurais, Mulheres com direitos

#Mulheres Rurais, Mulheres com Direitos é uma campanha regional que a Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário do Brasil (SEAD), organiza junto com a Reunião Especializada da Agricultura Familiar do Mercosul (REAF), a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), a ONU Mulheres, o Conselho Agropecuário Centro-Americano do Sistema de Integração Centro-Americano (CAC-SICA), bem como a Diretoria Geral de Desenvolvimento Rural do Ministério de Pecuária, Agricultura e Pesca do Uruguai (DGDR/MGAP).  
Gabriela Morais, estagiária sob supervisão da Assessoria de Comunicação
Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário
Contatos: (61) 2020-0120 e
imprensa@mda.gov.br 12th Jul 2018
·Mail
Foi apresentada, entre os dias 11 e 14 de junho, a Mostra Fotográfica Internacional Mulheres Rurais em Ação”, no Hotel Guarani, em Assunção, Paraguai, durante a realização da XXVIII Reunião Especializada  sobre Agricultura Familiar (Reaf) do Mercosul.

A mostra fotográfica conseguiu representar a multifuncionalidade nas atividades desenvolvidas pelas mulheres rurais nos países do Mercosul ampliado. As fotografias demonstraram também o importante papel das mulheres nas atividades muitas vezes invisíveis à sociedade, tanto no trabalho produtivo como reprodutivo.

A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) afirma que se as mulheres rurais tivessem as mesmas oportunidades que os homens em termos produtivos, a fome no mundo poderia ser reduzida entre 12% e 17%. A contribuição econômica do trabalho doméstico não remunerado realizado pelas mulheres, ainda que não reconhecida, é bastante significativa, e segundo a ONU Mulheres, pode representar até 39% do PIB.

A mostra se insere no âmbito da Campanha Regional pela Autonomia Plena das Mulheres Rurais e Indígenas, desenvolvida desde 2016 pela Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário (Sead), Reaf, FAO, ONU Mulheres, Ministério da Pecuária e Agricultura do Uruguai e Sistema de Integração Centro-Americano (SICA).

A coordenadora nacional alterna do Paraguai na Reaf, Ursina Leguizamón, avaliou que teve uma resposta muito boa do evento. “O apoio técnico e financeiro do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) foi generoso e oportuno para o sucesso desta mostra.

Ressaltou ainda, que todas as fotografias destacam a dimensão e heterogeneidade do papel da mulher nas atividades rurais. “Cada uma gerou emoção e satisfação ao mesmo tempo. E concluiu dizendo que, “a sugestão da representação local da FAO de levar a Mostra Fotográfica Internacional para todos os países do Mercosul foi muito interessante. No entanto, antes da realização da mostra, havíamos concordado em deixar as fotos sob a responsabilidade da divisão de gênero para que elas possam usá-las como uma exposição itinerante em suas atividades e que sirvam como uma expressão da importância que a Presidência Pro Tempore do Paraguai deu ao tema.

Para Geise Mascarenhas, coordenadora nacional da Campanha #Mulheres Rurais, mulheres com direitos, a mostra fotográfica serviu para conhecer quem são e o que fazem as mulheres rurais dos países do Mercosul no seu dia a dia. “ A Mostra Fotográfica conseguiu demonstrar a pluralidade e a diversidade das atividades realizadas pelas mulheres nas zonas rurais. Se no Brasil temos diferenças entre as mulheres do Norte e do Sul, imagina quão diferentes são as mulheres e as atividades que desenvolvem nos países do Mercosul.

A exposição contou com imagens de mulheres rurais em ação da Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Uruguai e Paraguai demonstrando a importância de ampliar as oportunidades e avançar com a igualdade de gênero no meio rural.

O Brasil esteve representado por mulheres rurais do Norte, Sul e Sudeste por meio de quatro fotos selecionadas pela Sead. Obras como: Até o Sol se Esconder de Maria Luiza de Cunha Amorim e além dessas a mostra contou também com mais duas fotos, Queijo de |Minas e Grãos de Alegria ambas da Kênia de Aguiar Ribeiro.
 
