quarta-feira, 12 de março de 2014

037--AGOSTINHO DE H E A CIDADE DE DEUS


Agostinho e a Cidade de Deus
O Livro  Cidade de Deus foi uma das obras mais marcante do bispo e Escritor Agostinho de hipona, e tudo se deu pelo modo ; como esse material foi usado pela a igreja católica romana!!  Acredito que ao longo de quase toda a Idade Média, todo o pensamento político do mundo ocidental esteve cerceado pela ideologia moralista da Igreja Católica. Dessa forma, toda a produção teórica acerca da política buscava a formulação de um sistema de governo calcado moral cristã.
A discussão política teve algum desenvolvimento na Idade Média. Notabilizou-se a Idade Média pela sua fé no regime teocrático, que mantinha o poder civil a serviço da Igreja. O Império foi convertido em Sacro Império Cristão. Acreditou-se que o poder civil desceria do alto para sobre os reis, tal como se supunha descer o poder religioso para sobre os papas.
Perceba que ao contrário das concepções da Antiguidade (em que a função do Estado é assegurar a vida boa), na Idade Média predomina a concepção negativa do Estado. Isto porque o homem teria uma natureza sujeita ao pecado e ao descontrole das paixões, o que exige vigilância constante, cabendo ao Estado intimidar os homens para que ajam retamente.
Na Idade Média configuram-se duas instâncias de poder: a do Estado e a da Igreja. O Estado é de natureza secular, temporal, voltado para as necessidades mundanas e caracteriza-se pelo exercício da força física; a da Igreja é de natureza espiritual, voltada para os interesses da salvação da alma e deve encaminhar o rebanho para a verdadeira religião por meio da força da educação e da persuasão. 
A tensão entre os dois poderes assumiu diferentes expressões no decorrer do longo período, criando inúmeros conflitos.Ainda no final da Antiguidade, próximo à queda do Império Romano, viveu Santo Agostinho (354-430 d. C.), bispo de Hispona.
SANTO AGOSTINHO E A CIDADE DE DEUS
Santo Agostinho escreveu o livro A Cidade de Deus, em que afirmava que a cidade humana era essencialmente imperfeita, e que aqueles que vivessem em conformidade com os preceitos cristãos habitariam, após a morte, na Cidade de Deus, onde tudo era justo.
 
Santo Agostinho é o filósofo mais marcante deste período. Sua concepção é de que o Estado tem a função de controlar e vigiar o povo, evitando assim que este ceda às paixões, pecados e erros. Para Agostinho, O Estado deve procurar imitar a perfeição divina. Sua obra A Cidade de Deus é uma idealização de uma cidade ideal, regida de acordo com a perfeição divina, baseada no amor divino, na qual o pecado será aniquilado. Agostinho inspirou-se em Platão. 
Essa mentalidade acabou por influenciar todo o pensamento político medieval, pregando a superioridade do poder espiritual sobre o poder humano. Isso levou a diversos conflitos entre reis e papas. Estes querendo impor-se como superiores por representarem Deus na terra. A Igreja se apresenta como o ideal perfeito de governo, já que se considera criada por 
Deus, portanto, modelo de justiça e perfeição.
Agostinho viveu o declínio da cultura, da civilização que havia sido a sua; assistiu, da África, a queda do Império Romano, a tomada de Roma por Alarico, em 410 d.C. Foi, pois, vivenciando a experiência de seus contemporâneos, pagãos e cristãos, extremamente confusos, os primeiros batendo em retirada diante da invasão dos bárbaros e os outros, frívolos, sem a têmpera dos mártires, foi precisamente dentro desta condição histórica que Agostinho escreveu a Cidade de Deus.
Seus interlocutores não são abstratos, um público genérico, mas pessoas concretas, conhecidas, refugiados, que chegavam à África fugindo das invasões, cheios de medo e de mágoa, sem perspectiva, sem futuro. Roma, o símbolo de uma civilização, havia caído. Com a queda de Roma, caía também toda a esperança para o homem. A Cidade de Deus quer ser, pois, um procedimento retórico real para
humanizar o homem e o salvar.A estrutura desta obra é perfeita com um planejamento de catorze anos. Foi publicada aos poucos e seu esquema é dual, com coerência e consistência perfeitas. A primeira parte é uma reflexão sobre o culto pagão; a segunda, uma teologia da história. Em todo o texto o leitor se encontra com a antinomia das duas cidades: Babilônia é o lugar do cativeiro, o presídio; Jerusalém, o lugar da liberdade, da vida feliz. Duas cidades são assim duas formas de vida, duas maneiras de realizar a existência.
Dois amores constituem dois modos distintos de construir a convivência entre os homens. As duas cidades são diferentes porque nascem de amores diferentes. Um amor luta para construir a cidade, a casa dos homens todos; o outro se fecha no egoísmo que oprime e domina os demais.
A Cidade de Deus é querer sinceramente o bem, à imitação do Pai que concede a sua graça a todos, que cumula a todos com sua benção e que só se deleita com a união de seus filhos. A origem da Cidade de Deus é, portanto, teológica e possui uma intersecção na existência histórica da sociedade. Ao contrário, a origem da cidade terrena é o apetite de domínio, de vingança, de soberba, gerando a guerra e o extermínio, a confusão e o caos.
A paz é a consequência da concórdia total entre os que mandam e os que obedecem. Tanto quem manda quanto quem obedece deve amar e buscar a paz, a tranquilidade na ordem, a feliz disposição de todos no todo, a justiça em todas as suas dimensões. Só quem ama retamente chega à paz e alcança a virtude. Esta é o amor verdadeiro feito obra. A satisfação que só busca o próprio interesse é sem consistência e falsa, transitória e vazia, não leva a lugar algum, "morre em si mesma" porque em si mesma já é morta.
A partir de uma leitura residual da Cidade de Deus, se depreende uma visão de história como construção do Reino. Para Agostinho, a história não é cíclica, como os Gregos a concebem, mas é bíblica e, portanto, linear. Agostinho parte de um acontecimento que ocorreu uma única vez na história, a Encarnação do Cristo.
Este evento quebra a síntese do eterno retorno e inaugura um fim para a história. Não caminhamos para trás, sonhando com o paraíso perdido, mas para frente, vivendo um tempo cheio de sentido, com formas, pleno, um presente contínuo, o tempo da graça. A história não é encontro sem significado, mas o tempo da salvação. Nossa obrigação é, portanto, construí-la, realizá-la. Viver o tempo é viver a vida e a sabedoria consiste em vivê-la devidamente. É verdade que o sentido da história não nos é comunicado imediatamente. O futuro é construído a partir do presente. O que se descortina diante de nossos olhos não nos pertence, é dom, é graça, é mistério, por isso o sentido da história não é visível.
História é desafio, neste tempo preciso, nesta cadeia dialética grávida de prós e de contras, neste nosso agora cheio é que se dá a salvação, a graça, a proposta de Deus e a nossa resposta pela construção da cidade. É assim que a história cheia de fraquezas e misérias de cada indivíduo e de cada geração se transforma no Reino de amor e de paz que Deus quer para o seu povo.
O caráter espiritual da Cidade de Deus é patente no pensamento de Agostinho. Não se trata aqui, contudo, de uma teologia para gerir teocraticamente a sociedade. A cidade terrestre possui a sua autonomia, essa pode ser tanto a oposição a Deus, quanto o lugar onde se coloca em prática uma ordem de coisas segundo a sua vontade.
Em nosso mundo contemporâneo, as sociedades se instalam entre uma existência sem referência, sem escatologia, sem utopia e uma ordem transcendental fechada é imposta pelos seus detentores. Ora, Agostinho é aqui, na Cidade de Deus, o crítico contundente desse dilema dualista (ensina-nos que a ação de Deus se encontra no mundo, na medida em que os homens se humanizam). Quando reinam a justiça e o amor verdadeiro entre os homens, a alma de toda civilização e o fundamento da paz, a Cidade de Deus acontece.

MONTEIRO, Consuelo Campos. Guia de Estudo – Filosofia da Política. Consuelo Campos Monteiro. Varginha: GEaD-UNIS/MG, 2009.

Comentário sobre "As duas cidades" de Santo Agostinho  
I. Adentrando na matéria

Nada é mais conhecido que estas palavras: o bem, o mau. Sem embargo, é raro saber atribuir à palavra bem o que é verdadeiro bem, e à palavra mau o que é verdadeiro mal. A Santa Escritura nos ensina que há homens que, neste assunto, fazem a mais estranha e deplorável confusão:

“Maldito sois, diz o Senhor pela boca de Isaias, maldito sois os que chamam de mal ao bem, e de bem ao mal, que das trevas fazem luz, e da luz trevas, que chamam amargo ao doce, e doce ao amargo”. (Is 5, 20)
É raro que alguém chegue a tais extremos, mas não são poucos os que hesitam em chamar o bem de bem e o mal de mal. Somos tíbios, ou porque não sabemos o suficiente, ou porque não queremos confessar nossas convicções e prestar homenagem à verdade.

Daí vem que o coração, sem forças para prestar testemunho do bem, perde parte do conhecimento do mesmo bem; é lei da divina justiça que o espírito sofra as consequências das fraquezas da vontade. As fraquezas são os frutos habituais das detestáveis

Concupiscências,  e Deus as pune deixando o espírito em um certo endurecimento de coração, justa punição de nossas omissões e covardias.Para que a vontade seja propelida a apegar-se ao bem e rejeitar o mal, é capital saber claramente onde está o bem, e onde está o mal.
Desejosos de auxiliar alguns de nossos leitores, escrevemos este pequeno trabalho sobre as duas cidades.

II. O que se deve entender por duas cidades
A palavra cidade designa o conjunto dos homens vivendo sob as mesmas leis e magistrados. Pode-se tratar seja duma cidade em particular, seja duma comuna, como é de costume falar, seja dum Estado, formado por todas as comunas submissas às mesmas leis e poder soberano. « Quid est civitas, diz Santo Agostinho,nisi multitudo hominum in quoddam vinculum redacta concordiæ ? » (Epist., olim V.)