Título: “São educadas pra serem submissas dos homens. Não deveriam”
Local: Imbuia - Santa Catarina
Data: Agosto de 2017
 
Título: Quintais Produtivos das Mulheres Agroextrativistas Local: Floresta Nacional de Tefé Amazonas                                                                                                                                                                 Assessoria de Comunicação Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário Contatos: (61) 2020-0120 / 0122 e imprensa@mda.gov.br
·         Facebook
·Mail
 
Na zona rural do município brasileiro de Belo Vale, a 125 km de Belo Horizonte (MG), localiza-se a comunidade Noiva do Cordeiro, comunidade onde as mulheres dominaram o meio rural e no qual residem aproximadamente, 350 pessoas. Como a maioria dos homens trabalha em cidades próximas da capital mineira ou em mineradoras da região, as mulheres ficam à frente dos trabalhos na agricultura.
As mulheres assumem a produção dos gêneros alimentícios e atuam no processamento. Além disso, confeccionam e comercializam produtos de limpeza e peças artesanais como colchas e tapetes. As principais atividades exercidas pela comunidade são a horticultura, a plantação de mexerica poncã e a produção de pimenta e seus derivados. O processamento é realizado na própria comunidade para agregar valor aos produtos e ampliar a renda dos produtores.
A associação adquiriu a propriedade rural por meio do Programa Nacional de Crédito Fundiário (PNCF). A comunidade recebeu mais de 500 mil reais de crédito que foram utilizados para desenvolver os projetos de irrigação, na construção de galpão, na compra de trator e de caminhão para o transporte da produção e a aquisição de implementos agrícolas. Um investimento que resultou em vários benefícios para a associação, além do aumento da produtividade.
Por intermédio da Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário (Sead), em setembro de 2015, a comunidade rural Noiva do Cordeiro acessou o Programa Arca das Letras (saiba mais sobre o Arca das Letras, aqui). Com um acervo inicial de aproximadamente 200 livros, após 2 anos, o volume praticamente dobrou por meio de doações e atualmente conta com 372 livros.
A entrega dos livros foi realizada pela Delegacia Federal de Agricultura Familiar de Minas Gerais (DFDA-MG) que também realizou a entrega da permissão de uso do Selo de Identificação da Participação da Agricultura Familiar (Sipaf) para a comunidade. A agente de leitura, Cláudia Lima de Almeida, revela a importância do Arca das Letras para a associação. “Os livros são muito úteis, pois atendem a todas as crianças que estudam na escola rural da comunidade, mantida por meio de recursos próprios e de doações.
Crédito Fundiário
O Programa Nacional de Crédito Fundiário (PNCF) oferece condições para que os trabalhadores rurais sem terra ou com pouca terra possam comprar um imóvel rural por meio de um financiamento. Os recursos ainda são usados na estruturação da propriedade e do projeto produtivo e na contratação de assistência técnica e extensão rural (Ater). Além da terra, o agricultor pode construir sua casa, preparar o solo, comprar implementos, ter acompanhamento técnico e o que mais for necessário para se desenvolver de forma independente e autônoma.
·Mail
       O selo que objetiva visibilizar o trabalho das mulheres rurais, legitimando sua participação na economia das unidades familiares e reconhecendo o papel estratégico que elas exercem na garantia da soberania alimentar foi apresentado durante a XXVIII Reunião Especializada sobre Agricultura Familiar (Reaf) em Assunção, Paraguai, no âmbito do Seminário de Formalização de Oferta de Produtos Agroalimentares da Agricultura Familiar. O seminário teve como Objetivo apresentar estratégias dos países da América do Sul para a comercialização da agricultura familiar. Na ocasião, foi apresentado um sistema de monitoramento dos investimentos públicos na agricultura familiar; como o Paraguai tem formalizado a sua oferta de produtos oriundos da produção familiar; além de diversas experiências de cooperativos do Paraguai, Uruguai, Chile e Brasil.
O selo foi incluído no seminário como uma estratégia para possibilitar a reciprocidade entre os agricultores familiares e os consumidores e poderá ser utilizado para modificar, neutralizar e ser um elemento de resistência aos processos de mercantilização que terminam por excluir as agricultoras familiares dos mercados formais. De acordo com a consultora responsável pela área, Simone Barreto, “com o Sipaf Mulheres Rurais é possível gerar laços sociais entre quem produz e quem consome, que vão muito além dos momentos de compras. E isso criará competitividade para os produtos da agricultura familiar feminina. ”
O Sipaf Mulheres Rurais é permitido para mulheres rurais pessoas físicas e pessoas jurídicas, sendo que as pessoas jurídicas devem ter 50% mais um de mulheres e uma mulher na direção. Lançado a pouco mais de 3 meses, o selo já conta com 51 permissões de uso, 146 agricultoras beneficiadas e mais de 350 produtos identificados.
A Sead participou ainda, no dia 11 de junho, da reunião de organizadores da Campanha #Mulheres Rurais, mulheres com direitos, na qual foi tratado os próximos passos da campanha que busca fortalecer os aliados para o tema das mulheres rurais, além do lançamento oficial da convocatória para a Campanha Saberes e Sabores, que busca destacar a importância das mulheres rurais para a promoção da alimentação tradicional e saudável.
Assessoria de Comunicação
Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário
Contatos: (61) 2020-0120 e
imprensa@mda.gov.br 4th Jul 2018
·Mail
       A XXVIII Reunião Especializada da Agricultura Familiar do Mercosul (REAF), sob a Presidência Pro Tempore do Paraguai, considerou justo e necessário homenagear, em forma de uma mostra fotográfica, as mulheres e suas atividades diárias, tornando visíveis a capacidade e a liderança das mulheres rurais em toda a sua diversidade por meio de imagens. A mostra conta com a colaboração da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) e do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), no âmbito da Campanha Regional #Mulheres Rurais, Mulheres com Direitos.

Considerando o papel fundamental das mulheres rurais no desenvolvimento da Agricultura Familiar, a Comissão de Equidade de Gênero no Meio Rural da Reaf atua com o objetivo de promover o fortalecimento e o desenvolvimento de políticas de para a agricultura familiar que assegurem a transversalização da perspectiva de gênero em todos os temas e espaços de trabalho.

Para Geise Mascarenhas, coordenadora da campanha nacional #Mulheres Rurais, mulheres com direitos, “a mostra fotográfica nos possibilitará conhecer quem são e o que fazem as mulheres rurais dos países do Mercosul no seu dia a dia. O objetivo na verdade é demonstrar a pluralidade e a diversidade das mulheres trabalhadoras das zonas rurais. Se no Brasil temos diferenças entre as mulheres do Norte e do Sul, imagina quão diferentes são as mulheres e as atividades que desenvolvem nos países do Mercosul.

Lembrando que a mostra faz parte da Campanha Regional pela Autonomia plena das Mulheres Rurais e Indígenas, Mascarenhas diz que “deseja muito ver as mulheres indígenas brasileiras representadas nessa exposição. Estima-se que existam mais de 270 línguas indígenas faladas no Brasil. É preciso conhecer para preservar, e conhecer passa por visibilizar. Por isso é muito importante que a gente possa ter fotografias das diferentes etnias e regiões para mostrar a riqueza cultural que nós temos e devemos preservar em nosso país.

A Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário (Sead) convida a todas as mulheres rurais brasileiras a enviarem imagens fotográficas em suas diferentes atividades cotidianas e papéis que desempenham em seu ambiente doméstico, em seu entorno e na sociedade. A exposição contará com imagens de mulheres rurais em ação na Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Uruguai e Paraguai, e poderão ser apreciadas de 11 a 14 de junho no Hotel Guaraní, durante a realização da XXXVIII Reaf, em Assunção, Paraguai.

Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário
Contatos: (61) 2020-0120 e
imprensa@mda.gov.br
A Explicação dos Missionários Católicos sobre o Ativismo:
O ativismo acaba em estresse. É um desrespeito ao 5º mandamento ou ao cuidado com a saúde. Hoje, queremos refletir sobre o ativismo pastoral daquelas pessoas que trabalham nas paróquias, comunidades, dioceses e estão na animação das pastorais, ou seja, dos trabalhos eclesiais, apostólicos, missionários.
Ativismo não significa só excesso de trabalho, mas fazer as coisas de coração contrariado, murmurando, reclamando e pior ainda: para aparecer, agradar a autoridade, cumprir a lei e até para a autopromoção. Outro lado do ativismo pastoral é a incoerência entre o que se diz e o que se faz. Leva-se uma vida dupla, numa “personalidade dupla” e isso é desgaste de energia e fonte de fadiga.
Quem sofre o mal do ativismo, pode até não trabalhar muito, mas não reza, não estuda, não descansa, porque o trabalho virou escapismo, fuga de problemas não resolvidos. Cai-se num círculo vicioso: “Enche-se de trabalho e não se tem tempo para o cultivo espiritual e humano”. O ativista esquece que o valor e a grandeza da vida não está naquilo que se faz, mas naquilo que se é. Quem faz muitas obras para o Senhor e acaba esquecendo o próprio Senhor por causa das muitas obras, está equivocado. Quem se apega às obras, espera elogios, gratificações e resultados e geralmente não sabe dar seu lugar a outros.