Não obstante, queremos tomar a palavra cidade num sentido muito mais amplo: considerando que Deus é o Rei dos Reis, e que criou os anjos e os homens para Lhe servir, diríamos que todos os anjos e todos os homens que são e desejam ser fiéis a Deus formam uma e só cidade, a cidade de Deus, desde que submissos à justíssima e santíssima lei emanada da vontade de Deus,

Por outro lado, os anjos e os homens que se não submetem à lei de Deus, mas tomaram por vantajoso submeter-se à lei da vontade própria, formam uma e só cidade, a cidade do mundo, e do diabo, e do inferno. Assim como há uma cidade do bem, há uma do mal.

III. Princípio constitutivo das duas cidades
Santo Agostinho, que nos dera a definição preliminar de cidade, nos vai dar uma segunda, quase idêntica à primeira, mas mais curta. Ele diz: “Civita, concors hominum multitudo”. (Epist., Olim LII.). Cidade é a reunião dos homens em comunhão de coração, ou, em outros termos, cujos corações se possuem do mesmo amor. Os homens são unidos ou desunidos em função do amor. Dois homens que compartilhem o mesmo amor estão unidos; dois outros que o não compartilhe, estão desunidos. Se há dois amores, há duas cidades.

“Dois amores fazem duas cidades”, diz Santo Agostinho. O próprio doutor descreve os dois princípios constitutivos das duas cidades: “São dois os amores, diz ele,em que um é puro, e o outro impuro; um junta, e o outro espalha;

um quer o bem comum em vistas da sociedade celeste, e o outro se vale do bem comum e submete-o a seu domínio por orgulho e prevalência; um submete-se a Deus, e o outro Lhe tem inveja; um é tranquilo, e o outro turbulento; um é pacífico, e o outro sedicioso;

um prefere a verdade aos louvores dos palradores, e o outro é ávido de louvores, quaisquer sejam suas fontes; um deseja ao próximo o bem que para si deseja, e o outro deseja submeter o próximo; um governa os homens para o bem do próximo, e o outro para seu proveito; esses dois amores, de que já se imbuíam os anjos, um nos bons, e o outro nos maus, esses dois amores erigiram duas cidades por entre os homens” (De Genesi ad litt., Lib. XI, c. XV.).

A natureza manchada do pecado dá origem aos cidadãos da cidade terrestre; os da cidade celeste nascem da graça que liberta desse pecado da natureza. Na cidade terrestre, os homens só vislumbram a terra e o amor-próprio; na cidade celeste, a Deus só distinguem, e Nele a eterna felicidade. O teor dessa doutrina encontra-se resumida na famosa máxima de Santo Agostinho:

“Dois amores fazem duas cidades: uma é terrestre, obra do amor de si até ao desprezo de Deus; a outra, celeste, obra do amor de Deus até ao desprezo de si”.
IV. Formação das duas cidades
Deus é o fundador da cidade santa. Assim é porque Ele o quis; ela só possui o de que Deus a prouvera; ela só quer o que agradou a Deus prometer-lhe; ela só deseja encontrar seu Criador, para Lhe compartir da felicidade.

Deus fundou-a desde os santos montes, i. é, desde os céus, com a criação dos anjos. Continuou-a na terra pela criação do homem. Contudo, o homem deve ser cidadão celeste na terra.

diz São Paulo; conforme o texto grego, isso quer dizer que somos realmente cidadãos do céu. Retomemos a definição de cidade: Anjo e homem, um e outro, todos são chamados a amar o Criador assim como a se amarem entre si, uns aos outros; tal unidade do amor reúne-os numa mesma cidade, onde Deus é o rei soberano, o legislador supremo e, de igual modo, o Criador.

Daí, não consta na Escritura terem construído cidades terrestres Adão, Eva e os de seus filhos que se conservaram fiéis a Deus. De igual modo, os santos que surgiram no correr dos séculos. Escutemos São Paulo:
”Animado pela fé, Abraão morou na terra prometida como que em terra estrangeira, habitando dentro de tendas junto a Isaac e Jacó, herdeiros também da promessa: ele esperava uma cidade erigida sobre alicerce inabalável, fundada e concebida por Deus”.

Todos esses santos morreram vivendo da fé, e confessaram que eram estrangeiros e peregrinos sobre a terra. Ora, homens que nos falam desse modo significam que buscam a pátria verdadeira. E, realmente, posto que pranteassem por aquela de que haviam partido, ainda tiveram tempo de retornar a ela. Mas ansiavam por uma mais perfeita, que está nos céus. Por essa causa, Deus não recusa ser chamado de Deus de Abraão, nem de Isaac e nem de Jacó, pois que lhes construíra uma cidade”. (Heb 11 9-11 ; 13-16.)