O ativismo é resultado do perfeccionismo. É próprio do perfeccionista ter a tendência a ficar insatisfeito e incomodado com o que faz. Sob o comando do ativismo a pastoral vira profissionalismo, a gratuidade é substituída pela gratificação. O povo procura o pastor e encontra um profissional. O pastor ou o agente de pastoral virou burocrata.
Os efeitos do ativismo são muito negativos: irritabilidade, desgaste, esgotamento, isolamento, doenças, “impaciência apostólica”, queima-se as pessoas com facilidade e freqüência. O ativismo é alimentado por determinadas afeições: desejo de aparecer, competição, rendimento, sucesso. O ativista peca pela pressa, vive sob a pressão do tempo e sob a sensação de urgência que é a “tirania do urgente”. Sobrecarga -se de responsabilidades e da ambição do sucesso, fazendo do ativismo uma patologia. O remédio e cura são: oração, lazer, amizades boas, mudar o estilo competitivo, perfeccionista e apressado, observar o 5° mandamento e o convite de Jesus: “Vinde à parte para um lugar deserto e descansai” (Mc 6,31).
O ativismo é uma patologia de nossa cultura, é uma espécie de narcisismo, ou seja, exaltação de si para obter atenção, afeto e valorização de si. Privilegia-se o fazer e o ter em detrimento do ser. O acúmulo de trabalho é uma espécie de narcótico que leva à fuga e ao prejuízo de outros valores. O ativista é um fugitivo de si e um desertor de Deus. O que o ativista constrói com uma mão, destrói com a outra. Numa sociedade competitiva e consumista o ativismo é uma doença cultural que se manifesta no infarto, agressividade, depressão, estresse e falta de tempo, de meditação, de silêncio e de escuta. É um comportamento contra a vida. fonte: CNBB

Ant -Ativista, Bolsonaro quer acabar com ‘todo ativismo’ No discurso que fez depois de confirmado o segundo turno, Jair Bolsonaro adotou uma linha dúbia: ao mesmo tempo em que fala em “acabar com a divisão” do País em termos de raça, regiões, sexos, orientação (que ele chama de opção) sexual e classes econômicas, ele acentua essa divisão ao dizer que não se pode mais ter uma orientação à esquerda e que vai acabar com toda forma de ativismo, O candidato ainda prometeu aproximar o Brasil das “grandes nações”, investir nas riquezas do país como a natureza e o turismo, e “jogar pesado” na segurança pública.
Garantiu ainda que vai “colocar um fim em todo ativismo” no país e acabar com a indústria de multas do Ibama”, além de “reduzir a corrupção o máximo possível. Isto Portanto o voto Nosso no Bolsonaro será entregar o Brasil Na mão de uma elite da Direita para eles privatizar o seu poder público PARA a queda do poder Econômico interno, e preparar o Brasil para as Mudanças Burguesas da Nova ordem Mundial para o Domínio da Nova era, e consequentemente o Decreto Dominical, pode se ver que a Bancada Evangélica votaram com Bolsonaro, os pastores Evangélicos nas Igrejas também, estão formando Assim a Imagem a Besta, 
ALGUÉM Disse: eu quero Isto, para Jesus voltar Logo, Não tente Ajudar Jesus dessa Maneira, o teu modo de Ajudar Jesus é?  PREGANDO O EVANGELHO AOS SEUS VIZINHOS. Fazer isto é se prepara para receber o Sinal da Besta na Mão DIREITA ou na fronte isto é Perdição, 
e não embarque nesta A vitória do Bolsonaro se caso acontece, seria uma regressão dos nossos valores políticos e culturais em 180 Anos Atrás é voltarmos na História para 1839 século 19 um tempo que Infelizmente a Cultura Burguesa, nos países que reinava a Hierarquia as pessoas Ditava as Ordens para os outros, os Maridos mantinham as Mulheres embaixo do Sapato, Era uma Cultura de Baixo nível, Animal, média de 05% dos Homens Estudavam, as Mulheres não estudavam Não Votavam, não trabalhavam fora, não se metia nos negócios do marido, não era nem Contadas ou mencionadas por Nome nas Gerações.
 O pai era que escolhia o Casamento para a filha. Os Negros Era discriminados e as vezes Escravizados. Se a pessoa matasse a sua própria mulher ou um escravo dele não era condenado pelo o Crime, se um Homem estuprasse uma mulher, mesmo que ela não fosse nada dele a Justiça não o condenava Ele, é por Isto que Até no passado bem Ressente, nas Guerras Civis Da Bósnia do Timor Leste e de Kosovo de 1999 a 2001, Muitas Mulheres eram Levadas para fora do Acampamento de refugiados e eram Estupradas por Meses Havia Muitos Estupros foram mais de vinte Mil, e ninguém era e nem nunca foi condenado.

Hoje a ONU tenta tardiamente correr Atrás, da Restauração e Dignidade destas Pessoas destruídas por esta Políticas da Direita Burguesa, mas sabemos que correr Atrás destas perdas será como caçar uma agulha a noite em um Palheiro. Hoje a consciência negra e da Igualdade Social Sabe que o que Leva as Lutas contra as Classes opostas são justamente Alimentar este fascismo que está presente na Literatura e na mídia, e sempre ele se estoura, em pequenos focos mas são os começos dos Grandes Incêndios,

A nossa sociedade está contaminada com o Fascismo, Tanto na Música, Na mídia, na Literatura, e precisa estar sendo reprimido, caso não faça este é o resultado que está diante de nós, o candidato pode até falar, eu vou privatizar, eu vou matar, eu vou cortar Salários, eu vou Acabar tirar o direito Opcional dos Homossexuais, eu vou acabar com Ativismo, os nossos valores que nos fez uma nação Democrática com direitos constituídos estão indo para a Lata do Lixo e o candidato ainda cresse e é tratado como ídolo,

 A nossa nação está indo a passos Largos para o Lago de Fogo, quem poderia ajudar e Livrar a nossa Juventude da destruição Final era os Cristãos Evangelicos, mas a uma, eles- também tem Aplaudido, a chegada do Fascismo como se fosse a chegada de Jesus. A Final este é o deus deles, e capitalismo, E Jesus está Chorando os seus filhos que dentro da sua terra estão sendo destruídos:

O meu povo foi destruído, porque lhe faltou o conhecimento; porque tu rejeitaste o conhecimento, também eu te rejeitarei, para que não sejas sacerdote diante de mim; e, visto que te esqueceste da lei do teu Deus, também eu me esquecerei de teus filhos. Oseias 04 06. Portanto vamos ajudar salvar os nossos Valores as nossas Leis, o Ativismo Cultural.