Não obstante, até entre os anjos houvera as defecções e as quedas, assim como, no seio da humanidade, a queda original e mais as defecções, apesar da promessa de um Redentor. Anjos e homens decaídos perderam, uns e outros, o casto amor do Criador, achando-se unidos por uma como comunhão de não-amor de Deus e de amor a si próprios, formando ontem e sempre a cidade do mal. Satã fora seu primeiro fundador nos céus, e depois dele Caim continuara sua obra na terra.

Desesperado da salvação, não aspirando mais pela cidade celeste, Caim – antes de descer ao inferno – quisera para si uma cidade sobre a terra. Dele, diz a Escritura: “Construiu uma cidade” (Gn 4, 17.). Abel, seu irmão, nada construíra, mas pertencia àquela cujo fundador é o mesmo Deus.
A Escritura e a tradição chamam às duas
cidades Babilônia e Jerusalém.

Babilônia significa confusão, Jerusalém visão da paz.
A Jerusalém mística começa por Abel; a Babilônia mística, por Caim. Santo Agostinho é o que adverte isso, e acrescenta: “As construções materiais só começariam mais tarde: as duas cidades foram fundadas naquele tempo para serem a radiosa figura das duas cidades principiadas mais atrás, e que devem durar até ao fim para enfim serem separadas”. (Sl 64)
V. Comparação entre as duas cidades
A cidade de Deus é obra de Deus, por um ato santíssimo e boníssimo do Criador, o qual ato, chamando as criaturas racionais à existência, chama-lhes também à graça e, finalmente, à glória, constituindo deles e neles a cidade obra de Suas mãos.

Nessa cidade, tudo é bem, já que de Deus vem; tudo é bom, já que para Deus vai; tudo é feliz, já que em Deus permanece para sempre.
A cidade do mundo é obra da criatura que se apartou de Deus por desobediência, que vive sem Deus sob o pretexto duma falsa liberdade, e que enfim se dirige à uma infelicidade sem termo no inferno, lá onde os desgraçados terão fome e sede de Deus, e não as poderão saciar Nele.
A cidade de Deus, visão da paz, é Jerusalém; aí os corações gozam da eterna paz interior, mas raramente da paz exterior, e deverão sustentar, na maior parte das vezes, uma guerra encarniçada.

A cidade do mundo não tem paz interior, e raramente a paz exterior; por isso a Escritura compara-a ao mar: “Os perversos são como o mar agitado que se não pode acalmar, cujas vagas cospem a espuma e o lodo; não há paz para os ímpios, assim disse meu Deus”. (Is 57, 20-21.)

A cidade de Deus percorre o tempo para alcançar a eternidade, seu coração fixa-se no Deus que não passará: eis por que os males presentes são impotentes para lhe retirar a paz interior.

A cidade do mundo, desesperada da eternidade, deseja fixar-se no tempo, mas o tempo se não fixa nela e lhe rouba a cada dia os objetos de seus falsos prazeres: eis porque não tem a paz.

As duas cidades atualmente se confundem e exteriormente se misturam: o filho de Jerusalém se debate com os de Babilônia: podem habitar juntos sob o mesmo teto, viver à mesma mesa, comer o mesmo pão, mas não têm no coração o mesmo amor. Este é, como disséramos, o princípio de distinção entre as duas cidades no presente, tanto como será a causa de sua separação na eternidade

VI. Costumes e usos da cidade do mundo
Os costumes são o fruto dos amores. Tal amor, quais costumes. O amor de si rege a cidade do mundo: o amor de si deturpado, o amor de si fazendo a si seu fim, sua lei, sua razão de ser, é a negação de Deus.
Essa singela observação dá-nos a explicação do ateísmo moderno. Os nossos ímpios trabalham pela lógica do mal, lógica funesta cujas vítimas são eles próprios.

O amor de si erigido em lei suprema não encontra em si o contentamento.  Só Deus se basta a si próprio. As criaturas que nesta sublime prerrogativa se fazem de símios de Deus não tardam a reconhecer sua indigência. Na casa de meu Pai, dizia o filho pródigo, até os mercenários têm pão em abundância, conquanto nesta terra padeço grande fome (Lc 15, 17).

Assim, carecida de tudo, a criatura olha para volta de si ou para baixo; diligencia por aqui e por lá, em busca de glória, ou de haveres terrenos, ou de prazeres: é o amor próprio compelido a sair de si, revelando-se sob a forma de uma das três concupiscências, buscando atrair para si o que satisfaça sua necessidade de amar, de fruir, de possuir, necessidade invencível e contudo insasiável.

A moral da cidade do mundo – moral sem peias, como vimos – mana da funesta fonte do amor próprio, fonte esta que se divide em três braços e se espalha por todos os lados, para difundir sua indigência, mendigar contentamentos, mas sempre em vão, pois os contentamentos se vão e a indigência permanece.

A fruição do presente é uma das características da cidade do mundo e, por amor do gozo atual, sacrifica a esperança futura.
Santo Agostinho diz algures que, na cidade de Deus, o coração purifica a carne: “Per cor caro mundatur.” (De civit. Lib. X, c. XXV). Mas na cidade do mal o coração, que está entregue ao amor-próprio, é ele mesmo manchado, e não tarda a manchar a carne que deveria salvar.
Por isso que na cidade do mundo não se deseja o casamento santificado, mas as uniões livres, i. é, a liberdade da desordem. E dentro do casamento, não se lhe deseja os frutos.

Eis alguns exemplos de costumes que nos dá a história. “Santo Agostinho ensina-nos que os Maniqueus, que se não permitiam o casamento, permitiam-se coisas diversas. Segundo seus princípios, dever-se-ia ter horror à concepção em si. Por vezes, esses heréticos mitigavam sua visão de casamento. Um certo Hartuvin permitia a um rapaz desposar uma moça...desde que não fossem além do primeiro filho”. (Bossuet, Hist. des Variations, liv. XI.)

Nessas condições, a mulher é sem dignidade, a vida sem honra e felicidade, e a morte sem esperança. Sobra apenas, como diz São Paulo, a terrível expectativa do julgamento e o fogo consumidor dos inimigos de Deus (Heb 10, 27).
VII. Costumes e usos da cidade de Deus
A cidade do mundo ama à sua maneira, mas a cidade de Deus ama à maneira de Deus. Aqui, toda a lei resume-se na caridade, e no amor de Deus e no do próximo. “A caridade, diz Santo Agostinho, a caridade é doce no dizer, e mais doce no fazer. Dilectio, dulce verbum, sed dulcius fac­tum. » (In Epist. S. Joann.Tract. VIII.)

O homem interior nos ordena amar a Deus e Nele buscar a felicidade; o homem exterior nos ordena amar o próximo e desejar-lhe a felicidade em Deus conosco; se tudo se encontra ordenado a Deus, tudo se encontra ordenado entre os homens.

Por essa razão, todas as legislações dignas do nome são tomadas dos dez mandamentos de Deus; os legisladores reconheceram que não saberiam regrar os Estados senão à imitação, dentro da medida do possível, da legislação da cidade de Deus, a qual cidade é a primeira entre os Estados, e por conseguinte a regra e a salvação dos Estados temporais e transitórios.

Antes de tudo, a cidade de Deus professa o respeito a Deus, respeito que chamamos de adoração: conseqüentemente, professa o respeito ao próximo, que é obra de Deus e a quem deve-se amar por causa de Deus.
A moral cristã decorre toda daí, assegurando a eterna alegria dos homens, e granjeando-lhes a maior paz e felicidade possíveis aqui na terra, de sorte que, se a humanidade inteira estivesse unida em adoração a Deus e na prática de sua lei, veríamos diminuir em proporções incalculáveis os males que nos afligem cá embaixo, e a terra poderia vir a ser, como outrora o paraíso terrestre, a terra poderia vir a ser o vestíbulo do céu.

Eis uma coisa sobre a qual não refletimos o bastante, e no entanto o que é mais desejável senão trabalhar em prol do repouso e do bem da humanidade na terra, afim de que todos possuam a maior felicidade possível, a de encaminhar-se em direção à felicidade eterna.

Fosse a cidade de Deus livre nesta terra, pudesse ostentar todos os títulos de caridade que Deus inspira no coração de seus filhos, seria maravilhoso ver quantos sofrimentos desapareceriam, quantos pobres seriam consolados, quanto o trabalho seria facilitado, quanto a vida presente seria mais feliz que a vista por nós.

Não obstante, a cidade de Deus não é livre: possui a liberdade interior de amar, mas não a liberdade exterior de fazer render todos os frutos que esse amor poderia dar; ela sofre por isso, e reza, e clama a Deus a libertação, a liberdade, a verdadeira liberdade1.

VIII. Luta entre as duas cidades
 Os homens foram criados para viver em sociedade: acolhem-se uns aos outros, desejam unir-se, agrupar-se, para se ajudarem mutuamente e fruírem juntos os bens da sociedade.

Essa ordem vem de Deus, e guardar-se-ia inviolável e fielmente se o pecado não introduzisse a desordem no mundo e não erigisse uma cidade ao lado da cidade de Deus.

Todavia, os habitantes da cidade do mundo não rejeitaram de todo o antigo laço social criado por Deus, e por isso inclinam-se à união com os outros homens numa mesma comunidade de amor, de costumes e, por isso, numa mesma cidade.

Por outro lado, a cidade de Deus, fiel a seu Criador, aspira à reunião dos homens no conhecimento e no amor de Deus, para que todos partilhem nela e com ela dos bens da casa de Deus.

Daí, podemos notar os pontos fundamentais da luta entre as duas cidades. Cada qual apetece a prevalência do amor que carrega no coração, e os costumes que se seguem a ele.

A cidade do mundo tem seus amores lisonjeiros, seus erros enganosos, suas ameaças e perfídias espantosas – amores, errores, terrores, diz Santo Agostinho –, e com tais armas trava luta contra a cidade de Deus
Por seu turno, a cidade de Deus tem em si o casto amor de Deus e do próximo, tem a fé, e com a fé, a verdade e suas obras de paz, de devotamento com todos e para todos, e nas armas divinas suporta os 
 assaltos da cidade do mundo e salva os filhos de Deus.

Houve luta desde que houve dois irmãos sobre a terra: Caim e Abel são o começo e o modelo das duas cidades. Caim mata, Abel é vítima: mas o que mata está mais morto que a vítima, Abel sucumbe e triunfa.

A cidade do mundo oprime amiúde a cidade de Deus: quanto mais se eleve, mais formidável será a queda. A cidade de Deus, em aparência derrotada, é a vitoriosa, porque Deus está com ela.

IX. De Jerusalém a Babilônia
Na luta contínua entre as duas cidades, vemos por vezes os habitantes de uma passar para a outra. Todo exército tem seus desertores.
Acontece que os habitantes da cidade de Deus, não sendo mais fiéis ao seu Criador e Salvador, tornam-se filhos de Babilônia. É o homem que vai de Jerusalém a Jericó, e cai nas mãos dos salteadores, que o despojam e o cumulam de golpes:

 assim é o desertor da cidade de Deus, despojado dos dons da graça e ofendido no que lhe resta. É o filho pródigo que, desejando viver em liberdade, deixa a casa do pai e despede-se para um país distante, onde tomará conta dos porcos. O país distante é Babilônia.

Assim também são os heréticos e os cismáticos que, após receber o batismo, apartam-se da comunidade cristã, rompem os laços da fé e da caridade que os faziam cidadãos de Jerusalém, e vão habitar a cidade que construíram para si, nisso muito semelhantes a Caim.

Não são diferentes muitos cristãos que, ao perder a caridade, permanecem em estado de pecado habitual: vivem nele como que em segurança e morrem numa falsa tranqüilidade. Eles também se bandearam de Jerusalém a Babilônia.Mas todos esses homens pertenciam mesmo a Jerusalém?

“Eles partiram conosco, diz São João, mas não eram dos nossos, pois que se fossem, ainda estariam conosco” (1 Jo 2, 19).
Nesses homens, o pecado que Adão introduziu na humanidade suplantou a graça que lhes dera Nosso Senhor. Eis um mistério formidável e causa de dores amaríssimas e profundíssimas para aqueles cujos corações habitam em Jerusalém.

X. De Babilônia a Jerusalém
Alguns concidadãos de Jerusalém talvez se encontrem um tempo perdidos em Babilônia. Caíram aí por causa do pecado original ou do pecado atual, mas num dado momento – Deus o sabe – saem do cativeiro e participam da liberdade. Escutemos a São Gregório: ”O Senhor, por um de seus profetas, disse: Iràs a Babilônia e lá serás liberto (Mq 4, 10)”.

Não raro um homem imerso na confusão dos vícios, aborrecendo o mal que cometeu, faz penitência e soergue-se das culpas por uma via santa. Não é este aquele que fora a Babilônia, e aí se libertara? Sim, sua alma era só confusão, e fizera a iniqüidade, mas depois, envergonhado do mal, investe contra si mesmo e, pelo bem que faz, regressa ao melhor estado. Ele libertara-se em Babilônia, a divina graça salvou-o do país da confusão.” (Ezech. Lib. Hom. X.)

A passagem de Babilônia a Jerusalém não é fácil: o caminho por vezes encontra-se obstruído. É normal que haja luta, e luta contra si mesmo, e contra os habitantes de Babilônia que querem ficar por lá e querem 
conservar consigo os que lá estão.

Vimos que em alguns filhos de Jerusalém prevalece o pecado, mas vimos também que em alguns filhos de Babilônia prevalece a graça de Nosso Senhor; os que se deixam tocar por Deus abandonam Babilônia, não pertencem mais a ela, e vêm a Jerusalém na busca e na certeza da paz dos filhos de Deus.

XI. Os fins das duas cidades
Por fins das duas cidades devemos entender não o que lhes fará deixar de ser, mas o termo além do qual não há mais o que buscar, mais o que esperar. Deus em si é o fim da cidade de Deus; o mal absoluto é o fim da cidade do mundo. Dum lado, o bem soberano, doutro lado, o mal soberano; dum lado, a vida eterna, doutro lado, a morte eterna.

Os santos, os fiéis que não amaram a terra nem a vaidade desse mundo, encontrarão a Deus, a quem amaram acima de tudo. Nada perderão do que amam se abandonam a vida presente; os que creram, verão e, nesta visão de paz, serão bem-aventurados.

Os infiéis, os pecadores, não possuirão nada do que amaram, nem possuirão a Deus, a quem rejeitaram: terão em si a causa de sua desgraça; não podendo mais morrer, estarão em morte eterna.

“Depois da ressureição e do julgamento universal, as duas cidades terão chegado a seu temo, a de Jesus Cristo e a do diabo: uma é a dos bons, a outra a dos maus, uma e outra por sua vez feita de homens e anjos. Os bons não poderão mais pecar, os maus não o poderão mais desejar.

 Não haverá mais a expectativa da morte, nem para os que viverão no contentamento da vida eterna, nem para os que – sem poder morrer – padecerão da infelicidade da morte eterna, pois que uns e outros estarão lá para todo o sempre.” (S. Aug. Enchirid. Cap. XXXI.)

XII. A queda de Babilônia
São João, no seu Apocalipse divino, narra-nos a queda de Babilônia, assim: “Vi um anjo que descia do céu, de grande poder, e a terra iluminava-se da sua glória.

E ele bramia com força, e dizia: Caiu, caiu a Babilônia, a Grande.
Todas as nações beberam o vinho da sua prostituição: os reis da terra se corromperam nela, e os mercadores da terra se enriqueceram do seu luxo.
Então escutei outra voz que vinha do céu e dizia: Fugi dessa cidade, ó nação minha, para não terdes vós parte dos seus pecados, e não sofrerdes de suas pragas.

Fazei a ela o que fizera convosco: multipliqueis seus tormentos e dores, na proporção com que se entregara ao orgulho e ao luxo. Ela falava ao seu coração: estou no trono como rainha, e não viúva, e não conhecerei o luto.Por isso, num só dia se abaterá sobre ela todas as pragas: a morte, o luto e a fome, e será consumida pelo fogo, pois é Deus forte que a julgará.

Os reis da terra chorarão sobre ela; os mercadores da terra chorarão e lamentarão sobre ela, pois que mais ninguém lhes comprará os carregamentos de ouro ou prata, de pedras preciosas ou pérolas, de linho ou escarlate, de seda ou marfim, de bronze ou ferro, de mármore...
Regozijai, ó Céus, e vós também, ó santos, Apóstolos e profetas, porque Deus declarou o justo a Babilônia. (Ap 18.)

Dessas palavras, tiramos que três coisas fizeram Babilônia, e três a arruinaram: o orgulho, o luxo, a astúcia, ou seja, as três concupiscências. Somos punidos no veículo do pecado: Per quæ peccat quis, per hæc et torquetur. (Sb 11, 17)

XIII. A cidade de Deus na eternidade
O grande profeta do Novo Testamento vai nos descrever agora a glória da cidade de Deus.“Escutei depois disso como que vozes dum grande coro vindas do céu, e dizia: Aleluia. A nosso Deus a salvação, a glória e o poder, pois que seus juízos são justos e verdadeiros, e executou a justiça na grande prostituta que corrompeu a terra de sua prostituição, e pediu contas do sangue dos seus servos, que ela espalhou com suas mãos, e repetiam: Aleluia.

Vi a cidade santa, a nova Jerusalém, e escutei uma poderosa voz que dizia: eis o tabernáculo de Deus e moradia dos homens, e Deus morará com elesDeus enxugará todas as lágrimas de seus olhos, e não haverá mais morte, nem choro, nem luto, nem dor, nunca mais, porquanto o primeiro estado já passou. 

E o que estava sobre o trono disse: eis que renovo todas as coisas. E me disse: Escreve, eis que são palavras verdadeiras e certas. E continuou: é certo, ao que tem sede lhe darei de beber da fonte de água viva, sem empecilhos. O que for vencedor possuirá tudo isso, e eu serei seu Deus, e ele o meu filho. 

Mas os tímidos, os incrédulos, os detestáveis, os homicidas, os fornicadores, os peçonhentos, os idólatras e todos os mentirosos terão seu quinhão na lagoa fervente de fogo e enxofre.

Foi quando um anjo me mostrou a grande cidade, a nova Jerusalém: o que tiver maculado não entrará lá, nem os que cometem a abominação e a mentira, mas só os que foram inscritos no livro da vida do Cordeiro.Não haverá mais condenação, mas sim o trono de Deus e o do Cordeiro, e seus servos o servirão. 

 Eles verão a face de Deus, e terão seu nome marcado na fronte. Não haverá mais noite, nem precisarão de candeia, nem da luz do sol, porque o Senhor Deus os iluminará, e reinarão pelos séculos dos séculos”. (Ap 19-22)
Gloriosa dicta sunt de te, civitas Dei. (Sl 86, 3)Traduzido por PERMANÊNCIAPermalink QUARTA-FEIRA, 28 DE OUTUBRO DE 2009
 Duas cidades Pe. Emmanuel-André Santo Agostinho Teologia
E foi de posse de uma obra tão maravilhosa como esta, que a Igreja Romana Centralizou o ideal de supremacia entre as nações , algo que é divino, é Bíblico de Deus, para o povo de Deus;veja estes textos; e da parte de Jesus Cristo, que é a fiel testemunha, o primogênito dos mortos e o Príncipe dos reis da terra. Âquele que nos ama, e pelo seu sangue nos libertou dos nossos pecados, Apocalipse 1:5 6

e nos fez reis,e sacerdotes para Deus, seu Pai, a ele seja glória e domínio pelos séculos dos séculos. Amém. Portanto, assim diz o Senhor Deus: Vivo eu, que o meu juramento que desprezou, e o meu pacto que violou, isso farei recair sobre a sua cabeça. Ezequiel 17:19. 

 Por isso eu derramei sobre eles a minha indignação; com o fogo do meu furor os consumi; fiz que o seu caminho lhes recaísse sobre a cabeça, diz o Senhor Deus. Ezequiel 22:31 Vi o Senhor, que estava junto ao altar; e me disse: Fere os capitéis, para que estremeçam os umbrais; e faze tudo em pedaços sobre a cabeça de todos eles; e eu matarei à espada até o último deles; nenhum deles conseguirá fugir, nenhum deles escapará. Amós 9:1.

O ancião e o varão de respeito, esse é a cabeça; e o profeta que ensina mentiras, esse e a cauda. Isaías 9:15.  Em todos estes versos, vemos que Deus não poupará o Ímpio, mas Deus não Deu este Direito a os fieis de matar os ímpios, só que Roma foi mais Longe, invertendo toda a situação ,o objetivo, e os valores;

vamos por parte, Deus irar destruir os ímpios, quem são os Ímpios para Deus, são os idólatras, os heréticos, que ensinam heresias e por aí vai; Roma Adotou dois grandes males dos gregos, que fora as Imagens de Esculturas que é a Idolatria; e a santificação do primeiro dia da semana, que é uma Heresia e Abominação;

consagrou o ao cristianismo aquilo que para Deus  é uma Abominação; As imagens esculpidas de seus deuses queimarás a fogo; não cobiçarás a prata nem o ouro que estão sobre elas, nem deles te apropriarás, para que não te enlaces neles; pois são abominação ao Senhor teu Deus. Deuteronômio 7:25.

O sacrifício dos ímpios é abominaçao; quanto mais oferecendo-o com intenção maligna! Provérbios 21:27 . E ele lhes disse: Vós sois os que vos justificais a vós mesmos diante dos homens, mas Deus conhece os vossos corações; porque o que entre os homens é elevado, perante Deus é abominação. Lucas 16:15 .

no Livro de 1ºReis 12 .26- 33 conta a história de Jeroboão rei de Israel, a maneira como ele agiu para não deixar Israel voltar a Judá, criando dias da fastas em um dia designado por ele ,no mês que ele mesmo Escolheu,assim como o poder papal,as semelhanças são impressionantes o espírito era o mesmo veja;
26 Disse Jeroboão no seu coração: Agora tornará o reino para a casa de Davi.
27 Se este povo subir para fazer sacrifícios na casa do Senhor, em Jerusalém, o seu coração se tornará para o seu senhor, Roboão, rei de Judá; e, matando-me, voltarão para Roboão, rei de Judá.
28 Pelo que o rei, tendo tomado conselho, fez dois bezerros  de. ouro; e disse ao povo: Basta de subires a Jerusalém; eis aqui teus deuses, ó Israel, que te fizeram subir da terra do Egito.
29 E pôs um em Betel, e o outro em Dã.
30 Ora, isto se tornou em pecado; pois que o povo ia até Dã para adorar o ídolo.
31 Também fez casas nos altos, e constituiu sacerdotes dentre o povo, que não eram dos filhos de Levi.
32 E Jeroboão ordenou uma festa no oitavo mês, no dia décimo quinto do mês, como a festa que se celebrava em Judá, e sacrificou no altar. Semelhantemente fez em Betel, sacrificando aos bezerros que tinha feito; também em Betel estabeleceu os sacerdotes dos altos que fizera.
33 Sacrificou, pois, no altar, que fizera em Betel, no dia décimo quinto do oitavo mês, mês que ele tinha escolhido a seu bel prazer; ou seja o dia que ele imaginou no seu coração; e assim ordenou uma festa para os filhos de Israel, e sacrificou no altar, queimando incenso.este feito se tornou em pecado a Israel. Assim fez os bispos Romanos  com a doutrina do outro filho de Daví , o Cristo;

tirara o povo da verdadeira Adoração dos mandamentos de Deus por aquilo que eles mesmo criara, as imaginações dos seus próprios corações, só que fizeram bem pior do que  jeroboão pois jeroroão não matava quem não aceitava as suas mudanças. E assim eles trocaram tudo , de posse do material de Agostinho que apoia a superioridade da nação de Deus, ;

eles após passar para o lado dos pagãos, de posse da literatura de Agostinho , buscaram o apoio dos poderes políticos para julgar como hereges aqueles que guardava os mandamentos de Deus ;

e assim os santos foram taxados como hereges e quem deviam ser os hereges se posavam de mandatários,  tendo  o apoio de igrejas, da policia, dos políticos, dos estados, e dos países ;e o poir é que em pleno século 21 tudo está para se repetir do novo ainda bem que será pela a última vez. Antes  que aconteça busque um encontro com Jesus e entregue o seu caminho nas mãos dele.
jrp.mensageiro@hotmail.com      

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