O ativista cultural é o agente político que faz as coisas acontecerem no campo da Cultura e seus vetores. Figura especialíssima que sem o fruto de seu trabalho nada ocorre no plano prático. É aquele que abre o espaço social para os efetivos agentes produtores de atos e fatos culturais.
É aquele que normalmente apresenta o artista ao público em geral. É ele quem faz a interação entre os sujeitos ativo e passivo. O campo de sua atuação ocorre tanto na área pública como nas organizações não governamentais. É aquele que está sempre preocupado com o todo, com macrocosmo situacional, e não com as micro- situações, se bem que muitas vezes, por falta de outros agentes no desdobramento do processo cultural, tenha de agir até no detalhamento executivo dos projetos.
 A ótica do ativista cultural não é a de seu sucesso pessoal como artista e criador na área de Artes. Impõe-se o coletivismo, o solidarismo, ou seja, tudo aquilo que venha a funcionar, nos estamentos sociais, como fomentador do processo de caldeamento cultural. E isto o Bolsonaro quer Acabar,
Este agente normalmente atua em várias frentes de trabalho, tentando articular e/ou estabelecer elos de ligação entre tais compartimentos estanques, aproximando lideranças culturais e evitando que as localidades, cidades e/ou grupos se tornem guetos de servidão ou expressões maniqueístas de ação e conduta. Requer-se, desde logo, que este agente tenha um perfil ativo como pessoa: solidarista, agregador. É possível identificar-se, de pronto, o seu perfil idealista, pleno de verdades hauridas em suas vivências. O desprendimento pessoal o caracteriza. http://www.recantodasletras.com.br/artigos/67130
  Vejam um Conferência Católica sobre A responsabilidade na perpetuação da obra fundada por Cristo. Ele então começa: Segundo o padre espanhol Salvador Pié-Ninot, na página 86 de sua obra “Introdução à eclesiologia”, a apostolicidade da Igreja tem suas raízes no Novo Testamento e foi elaborada, primeiramente, por Santo Ireneu ainda no século II. Período marcado por perseguições aos cristãos e surgimento das primeiras heresias.
Essa dimensão está intimamente ligada à missão dos primeiros apóstolos, aqueles homens a quem Jesus escolheu, chamou, instruiu e enviou para que pregassem o Evangelho. Portanto, a Igreja é apostólica, porque foi fundada sobre os apóstolos, ou seja, ela se fundamenta na fé, no testemunho e no ensino desses apóstolos. A palavra apóstolo quer dizer “enviado”.
Pode parecer óbvio, mas, uma vez que a Igreja já foi fundada por Jesus sobre os apóstolos, nós, que seguimos essa doutrina, não precisamos fundar ou refundar mais nada. Não seremos nós que fundaremos a nossa Igreja própria, visto que a Igreja de Cristo já foi fundada e permanece viva e forte até os dias de hoje. A nossa missão, portanto, é a dar continuidade a esta obra fundada por Jesus. Nós podemos e devemos dar a nossa contribuição, pois ela é muito importante.
A esse respeito, o Catecismo da Igreja Católica, a partir do número 898, afirma que todos nós devemos ter uma clara consciência de que não apenas pertencemos à Igreja, mas somos Igreja. Uma vez que somos Igreja, somos encarregados por Deus do apostolado em virtude do Batismo e da Confirmação. Podemos e devemos “trabalhar para que a mensagem divina da salvação seja conhecida e recebida por todos os homens e por toda a terra”. “Somos o povo de Deus, membros deste corpo, que é a Igreja, cuja cabeça é Nosso Senhor Jesus Cristo.
Que sentido existe ao dizer que a Igreja foi fundada sobre os apóstolos?
A Tradição da Igreja nos ensina que, embora Pedro tenha sido escolhido por Jesus para ser o primeiro Papa, ele não estava sozinho. Jesus havia escolhido outros homens para exercer sua missão apostólica e a transmissão do Evangelho. Dizer que a Igreja foi fundada sobre os apóstolos comporta um tríplice sentido, conforme nos apresenta o parágrafo 857 do Catecismo da Igreja Católica:
Primeiro: “foi e continua a ser construída sobre o ‘alicerce dos apóstolos’, que são testemunhas escolhidas e enviadas em missão pelo próprio Cristo”; segundo: “continua a ser ensinada, santificada e dirigida pelos apóstolos até ao regresso de Cristo, graças àqueles que lhes sucedem no ofício pastoral: o colégio dos bispos”; terceiro: guarda e transmite, com a ajuda do Espírito Santo que nela habita, a doutrina, o bom depósito, as sãs palavras recebidas dos apóstolos.
Afinal, quem são esses apóstolos nos dias de hoje?
Sabemos que Pedro, o primeiro Papa, e todos os outros apóstolos morreram. Surge, então, a seguinte pergunta: Se todos eles morreram, quem são esses apóstolos atuais de que fala o Catecismo da Igreja Católica? Ele mesmo responde no parágrafo 861. Para que a missão que lhes fora confiada pudesse ser continuada depois da sua morte, os apóstolos, como que por testamento, deram este encargo a seus cooperadores imediatos para concluírem a tarefa por eles começada. Assim, instituíram homens íntegros e tudo dispuseram para que, após a sua morte, pudessem tomar conta do seu ministério.

Esses homens íntegros e provados são os nossos bispos, portanto, são eles os sucessores dos apóstolos. A Igreja é apostólica, na medida em que permanece em comunhão de fé e de vida com os sucessores de Pedro e dos apóstolos. Portanto, é dever dos bispos, os sucessores dos apóstolos e alicerces da Igreja, seguir os passos de Cristo e pregar a Palavra de Deus, para que ela se difunda e ilumine todos os povos, a fim de que seja instaurado por toda a terra o Reino de Deus. Para completar, o que a Igreja chama de Sagrada Tradição é tudo aquilo que ela recebeu dos apóstolos, e que a eles foi confiado diretamente pelo próprio Jesus Cristo.
Por que a Igreja é chamada de Romana? É importante dizer que o atributo “Romana” não faz parte da identidade da Igreja, embora possua um importante significado histórico.
O nosso querido professor de história da Igreja Felipe Aquino nos ensina que o Império Romano foi o maior Império que a humanidade já conheceu. Nunca houve outro império que dominasse todo o mundo. Ele tomou toda a volta do Mar Mediterrâneo, que hoje é circundado por muitos países. Tamanha foi a dominação por parte dos romanos, que eles o chamavam de “Mare Nostrum. Para se ter uma ideia, os navios precisavam ter o alvará do porto romano para navegar no Mediterrâneo.
Roma dominou tudo, desde Portugal, Espanha, França, Itália, Alemanha Ocidental, Grécia, Macedônia, Turquia, Síria, Líbano, Palestina, Egito, Cartago e todo o Norte da África. Quem não era cidadão romano era chamado de “bárbaro”. No entanto, esse maior Império que o mundo conheceu não conseguiu destruir o Cristianismo, e acabou se tornando cristão.
Por volta do ano 311, o imperador Constantino o Grande se converteu ao cristianismo, e, pelo Decreto de Milão, proibiu a perseguição aos cristãos. Mais tarde, em 385, Teodósio o Grande, pelo Decreto de Tessalônica, oficializou o cristianismo como a religião do Império. Cristo e os cristãos finalmente venceram o grande Império, cuja capital era Roma. Assim, a Igreja estabeleceu sua sede em Roma. O professor Felipe Aquino nos lembra que, no mesmo jardim onde Nero martirizava os cristãos, incendiando-os com piche para iluminar o ambiente, Cristo colocou a sua Sede, a Santa Sé, o Vaticano; exatamente sobre o túmulo de São Pedro. Este é um grande sinal para o mundo de que a Igreja é invencível. Nem mesmo o mais poderoso Império de que a história teve notícia conseguiu eliminar o cristianismo.
Assim, nós concluímos esta série de artigos sobre os atributos de nossa amada Igreja Católica. Não deixe de conhecer sua Tradição, sua Doutrina, seu Magistério, seus ensinamentos. Esse é o nosso papel enquanto membros desta linda e valorosa Igreja, que é Uma, Santa, Católica e Apostólica, cuja sede se encontra em Roma. (O conteúdo deste último subtítulo é uma síntese de um artigo escrito pelo professor Felipe Aquino, intitulado “Por que a igreja católica é chamada romana?”. O artigo pode ser lido na íntegra pelo site da Editora Cleofas). Deus abençoe você, e até a próxima!
Seminarista Gleidson de Souza Carvalho, missionário da Comunidade Canção Nova quem é Gleidson? Gleidson Carvalho é natural de Valença (RJ), mas viveu parte de sua vida em Piraúba (MG). Hoje, ele é missionário da Comunidade Canção Nova, candidato às ordens sacras, licenciado em Filosofia e bacharelando em Teologia, ambos pela Faculdade Canção Nova, Cachoeira Paulista (SP). Atua no Departamento de Internet da Canção Nova, na Liturgia do Santuário do Pai das Misericórdias e nos Confessionários. Apresenta, com os demais seminaristas, o “Terço em Família” pela Rádio Canção Nova AM. É importante saber que O teólogo Gleidson Carvalho Está apresentando uma conferência com as doutrinas da Igreja dele e não da Bíblia Sagrada Jrp.mensageiro@hotmail.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário